Liderança feminina em terreiros da Bahia é comum e, em outros estados, é rara, conta Mãe Taiane Macedo
No Dia Internacional da Mulher, líder religiosa destaca atuação das matriarcas em terreiros da Bahia
Reprodução/Instagram
Líder do Centro de Umbanda Mística Oxum Apará (Cumoa), no bairro de Piatã, em Salvador, Mãe Taiane Macedo é uma das mulheres à frente de terreiros de religiões de matriz africana na Bahia. Segundo Mãe Taiane, a liderança feminina em centros baianos de Umbanda e Candomblé é comum, mas, no restante do Brasil, os homens ainda dominam os postos de comando. No Dia da Mulher, ela destaca essa atuação das matriarcas de terreiros.
"Aqui na Bahia, é comum, mas em outros estados é raro; me vejo como um exemplo de luta e, sempre que posso, reforço essa causa", afirma a líder religiosa, que também é publicitária e atua há mais de 30 anos na gestão e divulgação da Cumoa. O local é um terreiro familiar, onde Taiane cresceu. Segundo a líder, a Umbanda, assim como o Candomblé, insere a mulher no contexto religioso e social.
Nas religiões de matriz étnico-cultural iorubá, explica a publicitária, a mulher é responsável pela coesão familiar e social e fica à frente da resolução de conflitos e organização social. A mulher é, portanto, a própria política. Para Mãe Taiane, o que define as matriarcas religiosas é o cuidado. Mesmo com toda violência que sofrem por conta do racismo religioso, essas líderes religiosas estão sempre disponíveis para cuidar de quem pede ajuda.
DIA DA MULHER
O ano era 1975 e a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o o Dia Internacional da Mulher em homenagem à luta e às conquistas das mulheres. A escolha do dia 8 de março está relacionada com a uma greve de operárias russas de 1917.
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O ano era 1975 e a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o o Dia Internacional da Mulher em homenagem à luta e às conquistas das mulheres. A escolha do dia 8 de março está relacionada com a uma greve de operárias russas de 1917.
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