Mapa Conecta: Bahia adere a plataforma de inovação e tecnologia para agro
Cerimônia realizada na manhã desta segunda coloca o estado programa Mapa Conecta: Bahia adere a plataforma de inovação e tecnologia para agro
Por, Matheus Caldas e João Tramm.
A Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seagri) formalizou a adesão do estado à plataforma Mapa Conecta. A cerimônia, realizada nesta segunda-feira (6), põe o agronegócio no programa de fomento à tecnologia e inovação do governo federal.
A plataforma utiliza ferramentas de inteligência artificial para promover conexões entre os diversos atores do ecossistema agroindustrial, com a proposta de fomentar um ambiente colaborativo e de inovação aberta, capaz de solucionar desafios do agro, desenvolver novas tecnologias e subsidiar políticas públicas eficazes.
Mapa Conecta: Bahia adere a plataforma de inovação e tecnologia para agro
A adesão ao Mapa Conecta foi oficializada em evento realizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com presença de membros dos governos estadual, federal, entidades ligadas ao agronegócio e produtores de diversas regiões do estado.
Segundo a consultora de Inovação da Bahia, Patrícia Fonseca, a plataforma serve para integrar as demandas de produtores de todo o Brasil.
Na palestra, ela enalteceu o Mapa Conecta. “Na plataforma, os produtores vão procurar a solução e podem encontrar uma startup. A partir disto, vão se conectar e fazer parcerias para novos negócios”, disse.
Para o secretário de Agricultura do estado, Pablo Barrozo, a adesão da Bahia ao Mapa conecta significa “a união de todas as forças ligadas à agricultura”.
Para Barrozo, que já foi aliado de ACM Neto (União) e hoje está na base petista, esta integração será propiciada pelo fomento à ciência, tecnologia e informação. “É para que nós possamos trazer para o nosso o estado o que há de melhor de experiências no nosso país e no mundo”, projetou.
Para ele, a movimentação pode “identificar lacunas que possam ser atingidas”. “Podemos modernizar através do que o Mapa Conecta fornece para a gente”, concluiu.
Tecnologia é vista como um dos maiores desafios do agronegócio na Bahia.
Em especial a conectividade, que ainda é difícil no campo e impede o avanço da modernização agrícola. “Hoje, acesso à internet é tão importante que pode ser considerado o básico. É por meio dela que o agricultor acessa crédito, tecnologia, assistência técnica e até vende sua produção. Sem internet, o campo fica isolado”, explicou.
Outro problema grave apontado é a deficiência na educação. Para o presidente da Faeb, a formação no campo precisa ir além do básico, se não é um incentivo ao êxodo rural. “Não dá mais para trabalhar na agricultura sem qualificação. O mínimo exigido hoje é um curso técnico. Mas enfrentamos problemas sérios na educação baiana, o que dificulta a formação de mão de obra especializada e afeta a produtividade”, pontuou.
Importante lembrar que o agronegócio é um dos principais setores da economia baiana. No segundo trimestre de 2025, o PIB da Bahia alcançou R$ 141,7 bilhões, dos quais R$ 129,7 bilhões correspondem ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 12,0 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Entre os grandes setores, a agropecuária registrou VA de R$ 28,7 bilhões, a indústria R$ 25,5 bilhões e os serviços R$ 75,5 bilhões.
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