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MAL MAIOR: Há indício de subnutrição em comunidades quilombolas de Conquista, diz pesquisa

MAL MAIOR: Há indício de subnutrição em comunidades quilombolas de Conquista, diz pesquisa

Por Da Redação

MAL MAIOR: Há indício de subnutrição em comunidades quilombolas de Conquista, diz pesquisa

Do Suíça Baiana, parceiro do Aratu Online


Estudantes do curso de Nutrição da UFBA (Universidade Federal da Bahia), campus Anísio Teixeira, realizaram uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (13) que aponta alta prevalência de insegurança alimentar em comunidades quilombolas de Vitória da Conquista.


Desenvolvida entre setembro de 2014 e janeiro de 2015, a pesquisa abrangeu 459 domicílios de 21 comunidades rurais, sendo 19 delas quilombolas.


Todas as comunidades pesquisadas são da área de abrangência de atendimento da USF (Unidade de Saúde da Família) do povoado de Pradoso, e o resultado é que 52,1% dos domicílios passam por problemas de insegurança alimentar.


?A prevalência encontrada foi elevada em todos os níveis nas populações estudadas, com maior gravidade nas quilombolas, demonstrando a possibilidade da existência de fome?, afirma a estudante de Nutrição Etna da Silva, uma das pesquisadoras.


A insegurança alimentar ocorre quando há dificuldade no acesso regular e permanente aos alimentos em qualidade e quantidade suficiente, ou quando há a preocupação da interrupção alimentar no futuro próximo, comprometendo o acesso a outras necessidades essenciais.


Foram pesquisadas as comunidades de Pradoso, Baixa do Arroz, Saguim I e II, Umburana, Malhada, Retiro, Mocó, Monte Branco, Lagoa da Jiboia, Lagoa Rasa, Barra do Mel, Baixão, Lagoa de Maria Clemência, Oiteiro, Riacho de Teófilo, Poço de aninha, Manoel Antônio, Tabua, Muritiba e Caldeirão.


APRESENTAÇÃO


Os resultados do estudo foram apresentados na Oficina sobre Saúde Quilombola do Departamento de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde e para a Equipe de Saúde Familiar de Pradoso.


A cirurgiã-dentista da USF Pradoso, Katiuscy Carneiro, disse que as equipes têm feito planejamento de ações com base nos dados do estudo.


?[Essa pesquisa] nos trouxe dados novos que até então a gente não imaginava que comunidades tão próximas da zona urbana, como o Baixão, por exemplo, tivessem uma insegurança alimentar maior do que em outras comunidades mais distantes que a gente tem. A partir disso, a gente sentou para azer um plano de ação para qualificar a atenção à saúde nessas comunidades?, conta.


A pesquisa foi coordenada pelas professoras da UFBA, Danielle Souto de Medeiros. Para ela, estudos como este servem como instrumento para a reivindicação e implantação de ações e politicas públicas para a melhoria da alimentação, saúde e qualidade de vida da população estudada.


?E ainda contribui para uma formação humana e cidadã dos estudantes-pesquisadores envolvidos no projeto?, completou.


Participaram ainda do estudo a professora Poliana Cardoso Martins (colaboradora) e as estudantes Líllian de Almeida Sousa, Gislane Pereira Lima, Maria Amanda Sousa Rêgo, Tainan Oliveira da Silva, Alessandra Silva Freire e Fernanda Moitinho Silva.



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