Tribunal rejeita pedido de Platini e mantém punição imposta pela Fifa
Tribunal rejeita pedido de Platini e mantém punição imposta pela Fifa
O Tribunal Arbitral do Esporte rejeitou nesta sexta-feira (11) o pedido do presidente da Uefa Michel Platini para que tivesse sua suspensão preventiva de 90 dias imposta pela Fifa fosse anulada. A corte, porém, determinou que a entidade máxima do futebol não estenda a pena de forma provisória e dê um veredicto final até o dia 5 de janeiro, quando se encerra a atual punição.
De acordo com comunicado do TAS, a corte entendeu que a suspensão imposta pela Fifa não trouxe “danos irreparáveis” a Platini. Isto porque representantes da Fifa já afirmaram que o comitê de ética da entidade trará a resolução final do caso antes do fim da punição preventiva, o que não traria prejuízos à possível participação do dirigente nas eleições da Fifa em fevereiro.
No entanto, o tribunal entende que a Fifa não poderá estender a atual punição por mais 45 dias, como previsto em seu código de ética. “Tal extensão constitui uma restrição indevida e injustificada do direito de acesso à Justiça a Michel Platini, causando danos irreparáveis a ele”.
Principal candidato à presidência da Fifa nas próximas eleições, Platini foi acusado pela Justiça suíça de ter recebido pagamento irregular de 2 milhões de fracos suíços de Joseph Blatter, presidente da entidade máxima do futebol.
A acusação fez com que Platini e Blatter fossem suspensos preventivamente por 90 dias pelo comitê de ética da Fifa, que abriu investigação sobre o caso. O dirigente francês, porém, alega ter recebido o dinheiro como pagamento por serviços prestados à entidade máxima do futebol entre 1999 e 2002, em acordo verbal firmado com Blatter.
A punição complicou as pretensões de Platini de concorrer à presidência da Fifa. A candidatura do dirigente francês ainda não foi aceita pelo comitê eleitoral da entidade, que aguarda a definição do caso para determinar se ele poderá ou não concorrer ao pleito programado para 26 de fevereiro.
A situação indefinida de Platini fez com que a Uefa lançasse outro candidato às eleições da Fifa, seu secretário-geral Gianni Infantino. Além dele, outros quatro nomes estão confirmados no pleito: o príncipe da Jordânia Ali Bin Al Hussein, o francês Jérôme Champagne, o sheik do Bahrein Salman bin Ebrahim Al Khalifa e o sul-africano Tokyo Sexwale. Musa Bility, da Libéria, também apresentou candidatura, mas foi barrado pelo comitê eleitoral.
O recurso no TAS foi a segunda tentativa de Platini de anular o gancho. Em novembro, havia entrado com recurso no Comitê de Apelação da Fifa, mas a manobra foi rejeitada.