Bolsonaro questiona prisão de Braga Netto

Bolsonaro critica prisão de Braga Netto, acusado de participação em tentativa de golpe de Estado e obstrução de Justiça; general nega envolvimento em plano golpista

Por Da Redação.

Bolsonaro questiona prisão de Braga NettoBraga Netto foi ministro e candidato a vice de Bolsonaro | Foto: Walter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, pela primeira vez, sobre a prisão do general Walter Braga Netto, ocorrida no sábado (14). Em publicação no X, antigo Twitter, ele criticou a operação da Polícia Federal (PF). O militar foi candidato a vice-presidente de Bolsonaro em 2022.

“Há mais de 10 dias o ‘inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”, publicou.

Bolsonaro e Braga Netto estão entre os indiciados em um inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em nota, a defesa de Braga Netto afirmou que o general da reserva não tentou obstruir as investigações.  

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A prisão  

Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, foi detido no Rio de Janeiro sob a acusação de obstrução de Justiça, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão contra o coronel Flávio Botelho Peregrino, ex-assessor do general, em Brasília.  

De acordo com a Polícia Federal, as medidas tinham como objetivo impedir a obstrução da produção de provas no processo penal e evitar a repetição de ações ilícitas.  

Em novembro, Braga Netto foi indiciado pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A soma das penas máximas previstas para os crimes chega a 28 anos de prisão.  

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Acusações  

O inquérito aponta Braga Netto como figura central em um plano de golpe de Estado. Segundo a PF, "os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados à tentativa de golpe de Estado e da abolição do estado democrático de direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento".  

A PF também apurou que o plano de golpe envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.  

Em manifestação anterior no X, Braga Netto negou as acusações: "Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade...".  

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, declarou em depoimento à PF que Braga Netto teria entregue dinheiro vivo a militares conhecidos como “kids pretos” para financiar o plano golpista. A defesa do general refuta as alegações.  

Em nota divulgada no início do mês, a defesa de Braga Netto declarou que ele “não tomou conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento de assassinato de alguém”.  

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