Cinco vezes em que artistas brasileiros gravaram versões de Bob Marley
Versões de Bob Marley marcam influência do 'rei do reggae' entre artistas brasileiros
Por Dinaldo dos Santos.
Nesta terça-feira, 1º de julho é celebrado o Dia Internacional do Reggae, gênero musical que transcendeu as fronteiras da Jamaica para se tornar um símbolo global de resistência, paz, amor e consciência social.
No Brasil, não poderia ser diferente: o país abraçou o reggae de forma única, especialmente na Região Norte e Nordeste, onde o ritmo se misturou com a cultura local.
O ritmo é tão marcante em terras brasileiras que, inclusive, outra data foi dedicada às comemorações, apenas, no nosso território. Em 11 de maio é celebrado o Dia Nacional do Reggae.
Prova dessa influência são as versões em português de clássicos de Bob Marley, o maior ícone do reggae mundial. Alguns artistas brasileiros não resistiram ao poder universal das letras de Marley e decidiram reinterpretá-las, dando novos sotaques aos hits.
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Confira cinco versões de Bob Marley:
1 – Gilberto Gil – “Não Chore Mais” (No Woman, No Cry)
Talvez a versão brasileira mais famosa de uma música de Bob Marley seja “Não Chore Mais”, de Gilberto Gil, lançada em 1979. É uma adaptação de “No Woman, No Cry”, um dos maiores sucessos de Marley. Gil manteve a essência de esperança da canção original, mas trouxe para o português uma nova forma de acolhimento — a música virou um hino nacional nos anos 80 e permanece atemporal.
2 – Baby Consuelo – “É amor” (Is This Love)
Na década de 1980, Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil) gravou uma versão de “Is This Love”, chamada “É amor”, na qual a cantora preserva com muita fidelidade a mensagem centrada na cação de Bob. A música é um marco do encontro entre a energia tropical da música nacional e o espírito de Marley.
3 – Cidade Negra – “Selva de Pedra” (Concrete Jungle)
Outro grande exemplo é “Selva de Pedra”, versão de “Concrete Jungle”. Gravada pelo Cidade Negra nos anos 90, a faixa ganhou letra em português, adaptando o retrato urbano das ruas de Kingston para as realidades das grandes cidades brasileiras. A canção fala das dificuldades da vida na “selva de pedra” e reforça o discurso social presente em toda a obra de Marley.
4 – Oswaldo Montenegro e Eduardo Canto – “Cada Irmão” (One Love)
Uma das versões mais poéticas é “Cada Irmão”, gravação de Oswaldo Montenegro em parceria com Eduardo Canto, inspirada em “One Love”. Com novos versos em português, a canção mantém o convite à união e à fé no amor — essência da mensagem de Marley. É um encontro delicado entre a MPB de Oswaldo e o espírito universal do reggae.
5 – Gilberto Gil – “Eleve-se Alto ao Céu” (Lively Up Yourself)
Finalizando a lista, mais uma de Gilberto Gil. Nessa releitura vibrante de "Lively Up Yourself", o cantor e compositor baiano reafirma o convite de Marley para se elevar — não só musicalmente, mas espiritualmente. “Eleve-se alto ao céu” é um mantra otimista embalado por groove e swing brasileiro.
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