Nunca mais diga que nossa segurança parou no tempo! Estamos 3 dias adiantados no número de assassinatos

Bastaram exatos 15 dias deste novo ano para Salvador e Região Metropolitana contabilizarem exatos 100 homicídios em 2017. A frase se torna ainda mais impactante diante da constatação de que, em relação ao ano passado, estamos três dias adiantados no montante alvejado pela violência desmedida da capital e cidades adjacentes.

Em 2016, a Grande Salvador chegou a uma centena de executados em 18 de janeiro. Uma mulher, de 41 anos, encontrada morta no Largo do Tanque; e outros dois homens vítimas de disparos por arma de fogo — em Sussuarana e Capelão (Lauro de Freitas) — garantiram a marca fúnebre quase de forma simultânea.

Desta vez, no domingo (15/1), em Monte Gordo, localidade de Camaçari, um homem de 48 anos completou o carimbo dos assassinatos com três dígitos. A cidade do Polo, vale tomar nota, lidera o ranking do ano com 15 mortes. Dos bairros de Salvador, com seis ocorrências, Cajazeiras está na ponta.

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No momento, pela última contagem, a Grande Salvador já atualizou os números e contabiliza 113 assassinatos. Para se ter uma ideia é, neste ano, exatamente o mesmo número de mortos em presídios brasileiros somando três estados: Amazonas (56 mortos), Roraima (31) e Rio Grande do Norte (26).

A segurança em Salvador parece seguir um fenômeno comumente explorado em filmes de ficção científica e seriados com temática fantasiosa: o paradoxo temporal. Enquanto parecemos congelados no tempo no desenvolvimento de tecnologia, resposta à escalada de violência e ações efetivas de proteção, seguimos três dias (ou, 72 horas) adiantados em relação ao ano passado.

Nunca mais podemos abrir a boca para dizer que nossa segurança parou no tempo.

Seguimos adiantados…

E contando!

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