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Moradores da Pituba se queixam de poluição sonora causada por bar instalado em área residencial

Moradores da Pituba se queixam de poluição sonora causada por bar instalado em área residencial

Por Da Redação

Moradores da Pituba se queixam de poluição sonora causada por bar instalado em área residencialilustrativa | Bruno Concha/Secom

O excesso de barulho promovido por um bar instalado em uma área residencial no bairro da Pituba vem provocando diversos transtornos aos moradores da região. Além de dificuldades para estudar, assistir à televisão e até mesmo conversar dentro da própria casa, habitantes do entorno da Praça Ana Lúcia Magalhães, semanalmente enfrentam o drama de precisar acionar a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) para denunciar a poluição sonora causada pelo "Baiano Boteco", que desrespeitaria a Lei do Silêncio com música ao vivo após as 22h.


Ao Aratu On, a moradora Sabrina Maggitti diz que 80% dos moradores da região é de idosos que viveram a vida inteira no bairro e se sentem desrespeitados e insatisfeitos. Ela afirma que os proprietários do estabelecimento alegam possuir autorização da Prefeitura para montar a estrutura metálica na varanda do bar e utilização sonora em estabelecimentos fechados com condicionamento acústico.


"É uma tristeza, porque esta é uma área residencial e o estabelecimento não tem estrutura acústica para promover este tipo de evento. Outro dia, após a própria associação de moradores se dirigir até o local e pedir, gentilmente, que o volume fosse reduzido, um dos donos parou na fachada aqui do condomínio e ironizou a situações comparando os decibéis de uma motocicleta que trafegava na rua com os que estavam sendo emitidos pelo bar." desabou.


Sabrina falou, ainda, que a associação de moradores já protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público (MP-BA), mas que até o momento nada foi feito.


Na última quinta-feira (15/10), durante o show ao vivo do cantor sertanejo Rode Torres, dentro do estabelecimento, equipes do a Superintendência de Uso do Solo (Sucom) estiveram no local após o órgão ser acionadas pelos moradores, mas nenhuma medida foi adotada e o barulho continuou.


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Apesar da situação ter sido registrada em vídeo, a Semop informou ao Aratu On que as equipes que estiveram no local não constataram atividade sonora no momento. “O dono do estabelecimento apresentou licença de uso do som.  A Semop vai manter a fiscalização na região por toda a cidade, neste fim de semana, através da Operação Sílere.” finaliza a nota.


Alguns moradores ponturaram, ainda, que há desrespeito em relação às medidas de prevenção contra o novo coronavírus, a exemplo da distância de dois metros entre as mesas e de um metro entre cadeiras de mesas diferentes, além do uso de máscaras (exceto no momento da refeição).


Também procurado pelo Aratu On, o sócio-diretor do Baiano Boteco, Walter Caio, afirmou que "acata e respeita todos os protocolos determinados pela prefeitura e órgãos fiscalizadores e os cumpre à risca".


Por meio de nota, disse que, "assim como os demais estabelecimentos da capital, o espaço passa por fiscalizações frequentes tanto da Sedur [Secretaria de Desenvolvimento Urbano] quanto da Sempo, que regulamentam o funcionamento, sonorização e afins". Ele garante que todos os alvarás estão devidamente regulares, inclusive para o de som ao vivo.


"O Baiano Boteco reitera que nunca sofreu multas ou suspensões por comportamento/funcionamento inadequado e, por isso, estranha tais denúncias", concluiu Walter.


LEGISLAÇÃO E DENÚNCIA


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível de ruído recomendável para a audição humana é de até 50 decibéis (dB), compatível com uma atividade urbana comum. A Lei do Silêncio determina que, das 7h às 22h, o limite de sons seja de até 75 decibéis. Já no período da noite, entre 22h e 7h, é permitido um limite de até 70 decibéis. Já nos domingos e feriados, entre às 22h e 8h, até 70 decibéis.


Vale lembrar que pessoas que se sintam prejudicadas com o excesso de som alto, como gritos, latidos de cães, entre outros barulhos, podem solicitar a presença da Polícia Militar (PM) ou formalizar um Boletim de Ocorrência junto à delegacia da Polícia Civil, objetivando dar início ao procedimento policial investigatório contra o eventual causador da perturbação.


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