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Jair Bolsonaro nomeia general exonerado do governo Lula em 2010

Jair Bolsonaro nomeia general exonerado do governo Lula em 2010

Por Da Redação

Jair Bolsonaro nomeia general exonerado do governo Lula em 2010Uol

Nomeado nesta quinta-feira (3/1) pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar o cargo de secretário especial de assuntos estratégicos, o general Maynard Marques de Santa Rosa foi o centro de uma polêmica que culminou com a sua exoneração, em 2010, do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Na ocasião, o general Santa Rosa criticou a Comissão da Verdade, chamando-a de “comissão da calúnia”. Em uma carta que circulou pela internet, o general afirmou ainda que “confiar a busca da verdade a fanáticos” seria “o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa”.


O projeto que instituiu a Comissão da Verdade foi criado pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar.


A expressão utilizada por Santa Rosa seria uma referência indireta à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), então ministra da Casa Civil e responsável pela indicação dos membros na comissão. A petista integrou um grupo envolvido com luta armada e chegou a ser presa e torturada por militares.


Santa Rosa, que ocupava o cargo de chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército, teve seu afastamento anunciado pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim, em fevereiro daquele ano. A decisão foi, então, oficializada pelo ex-presidente Lula.


Este não foi, no entanto, o primeiro episódio que gerou mal-estar entre o general e o governo do PT. Em 2007, quando era chefe da Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, pasta ligada ao ministério da Defesa, criticou ONGs que atuavam na Amazônia, dizendo que elas teriam “interesses ocultos”.


Também criticou a posição do governo sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, quando o Exército foi usado junto à Polícia Federal para retirar posseiros e não indígenas na região. Acabou afastado do cargo e mandado de volta às Forças Armadas.


O general já integrava a equipe do governo de transição de Bolsonaro desde novembro de 2018. Ele havia sido nomeado para chefiar o PPI (Programa de Parceria de Investimentos), vinculado à Secretaria-Geral, tratando de privatizações e concessões.


Em postagens em um blog do Exército Brasileiro, publicadas em 2018, o general chegou a defender uma revisão da Constituição.


“Com as regras em vigor, nenhum presidente seria capaz de impulsionar as reformas estruturais necessárias”, escreveu. “O gigantismo do Legislativo e a complexidade dos interesses partidários conspiram contra a agenda. A ineficácia dos processos age em favor da inércia, quando não impede a aprovação das proposições estratégicas”, completou.


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