NÚMEROS DE GUERRA: Por homicídio, delegacia registra 3 prisões por dia em Salvador
NÚMEROS DE GUERRA: Por homicídio, delegacia registra 3 prisões por dia em Salvador
Em nota encaminhada à imprensa nesta sexta-feira (23/12), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil apresenta números assustadores. Resultado de produtividade do DHPP apresenta uma média de três prisões por dia, na capital baiana. No total, em 2016, 797 pessoas foram capturadas, acusadas de homicídio em Salvador, segundo dados oficiais. O número representa um aumento de 9 % em relação a 2015 e se mantém em constante crescimento desde 2011.
“Os números revelam um alto potencial de aproveitamento do trabalho dos nossos policiais este ano. É importante lembrar que, muitas vezes, a prisão de um homicida significa a elucidação de vários crimes contra a vida”, explica o secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, lembrando que as ações policiais que culminam na desarticulação de quadrilhas e na apreensão de armas de fogo resultam na preservação de vidas.
O diretor do DHPP, delegado José Alves Bezerra Júnior, destaca algumas prisões como essenciais, não apenas para a elucidação de crimes, mas, principalmente, para a diminuição dos índices em alguns bairros de Salvador. “Este ano conseguimos prender homicidas responsáveis por mais de 20 mortes. Entre eles, estão Joca do Cavalo, que atuava no Bonfim, acumulava oito mandados de prisão e mais de 20 mortes, e Rodrigo Rodrigues da Silva, o Rodrigo Cão, homicida com forte atuação no bairro da Liberdade”, exemplificou.
Líder de quadrilha no bairro do Lobato, Dilson da Paz dos Santos, o Renato Químico, 36 anos, foi um dos principais alvos do DHPP este ano, acusado de participar de aproximadamente 40 homicídios só em Salvador. Assim como ele, Tarcísio Antônio Silva Itaparica, mais conhecido como “Bibiu”, também acusado de 20 assassinatos na região da Massaranduba, morreu em confronto, resistindo à prisão.
Outro dado importante, desta vez apresentando pela Coordenação de Documentação e Estatística da Polícia Civil (Cdep), diz respeito à apreensão de armas de fogo. Enquanto em 2015, 4.693 foram apreendidas até o mês de novembro, em 2016, esse número subiu para 4.816, um aumento de 2,6%. Outro destaque na produtividade policial, a quantidade de mandados de prisão cumpridos cresceu cerca de 23% (2015: 3213 x 2016: 3945).
Somadas às prisões em flagrante, registradas em todo o estado, a polícia baiana prendeu cerca de 22 mil pessoas este ano, acusadas de diversos crimes. Uma média de 60 capturas por dia.
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*Publicada originalmente às 15h13