Bruno Reis admite que serviço dos ônibus em Salvador "não é de boa qualidade"; empresas anunciam aluguel de coletivos usados
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), admitiu nesta terça-feira (5/10) problemas em relação à qualidade com o transporte público soteropolitano. Em entrevista coletiva concedida à imprensa, contudo, ele sustentou que a prefeitura teve R$ 206 milhões de prejuízo somente com o sistema.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), admitiu nesta terça-feira (5/10) problemas em relação à qualidade com o transporte público soteropolitano. Em entrevista coletiva concedida à imprensa durante entrega de 70 novos coletivos, contudo, ele sustentou que a Prefeitura teve R$ 206 milhões de prejuízo somente com o sistema.
Na última semana, a Prefeitura anunciou que OT Trans e Plataforma, empresas que compõem o Consórcio Integra, assumirão, por ora, o chamado Lote C, anteriormente operado pela CSN. Além dos novos ônibus, os consórcios alugaram 150 veículos usados que já estão circulando na cidade, substituindo os ônibus da antiga CSN.
“Salvador nunca tinha colocado um real no transporte público. Ou seja: a tarifa remunerava o sistema. Hoje, a tarifa não remunera mais o sistema. Hoje, o usuário para uma tarifa elevada de R$ 4,40 por um serviço que não é de boa qualidade, e é preciso ser disso isso. Porém, esses R$ 4,40 não fecha a equação para que o sistema fique de pé”.
“É uma operação mais cara, inclusive, que o metrô e outros modais. Em todo lugar do mundo praticamente há subsídio para o transporte público. Aqui no Brasil, não. Eu preciso dizer isso claramente: as prefeituras não têm condições de assumir essa conta”, acrescentou o chefe do Executivo Municipal.
Reis ainda criticou o governo Bolsonaro, e cobrou aporte de R$ 89 milhões para “cobrir o desequilíbrio da pandemia”. “É muito dinheiro. Dava para construir dois Centros de Convenções e mais dois novos hospitais. Para cobrir o desequilíbrio da pandemia, com a intervenção e, depois na intervenção direta. Tínhamos a expectativa de receber R$ 84 milhões do Governo Federal, num projeto enviado ao Congresso, aprovado e vetado".
A reclamação do prefeito se dá após o período em que iniciou a crise com a Concessionária Salvador Norte (CSN). Com dificuldades financeiras vividas pela empresa, a prefeitura promoveu a intervenção e assumiu a frota de ônibus da região da orla. Com o avanço dos problemas, o Palácio Thomé de Souza rompeu com a CSN e assumiu a operação das linhas.
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