Por R$ 535 milhões, teleférico no Subúrbio deve ser construído até 2026; veja imagens
A etapa do teleférico do Subúrbio é a primeira de 22,5 km e deve contar, inicialmente, com 4 estações.
Divulgação
A Prefeitura de Salvador deve avançar no processo de construção de um teleférico na capital, cujo projeto, estimado em R$ 535 milhões, pretende ligar o Subúrbio à Estação Pirajá, a partir de agosto de 2026, segundo estudo obtido de forma exclusiva pelo Aratu On.
O documento ao qual a reportagem teve acesso é uma análise de pré-viabilidade, promovida pela Fundação Mário Leal Ferreira, o banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables ( (ISTC) -Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos-, empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo.
De acordo com a proposta, entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quatro estações serão construídas na primeira etapa do teleférico:
1 - Praia Grande
2 - Novo Mané Dendê
3 - Escola Pirajá
4 - Campinas de Pirajá
A primeira estação ficará sobre o atual terreno da garagem da Plataforma, uma das empresas que compõem o consórcio Integra, que opera o sistema de ônibus da capital.
A segunda estação ao lado do Residencial Mané Dendê, em Ilha Amarela. Já a terceira estação, em Pirajá, deve ser edificada onde há, atualmente, a Escola Municipal General Labatut, na Rua 8 de Novembro.
E última estação, por fim, denominada Campinas de Pirajá, será construída nas imediações da Estação Pirajá, a fim de interligar o modal com o metrô e os ônibus.
A estimativa apresentada no estudo é que, diariamente, sejam transportadas 23 mil pessoas.
A fase de estudos de viabilidade deve durar até janeiro. No mês seguinte, conforme cronograma apresentado pela Fundação Mário Leal Ferreira ao BNDES, haverá a fase de licitação e contratação. A expectativa é que as obras tenham início em fevereiro de 2025, com conclusão prevista para agosto de 2026.
VEJA AS IMAGENS:
PROJETO DOCUMENTADO
O teleférico faz parte de um conjunto de iniciativas propostas no Plano de Mobilidade (Planmob), que visa construir um pacote de iniciativas de mobilidade para Salvador em 50 anos. O texto foi apresentado em 2018 pelo ex-prefeito ACM Neto (União) e apresenta soluções de transporte, urbanismo, infraestrutura viária e cicloviária, além da construção e estruturação de modais.
A etapa do teleférico do Subúrbio é a primeira de 22,5 km previstos para funcionar até 2049 na cidade. O intuito é que o modal seja construído, futuramente, em locais como IAPI, Brotas e Pernambués, a fim de levar o equipamento às estações de metrô da Bonocô, do Retiro e do Detran.
Outros trechos do teleférico ainda podem ser edificados no Centro, no Comércio e em outros pontos do Subúrbio, que devem receber o VLT.
No Planmob, ainda há a possibilidade de integração do BRT com teleféricos nas avenidas Gal Costa e 29 de Março. Contudo, de acordo com estudos do Governo do Estado, estas localidades devem abrigar o novo projeto do VLT, não o BRT.
Nas justificativas apresentadas no plano, a prefeitura cita o exemplo de Medellin, na Colômbia. A cidade conta com três linhas, 10,7 km de extensão e 309 gôndolas, com equipamento integrado ao metrô.
“O sistema é adequado para o transporte de passageiros em áreas com densidade ocupacional e topografia acentuada. Tem baixa capacidade de transporte (da ordem de 3.000 passageiros/ hora/ sentido) e sua implantação requer pouca desapropriação”, diz trecho do Planmob.
No documento, a gestão municipal pondera que a implantação dos teleféricos deve ser “consolidada a partir dos Planos de Mobilidade dos Bairros que deverão ser desenvolvidos posteriormente”. O Palácio Thomé de Souza diz, ainda, que o projeto é um “um subprograma de longo prazo”.
AVALIAÇÃO
O prefeito Bruno Reis (União) foi à Cidade do México em 2021 para conhecer de perto os teleféricos construídos na capital do país.
“Lá eles implantaram a tecnologia do teleférico. Os teleféricos estão sendo usados principalmente nas áreas adensadas com geografia irregular e com grande concentração, que são as favelas. Essa solução para melhorar a mobilidade. Conheci o teleférico, que pode ser uma solução para algumas áreas aqui de Salvador, com grande adensamento populacional”, disse, à época, após retornar do México.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
O documento ao qual a reportagem teve acesso é uma análise de pré-viabilidade, promovida pela Fundação Mário Leal Ferreira, o banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables ( (ISTC) -Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos-, empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo.
De acordo com a proposta, entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quatro estações serão construídas na primeira etapa do teleférico:
1 - Praia Grande
2 - Novo Mané Dendê
3 - Escola Pirajá
4 - Campinas de Pirajá
A primeira estação ficará sobre o atual terreno da garagem da Plataforma, uma das empresas que compõem o consórcio Integra, que opera o sistema de ônibus da capital.
A segunda estação ao lado do Residencial Mané Dendê, em Ilha Amarela. Já a terceira estação, em Pirajá, deve ser edificada onde há, atualmente, a Escola Municipal General Labatut, na Rua 8 de Novembro.
E última estação, por fim, denominada Campinas de Pirajá, será construída nas imediações da Estação Pirajá, a fim de interligar o modal com o metrô e os ônibus.
A estimativa apresentada no estudo é que, diariamente, sejam transportadas 23 mil pessoas.
A fase de estudos de viabilidade deve durar até janeiro. No mês seguinte, conforme cronograma apresentado pela Fundação Mário Leal Ferreira ao BNDES, haverá a fase de licitação e contratação. A expectativa é que as obras tenham início em fevereiro de 2025, com conclusão prevista para agosto de 2026.
VEJA AS IMAGENS:
PROJETO DOCUMENTADO
O teleférico faz parte de um conjunto de iniciativas propostas no Plano de Mobilidade (Planmob), que visa construir um pacote de iniciativas de mobilidade para Salvador em 50 anos. O texto foi apresentado em 2018 pelo ex-prefeito ACM Neto (União) e apresenta soluções de transporte, urbanismo, infraestrutura viária e cicloviária, além da construção e estruturação de modais.
A etapa do teleférico do Subúrbio é a primeira de 22,5 km previstos para funcionar até 2049 na cidade. O intuito é que o modal seja construído, futuramente, em locais como IAPI, Brotas e Pernambués, a fim de levar o equipamento às estações de metrô da Bonocô, do Retiro e do Detran.
Outros trechos do teleférico ainda podem ser edificados no Centro, no Comércio e em outros pontos do Subúrbio, que devem receber o VLT.
No Planmob, ainda há a possibilidade de integração do BRT com teleféricos nas avenidas Gal Costa e 29 de Março. Contudo, de acordo com estudos do Governo do Estado, estas localidades devem abrigar o novo projeto do VLT, não o BRT.
Nas justificativas apresentadas no plano, a prefeitura cita o exemplo de Medellin, na Colômbia. A cidade conta com três linhas, 10,7 km de extensão e 309 gôndolas, com equipamento integrado ao metrô.
“O sistema é adequado para o transporte de passageiros em áreas com densidade ocupacional e topografia acentuada. Tem baixa capacidade de transporte (da ordem de 3.000 passageiros/ hora/ sentido) e sua implantação requer pouca desapropriação”, diz trecho do Planmob.
No documento, a gestão municipal pondera que a implantação dos teleféricos deve ser “consolidada a partir dos Planos de Mobilidade dos Bairros que deverão ser desenvolvidos posteriormente”. O Palácio Thomé de Souza diz, ainda, que o projeto é um “um subprograma de longo prazo”.
AVALIAÇÃO
O prefeito Bruno Reis (União) foi à Cidade do México em 2021 para conhecer de perto os teleféricos construídos na capital do país.
“Lá eles implantaram a tecnologia do teleférico. Os teleféricos estão sendo usados principalmente nas áreas adensadas com geografia irregular e com grande concentração, que são as favelas. Essa solução para melhorar a mobilidade. Conheci o teleférico, que pode ser uma solução para algumas áreas aqui de Salvador, com grande adensamento populacional”, disse, à época, após retornar do México.
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