Fabrizzio Muller prevê aumento da frota de carros e pede que população de Salvador use transporte público para resolver problema da mobilidade
Perguntado sobre Salvador ser uma cidade "carrocrata", destinada apenas aos que são portadores de automóveis, Fabrizzio negou com veemência e alertou que a frota de carros cresceu três vezes nos últimos 20 anos.
Após o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), formalizar, nesta sexta-feira (3/6), o aumento na passagem de ônibus para R$ 4,90, o secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Fabrizzio Muller, alertou para um problema que vai além da crise do transporte público: a quantidade de veículos na cidade.
Em entrevista ao Aratu On, o titular da pasta indicou que, nos últimos 20 anos, a frota de veículos particulares cresceu três vezes na cidade. "Não podemos admitir que, nos próximos 20 anos, a frota cresça mais três vezes", alertou.
Apesar deste cenário, ele crê que Salvador não é uma cidade "carrocrata", destinada apenas aos que são usuários de automóveis. Para ele, no entanto, as projeções para o futuro não são favoráveis. Se o crescimento continuar, alerta o dirigente, a cidade não aguentará a alta demanda de veículos privados em circulação.
Segundo Fabrizzio, a mobilidade urbana é um problema em todas as grandes cidades. Porém, segundo ele, os investimentos estão sendo feitos para contornar a situação em Salvador.
"Muito vem sendo pensado. Como o sistema do BRT, que vai atingir um trecho que não é assistido pelo metrô. Somado a isso, todo a sistema de integração já trabalha com o objetivo de ampliar a mobilidade", afirmou.
Para solucionar a projeção pessimista, Muller ressaltou que os transportes públicos precisam ser estimulados. "Para que as pessoas deixem os veículos em casa e utilizem o transporte comunitário, essa é a solução definitiva".
PROBLEMA MACRO
Um quesito da mobilidade vem sendo destacado por Bruno Reis como um dos pontos cruciais da gestão dele em Salvador: o transporte público. Segundo o prefeito o transporte é um dos mais deficitários do pais. Porém, Salvador não é a única, segundo o gestor. "É um contexto em que a maior parte das capitais do Brasil vêm sofrendo".
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