Bispos de 23 dioceses baianas se reúnem com Rui e Wagner e mostram preocupação com festas e Carnaval; "evitar tragédia"
Eles se dizem preocupados com "a possibilidade de flexibilização para se realizar as festas de final de ano e principalmente o Carnaval de 2022, devido à forma como as festas acontecem, através de aglomerações massivas que podem causar um possível retorno de casos de Covid-19 e consequentes óbitos".
Nesta quinta-feira (18/11), bispos representantes de 23 dioceses da Igreja Católica na Bahia se encontraram com o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner para conversar sobre a possibilidade de realização do Carnaval em 2022. Em carta, eles se manifestaram contra a realização da folia momesca.
No texto, eles se dizem preocupados com "a possibilidade de flexibilização para se realizar as festas de final de ano e principalmente o Carnaval de 2022, devido à forma como as festas acontecem, através de aglomerações massivas que podem causar um possível retorno de casos de Covid-19 e consequentes óbitos".
A reunião com os políticos dá indícios de que, dificilmente, o governo estadual apoiará a festa no ano que vem.
Leia a carta na íntegra:
"Nós, bispos de 23 dioceses da Bahia, reunidos em Salvador, manifestamos a nossa preocupação com a possibilidade de flexibilização para se realizar as festas de final de ano e principalmente o Carnabal de 2022, devido à forma como as festas acontecem, através de aglomerações massivas que podem causar um possível retorno de casos de Covid-19 e consequentes óbitos.
A Igreja Católica da Bahia, desde o início da pandemia, tem tomado iniciativas em colaboração com os órgãos públicos do Estado e dos municípios, mesmo prejudicando o trabalho pastoral de nossas comunidades.
O sofrimento do nosso povo tem sido muito grande pelo elevado número de pessoas que foram contaminadas e principalmente de óbitos entre jovens, adultos e idosos.
Queremos manifestar nosso apoio às medidas sanitárias baseadas em dados científicos que visem à preservação da vida e à contenção de possíveis novos casos.
Uma medida lúcia, autorizada, responsável e corajosa por parte do governo do Estado poderá evitar o retorno da tragédia e suas terríveis consequências.
Iluminados pela palavra do Evangelho, que diz: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo, 10,10), pedimos a intercessão de Santa Dulce dos Pobres e as bênçãos do Senhor do Bonfim sobre todo o nosso povo e sobre aqueles que têm o dever de tomar as decisões em favor da saúde e da vida.
Com o respeito que lhé é devido, (assinaturas)."
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