'Cortei por cortar', confessa homem que mutilou patas de cavalo

Homem que mutilou patas de cavalo em Bananal (SP) afirma não ser “um monstro”, como dizem nas redes sociais

Por Anna Caroline Santiago.

Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, investigado por maus-tratos a um cavalo, confessou em depoimento na terça-feira (19) que "cortou por cortar", as patas do animal. O caso aconteceu no último sábado (16), em Bananal, no interior de São Paulo. 

Segundo o depoimento, ele afirmou estar embriagado no momento da agressão, após o cavalo não conseguir participar de uma cavalgada. “Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel”, disse.

'Cortei por cortar', confessa homem que mutilou patas de cavalo.Foto: Reprodução

Testemunhas relataram que o animal apresentava sinais de exaustão antes de morrer. Ainda de acordo com o relato, o tutor teria golpeado o cavalo e, antes da mutilação, chegou a alertar: “Se você tem coração, melhor não olhar”.

+ Ambientalista aciona MP após morte de 15 cachorros em Salvador

Apesar de reconhecer a culpa, Andrey afirmou não ser “um monstro”, como vem sendo chamado nas redes sociais. “Muitas pessoas falaram que cortei as quatro patas com ele andando. Isso é uma crítica contra mim. Estão me acusando de um ato que eu não fiz. Eu não sou um monstro. Sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro”, declarou à TV Vanguarda.

Assista: 

 

 

O caso

O crime ganhou visibilidade após a divulgação de vídeos do animal morto. A cavalgada, realizada no Sertão do Hortelã, zona rural de Bananal, próxima à divisa com o Rio de Janeiro, não contava com fiscalização veterinária, o que levantou críticas de ativistas e moradores.

A cantora Ana Castela foi uma das primeiras a mobilizar seguidores pedindo Justiça. Depois, nomes como a ativista Luisa Mell, a atriz Paolla Oliveira e o cantor Eduardo Costa também se manifestaram.

Na entrevista, Andrey criticou a divulgação das imagens do cavalo mutilado. “Eu sou consciente dos meus atos. Eu amo os animais, sempre mexi com cavalo. Não tinha necessidade de a pessoa ter jogado isso na rede. Muitas pessoas não mereciam ver esse ato”, afirmou.

Atualmente, a legislação brasileira prevê até um ano de prisão para maus-tratos contra equinos, pena considerada branda se comparada aos casos envolvendo cães e gatos, que podem resultar em até cinco anos de reclusão pela chamada Lei Sansão.

A Prefeitura de Bananal repudiou o crime e informou ter acionado a Polícia Civil e a Polícia Ambiental. Até o momento, ninguém foi preso.

Famosos pedem Justiça por cavalo mutilado no interior de São Paulo. Foto: Reprodução

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.