Delegação brasileira vai a Tóquio com 75% de atletas vacinados; alguns recusaram
A vacinação não é obrigatória para participar da Olimpíada, muito menos para ir ao Japão, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem insistido na importância da vacinação.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) revelou, nesta terça-feira (13/7), que apenas 75% dos atletas brasileiros inscritos na Olimpíada de Tóquio estão imunizados com as duas doses da vacina contra a Covid-19, ou com a dose única da Janssen em alguns casos. O grupo que tomou ao menos uma dose é maior, de 90%, segundo os números apresentados pelo comitê.
Durante entrevista coletiva no Japão, o diretor de Esporte do COB, Jorge Bichara, informou que um grupo de atletas optou por não se vacinar. O comitê decidiu não informar o número de esportistas que recusaram a vacina, nem seus nomes. Ainda segundo Bichara, porém, esses atletas serão mais cobrados.
"Como o COI definiu que não era obrigatória, não foi também apresentada como obrigatória para os atletas. Tivemos atletas que optaram por não se vacinar, mas vamos preservar os nomes porque é uma questão de ordem pessoal. Temos nossas convicções, entendemos como muito importante, mas respeitamos as posições de cada um. Vamos cobrar de todos e mais desses atletas os respeitos às condições de seguranças suas e de todo o grupo do qual estão fazendo parte", afirmou.
A vacinação não é obrigatória para participar da Olimpíada, muito menos para ir ao Japão, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem insistido na importância da vacinação, pela segurança dos envolvidos com os Jogos e para reduzir a preocupação e a rejeição dos japoneses com relação aos Jogos.
Por isso o COI fechou acordo com a Pfizer e com o Comitê Olímpico Chinês para receber doação de vacinas e as remeteu a diversos países do mundo, incluindo o Brasil. O país recebeu vacinas da Pfizer e da Coronavac, em número três vezes maior do que o necessário (o restante foi para o SUS), em troca de incluir as delegações olímpicas e paraolímpicas, incluindo staff e jornalistas, no grupo prioritário de vacinação. Esse grupo foi vacinado em pontos específicos definidos pelo Ministério da Saúde em parceria com o COB e o Ministério da Defesa.
Parte dos atletas, porém, estava fora do país nos últimos meses, por morar fora (como a ampla maioria das seleções de handebol), ou por estar fazendo sua preparação no exterior. Para vacinar esses esportistas, o COB fechou parcerias com governos e comitê olímpicos nacionais de vários países, como Espanha e Sérvia. Atletas de atletismo e skate aproveitaram viagens aos Estados Unidos para se vacinarem por lá. O comitê não explicou quantos atletas não se vacinaram porque não conseguiram.
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