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Polícia Federal prende criminosos que traficam animais via internet e entregam por Correios

Durante as investigações, a PF constatou a existência de uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais, da fauna silvestre e exótica

Por Da Redação

Polícia Federal prende criminosos que traficam animais via internet e entregam por CorreiosCréditos da foto: Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (28/5), em Serrinha, a Operação Ojuara, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de uma investigação relativa ao tráfico ilegal de animais praticado por meio dos Correios.


A investigação começou com a apreensão de diversos répteis na Agência Central dos Correios em Simões Filho, quando, segundo a PF, se detectou a presença de objetos postais, identificados fraudulentamente, que continham carga viva.


Durante as investigações, a PF constatou a existência de uma rede criminosa formada por criadores clandestinos de animais, da fauna silvestre e exótica, que comercializava os espécimes pela internet e utilizava o serviço postal para fazer a entrega.


Alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso soltos, além de ameaçar às espécies nativas da região, podem transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país. As cobras do gênero píton, por exemplo, naturais da Ásia, podem dizimar a fauna local, por viverem 30 anos, não terem predadores no Brasil e serem capazes de reproduzir-se por si só.


Hoje, equipes da Polícia Federal, com apoio da COPPA/PM, cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, e os animais aprendidos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do INEMA, para reabilitação e, quando possível, devolução a natureza.


Os investigados pela comercialização dos animais irão responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais; introdução de espécime animal no País, sem autorização; receptação e falsidade ideológica. As penas, somadas, podem chegar a 12 anos de reclusão.


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