Caso Vitória: assassino confessa crime para esconder romance da esposa

Suspeito afirmou que teve um relacionamento com a adolescente há mais de um ano

Por Da Redação.

Maicol Antonio Sales dos Santos, suspeito de assassinar a adolescente Vitória, confessou à polícia que cometeu o crime por medo de que a jovem revelasse à sua esposa que os dois teriam mantido um caso. O interrogatório foi realizado no fim da tarde desta segunda-feira (17) e se estendeu até o final da noite. Os detalhes da confissão foram divulgados em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (18).

Foto: Arquivo Pessoal

O SBT teve acesso exclusivo à íntegra do depoimento. "Ele dá a confissão e fica muito claro que ele era obcecado pela vítima", declarou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo.

Maicol, vizinho da jovem, relatou que estava de carro quando encontrou Vitória caminhando em direção à casa dela, em Cajamar. Ele afirmou que teve um relacionamento com a adolescente há mais de um ano e que ela teria ameaçado contar sobre o caso à sua esposa.

Foto: SBT News

Segundo o depoimento, Vitória entrou no carro voluntariamente, mas os dois teriam discutido novamente. Maicol alegou que foi agredido e, em seguida, pegou uma faca e desferiu dois golpes: um no pescoço e outro próximo ao peito da jovem.

"Ela entrou no carro e, num determinado momento, começou a se debater. Ele prontamente pegou a faca que estava ao seu lado e desferiu os golpes", afirmou o delegado Fábio Lopes Cenachi.

Maicol disse que Vitória não teve tempo de gritar e desmaiou rapidamente. Com a jovem sangrando no banco do passageiro, ele dirigiu até sua casa e, posteriormente, colocou o corpo no porta-malas. O criminoso negou ter violentado a vítima. O laudo do IML confirmou que não foram encontrados vestígios de sêmen no corpo da adolescente.

Após deixar o corpo no carro, Maicol foi até um matagal em Cajamar, onde pegou uma pá e uma enxada na oficina do padrasto. Ele cavou uma cova rasa, depositou o corpo e retirou as roupas de Vitória, colocando-as no porta-malas. Em seguida, retornou para casa e foi dormir.

"Não houve decapitação, não houve espancamento, não houve nenhuma fratura. A única violência física empreendida contra ela foram as facadas, uma delas atingiu a base da aorta", esclareceu o delegado.

No dia seguinte, Maicol foi trabalhar às 7h. Às 17h, retornou para casa e queimou as roupas, o celular e uma sacola que pertenciam à vítima, junto a um punhado de lixo. Ele negou ter raspado o cabelo de Vitória e afirmou que jogou a faca usada no crime em um rio próximo.

O acusado também declarou que não percebeu manchas de sangue no carro, mas lavou o porta-malas por acreditar que algum sangue poderia ter escorrido. Ele admitiu que, ao ver a repercussão do caso, ficou preocupado, mas procurou não demonstrar nervosismo. Maicol afirmou que não discutiu o crime com ninguém, exceto com seus advogados, e garantiu que os outros investigados, incluindo um ex-namorado de Vitória, não têm envolvimento no caso.

Questionado sobre o fato de o corpo da jovem ter sido encontrado em um matagal e não na cova rasa que cavou, ele disse não saber quem poderia ter desenterrado o corpo.

A polícia considera a confissão verídica, mas ainda investiga alguns detalhes. Maicol foi descrito como um psicopata que agiu sozinho. Ele perseguia a jovem desde o ano passado, e fotos de Vitória e de outras mulheres com características físicas semelhantes foram encontradas em seu celular.

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