A Secretaria de Agricultura e Pecu&aacute;ria (Seagri) formalizou a ades&atilde;o do estado &agrave; plataforma Mapa Conecta. A cerim&ocirc;nia, realizada nesta segunda-feira (6), p&otilde;e o agroneg&oacute;cio no programa de fomento &agrave; tecnologia e inova&ccedil;&atilde;o do governo federal.
A plataforma utiliza ferramentas de intelig&ecirc;ncia artificial para promover conex&otilde;es entre os diversos atores do ecossistema agroindustrial, com a proposta de fomentar um ambiente colaborativo e de inova&ccedil;&atilde;o aberta, capaz de solucionar desafios do agro, desenvolver novas tecnologias e subsidiar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas eficazes.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/cf569f32-3c02-4748-af3e-3db248a6bf2c.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Mapa Conecta: Bahia adere a plataforma de inova&ccedil;&atilde;o e tecnologia para agro; Foto: Matheus Caldas/Aratu On">
<h2>Mapa Conecta: Bahia adere a plataforma de inova&ccedil;&atilde;o e tecnologia para agro</h2>
A ades&atilde;o ao Mapa Conecta foi oficializada em evento realizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com presen&ccedil;a de membros dos governos estadual, federal, entidades ligadas ao agroneg&oacute;cio e produtores de diversas regi&otilde;es do estado.
Segundo a consultora de Inova&ccedil;&atilde;o da Bahia, Patr&iacute;cia Fonseca, a plataforma serve para integrar as demandas de produtores de todo o Brasil.
Na palestra, ela enalteceu o Mapa Conecta. &ldquo;Na plataforma, os produtores v&atilde;o procurar a solu&ccedil;&atilde;o e podem encontrar uma startup. A partir disto, v&atilde;o se conectar e fazer parcerias para novos neg&oacute;cios&rdquo;, disse.
Para o secret&aacute;rio de Agricultura do estado, Pablo Barrozo, a ades&atilde;o da Bahia ao Mapa conecta significa &ldquo;a uni&atilde;o de todas as for&ccedil;as ligadas &agrave; agricultura&rdquo;.
Para Barrozo, que j&aacute;<a href="https://aratuon.com.br/geral/pablo-barrozo-e-anunciado-como-secretario-da-seagri-do-governo-jeronimo" target="_blank" rel="noopener"> foi aliado de ACM Neto (Uni&atilde;o)</a> e hoje est&aacute; na base petista, esta integra&ccedil;&atilde;o ser&aacute; propiciada pelo fomento &agrave; ci&ecirc;ncia, tecnologia e informa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;&Eacute; para que n&oacute;s possamos trazer para o nosso o estado o que h&aacute; de melhor de experi&ecirc;ncias no nosso pa&iacute;s e no mundo&rdquo;, projetou.
Para ele, a movimenta&ccedil;&atilde;o pode &ldquo;identificar lacunas que possam ser atingidas&rdquo;. &ldquo;Podemos modernizar atrav&eacute;s do que o Mapa Conecta fornece para a gente&rdquo;, concluiu.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f3243d24-1f5e-4ec6-8220-bd12a3fba319.jpg?width=1300&amp;height=800" alt="Pablo Barrozo, Secret&aacute;rio de Agricultura; Foto: Matheus Caldas/ Aratu On">
Tecnologia &eacute; vista como um dos maiores<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/infraestrutura-inseguranca-e-seca-desafios-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener"> desafios do agroneg&oacute;cio</a> na Bahia.&nbsp;
Em especial a conectividade, que ainda &eacute; dif&iacute;cil no campo e impede o avan&ccedil;o da moderniza&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola. &ldquo;Hoje, acesso &agrave; internet &eacute; t&atilde;o importante que pode ser considerado o b&aacute;sico. &Eacute; por meio dela que o agricultor acessa cr&eacute;dito, tecnologia, assist&ecirc;ncia t&eacute;cnica e at&eacute; vende sua produ&ccedil;&atilde;o. Sem internet, o campo fica isolado&rdquo;, explicou.
Outro problema grave apontado &eacute; a defici&ecirc;ncia na educa&ccedil;&atilde;o. Para o presidente da Faeb, a forma&ccedil;&atilde;o no campo precisa ir al&eacute;m do b&aacute;sico, se n&atilde;o &eacute; um incentivo ao &ecirc;xodo rural. &ldquo;N&atilde;o d&aacute; mais para trabalhar na agricultura sem qualifica&ccedil;&atilde;o. O m&iacute;nimo exigido hoje &eacute; um curso t&eacute;cnico. Mas enfrentamos problemas s&eacute;rios na educa&ccedil;&atilde;o baiana, o que dificulta a forma&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra especializada e afeta a produtividade&rdquo;, pontuou.
Importante lembrar que o agroneg&oacute;cio &eacute; um dos principais setores da economia baiana. No segundo trimestre de 2025, <a href="https://aratuon.com.br/economia/pib-da-bahia-cresce-2-1-no-2-trimestre-impulsionado-pela-agropecuaria" target="_blank" rel="noopener">o PIB da Bahia alcan&ccedil;ou</a> R$ 141,7 bilh&otilde;es, dos quais R$ 129,7 bilh&otilde;es correspondem ao Valor Adicionado (VA) a pre&ccedil;os b&aacute;sicos e R$ 12,0 bilh&otilde;es aos impostos sobre produtos l&iacute;quidos de subs&iacute;dios. Entre os grandes setores, a agropecu&aacute;ria registrou VA de R$ 28,7 bilh&otilde;es, a ind&uacute;stria R$ 25,5 bilh&otilde;es e os servi&ccedil;os R$ 75,5 bilh&otilde;es.

Em Salvador, o Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e transforma fios de algod&atilde;o em arte. Mais que moda autoral, h&aacute; mem&oacute;ria afetiva e identidade em cada pe&ccedil;a de croch&ecirc;. No oeste da Bahia, o mesmo algod&atilde;o passa por rigorosos testes no maior centro de an&aacute;lise de fibras da Am&eacute;rica Latina, garantindo padr&atilde;o internacional de qualidade.
Assim, entre artes&atilde;s que criam cole&ccedil;&otilde;es inspiradas no cotidiano e m&aacute;quinas de alta tecnologia que classificam milh&otilde;es de amostras por safra, o algod&atilde;o baiano se firma como elo entre tradi&ccedil;&atilde;o, inova&ccedil;&atilde;o e sustentabilidade.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/3b3ddf42-5db7-4b32-b329-a09924b1cfdf.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Pe&ccedil;as de croch&ecirc; do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Imagens: divulga&ccedil;&atilde;o">
<h2>Moda com raiz no algod&atilde;o</h2>
Com "fazer coletivo, artesanal e respons&aacute;vel", o&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/ateliemaodemae/" target="_blank" rel="noopener">Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e</a> &eacute; resultado de um sonho tecido a muitas m&atilde;os pelos s&oacute;cios criadores Vin&iacute;cius Santana, Patrick Fortuna e Luciene Brito. &ldquo;O Ateli&ecirc; surgiu da ideia de enaltecer a m&atilde;e do Vinicius, que acabou se transformando tamb&eacute;m na hist&oacute;ria de outras mulheres, m&atilde;es artes&atilde;s e crocheteiras&rdquo;, conta Patrick Fortuna, cofundador e diretor criativo.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/90a5077a-99ed-4826-885c-6699fd46946d.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Vin&iacute;cius Santana, Luciene Brito e Patrick Fortuna, criadores do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Foto: Divulga&ccedil;&atilde;o/Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e">
A marca aposta em processos criativos org&acirc;nicos e sustent&aacute;veis, com cole&ccedil;&otilde;es divididas em temas, refer&ecirc;ncias e storytelling. &ldquo;Trabalhamos com mat&eacute;rias-primas sustent&aacute;veis, como o 100% algod&atilde;o da marca Pingouin, e o linho produzido no Brasil com quase zero poluentes. Aproveitamos praticamente todos os restos de linha, criando pe&ccedil;as &uacute;nicas&rdquo;, explica Fortuna ao Aratu On.
E a busca por mat&eacute;ria-prima de excel&ecirc;ncia est&aacute; no centro da proposta. &ldquo;Est&aacute; diretamente relacionada a conforto, bom caimento e vestibilidade. Todas as pe&ccedil;as s&atilde;o estudadas antes de chegar ao consumidor final, para que vistam bem e proporcionem eleg&acirc;ncia e originalidade.&rdquo;
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/885834fb-4494-4192-a51f-e54ca6fd48f2.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Patrick Fortuna, diretor criativo do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e | Foto: arquivo pessoal">
Parceiro da iniciativa "Sou de Algod&atilde;o", o Ateli&ecirc; refor&ccedil;a o compromisso com a cadeia produtiva nacional. &ldquo;&Eacute; um aliado essencial desde o in&iacute;cio. Eles valorizam o algod&atilde;o brasileiro, fiscalizam agricultores, oferecem treinamento e contribuem para a sustentabilidade, sob lideran&ccedil;a de Silmara Ferraresi e Manami&rdquo;, afirma o diretor criativo.
A "Sou de Algod&atilde;o" &eacute; uma iniciativa criada pela Abrapa (Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira dos Produtores de Algod&atilde;o) em 2016, lan&ccedil;ada durante a S&atilde;o Paulo Fashion Week, para promover a sustentabilidade e o consumo consciente do algod&atilde;o brasileiro. A ideia &eacute; incentivar o uso de ao menos 70% do produto nacional sustent&aacute;vel na composi&ccedil;&atilde;o dos tecidos, al&eacute;m de proporcionar conforto e durabilidade ao consumido.
<h2 style="text-align: justify;">Bahia, pot&ecirc;ncia da fibra</h2>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/brasil-desbanca-eua-e-assume-lideranca-mundial-na-exportacao-de-algodao" target="_blank" rel="noopener">O Brasil &eacute; l&iacute;der mundial na exporta&ccedil;&atilde;o</a> de algod&atilde;o e a Bahia &eacute; o segundo maior produtor de algod&atilde;o do pa&iacute;s, atr&aacute;s apenas do Mato Grosso. De acordo com a <a href="https://aratuon.com.br/politica/acb-e-fieb-pedem-uso-de-creditos-para-reduzir-custo-do-gas-natural-a-empresas" target="_blank" rel="noopener">Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias da Bahia (FIEB)</a>, a fibra foi o 5&ordm; produto mais exportado pelo estado em 2024.
Esse protagonismo exige efici&ecirc;ncia e controle de qualidade. Por isso, desde 2020, todo o algod&atilde;o produzido na regi&atilde;o do Matopiba &mdash; Maranh&atilde;o, Tocantins, Piau&iacute; e Bahia &mdash; passa pelo Centro de An&aacute;lise de Fibras da Abapa, localizado em Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es (LEM), cidade <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-na-bahia-potencia-economica-principais-produtos-e-desafios" target="_blank" rel="noopener">refer&ecirc;ncia no agroneg&oacute;cio</a> nacional e realizadora da <a href="https://aratuon.com.br/economia/bahia-farm-show-2025-comeca-com-novidades-em-infraestrutura" target="_blank" rel="noopener">Bahia Farm Show</a>.
&ldquo;O processo principal da usina de beneficiamento &eacute; o descaro&ccedil;amento, que separa a fibra da semente. A fibra, que tem maior valor agregado, segue para limpeza e prensagem em fardos, cada um com amostras destinadas &agrave; classifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica S&eacute;rgio Brentano, gerente do laborat&oacute;rio.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/89106d9c-2d09-4dbd-8638-6016bd7d0753.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="A Bahia &eacute; o segundo maior produtor de algod&atilde;o do Brasil | Foto: Abapa">
<h2 style="text-align: justify;">O maior centro de an&aacute;lise de fibra da Am&eacute;rica Latina</h2>
Com capacidade para processar 30 mil amostras por dia, o centro opera 24 horas durante a safra, com at&eacute; 100 colaboradores tempor&aacute;rios. &ldquo;Esse laborat&oacute;rio foi fundado nos anos 2000 e expandido &agrave; medida que a produ&ccedil;&atilde;o cresceu. Hoje, a estrutura est&aacute; no limite. Por isso, estamos construindo uma nova sede, projetada para abrigar at&eacute; 32 m&aacute;quinas, com capacidade para 60 mil an&aacute;lises di&aacute;rias&rdquo;, revela Brentano.
O laborat&oacute;rio utiliza equipamentos de ponta, como os instrumentos HVI da marca Uster, e integra o programa Standard Brazil HVI, garantindo padroniza&ccedil;&atilde;o nacional. Tamb&eacute;m adota o Sistema de Condicionamento R&aacute;pido, que reduziu o tempo de an&aacute;lise de 86 horas para apenas 24.
Al&eacute;m da classifica&ccedil;&atilde;o, o centro assegura rastreabilidade por meio do sistema SAE, gerido pela Abrapa, que atribui c&oacute;digo &uacute;nico a cada fardo produzido. &ldquo;A rastreabilidade mostra ao mercado que o algod&atilde;o foi cultivado com boas pr&aacute;ticas econ&ocirc;micas e ambientais, trazendo confian&ccedil;a e credibilidade&rdquo;, acrescenta o gerente.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/06a65c4f-fa05-49dd-89ed-79d2083ac2c2.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Centro de Analise de Fibras da Abapa &eacute; o maior da Am&eacute;rica Latina e atende ao Matopiba | Fotos: Divulga&ccedil;&atilde;o/Abapa">
<h2>Sustentabilidade e desafios clim&aacute;ticos na produ&ccedil;&atilde;o do Algod&atilde;o</h2>
&Agrave; frente da Associa&ccedil;&atilde;o Baiana dos Produtores de Algod&atilde;o, Alessandra Zanotto Costa refor&ccedil;a o papel da entidade em conectar o campo a diferentes setores. &ldquo;Estamos aqui para oferecer solu&ccedil;&otilde;es ao associado, n&atilde;o apenas para que ele produza mais e melhor, mas tamb&eacute;m para integrar essa produ&ccedil;&atilde;o a outras cadeias, como a animal e a ind&uacute;stria aliment&iacute;cia. Esse &eacute; o papel da Abapa: fazer conex&otilde;es, desde pol&iacute;ticas p&uacute;blicas at&eacute; parcerias com institui&ccedil;&otilde;es.&rdquo;
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&ldquo;&Eacute; uma cultura onde tudo se aproveita&rdquo;, diz Alessandra Zanotto.
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Diante da emerg&ecirc;ncia clim&aacute;tica, ela ressalta as pr&aacute;ticas adotadas no campo: &ldquo;Os produtores j&aacute; trabalham com manejo eficiente da &aacute;gua e do solo, conten&ccedil;&atilde;o de recursos h&iacute;dricos, mensura&ccedil;&atilde;o de carbono e opera&ccedil;&otilde;es mais limpas, emitindo menos gases. Tudo isso fortalece o papel do setor dentro da <a href="https://aratuon.com.br/mundo/brasil-e-oficialmente-anunciado-como-sede-da-cop30-em-2025" target="_blank" rel="noopener">pauta da COP 30</a>.&rdquo;
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/417c4be7-6dff-4ef0-98ab-cab8b5904dbe.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Alessandra Zanotto (ao centro) com vestido do Ateli&ecirc; M&atilde;o de M&atilde;e no jantar de 25 anos da Abapa | Foto: redes sociais">
<h2>Exporta&ccedil;&atilde;o do algod&atilde;o baiano em alta</h2>
O algod&atilde;o baiano tamb&eacute;m encontrou novas rotas para o mercado externo. Em 2022, apenas 545 cont&ecirc;ineres sa&iacute;ram do Terminal de Cont&ecirc;ineres de Salvador (Tecon). Na safra 2024/25, j&aacute; foram mais de 5,7 mil. A expans&atilde;o se deve a obras de moderniza&ccedil;&atilde;o do porto e a uma nova rota direta para a &Aacute;sia, que reduziu o tempo de viagem para 40 dias.
Com isso, a Bahia se aproxima cada vez mais de mercados estrat&eacute;gicos como China, Paquist&atilde;o e Vietn&atilde;. A expectativa, segundo estimativas da Conab, &eacute; que o Matopiba produza cerca de 925 mil toneladas da pluma na safra 2024/25, aproximadamente 23% do total nacional.
+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quais-sao-os-principais-produtos-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Quais s&atilde;o os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia?</a>
<h2>Algod&atilde;o da Bahia: do fio &agrave; vitrine</h2>
<article>
Da fibra que sai do campo &agrave;s pe&ccedil;as que chegam &agrave;s vitrines de Salvador, o algod&atilde;o baiano percorre uma longa jornada. Para Patrick Fortuna, essa conex&atilde;o &eacute; essencial. &ldquo;Estamos nos aproximando da Abapa e em breve vamos realizar um workshop sobre nossa hist&oacute;ria. &Eacute; uma parceria fundamental, porque impacta diretamente a qualidade da fibra que utilizamos.&rdquo;
Entre tecnologia, sustentabilidade e criatividade, o algod&atilde;o segue sendo um fio condutor que une produtores, estilistas, exportadores e consumidores. Com um ciclo que come&ccedil;a no campo, passa por laborat&oacute;rios de alta tecnologia, chega &agrave;s m&atilde;os de artes&atilde;s e ganha o mundo, a produ&ccedil;&atilde;o baiana constroi pontes enquanto tece.
<img src="https://backend-18085538458.southamerica-east1.run.app/assets/20974046-8cf4-40b1-bbe3-44e1e0574859.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Algod&atilde;o baiano percorre longa jornada do campo &agrave;s vitrines | Foto: Abapa">
</article>

Em entrevista ao&nbsp;Aratu On, durante o&nbsp;3&ordm; Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, o diretor-presidente da Neoenergia Coelba, Thiago Guth, falou sobre os desafios enfrentados pelo agroneg&oacute;cio no oeste da Bahia e garantiu que h&aacute; projetos em andamento para ampliar a capacidade energ&eacute;tica do estado.
A fala foi feita no Palacete Tira Chap&eacute;u, onde tamb&eacute;m estiveram outras autoridades, <a href="https://aratuon.com.br/politica/em-salvador-temer-elogia-qualidade-pacificadora-de-alexandre-de-moraes" target="_blank" rel="noopener">como o ex-presidente Michel Temer, </a>o governador de Goi&aacute;s,<a href="https://aratuon.com.br/politica/caiado-critica-baiano-do-governo-lula-e-apoia-pulverizacao-da-direita-em-2026" target="_blank" rel="noopener"> Ronaldo Caiado</a>, o deputado federal, <a href="https://aratuon.com.br/politica/ze-neto-diz-que-e-a-favor-do-dialogo-entre-ze-ronaldo-e-jeronimo" target="_blank" rel="noopener">Z&eacute; Neto (PT).</a> O evento foi organizado pela presidente da <a href="https://aratuon.com.br/politica/isabela-suarez-nega-candidatura-em-2026" target="_blank" rel="noopener">Associa&ccedil;&atilde;o Comercial da Bahia, Isabela Juar&eacute;z.</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e2734ee1-a20d-4a69-88b1-bd172e689939.webp?width=1500&amp;height=1000" alt="Foto: Governo do Paran&aacute;">
<h3 data-start="855" data-end="892">Demanda do agroneg&oacute;cio no oeste</h3>
Questionado sobre a situa&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica da regi&atilde;o, Guth destacou que a empresa tem buscado parcerias para atender o setor produtivo, que exige alto consumo de energia.
&ldquo;L&aacute; na Bahia Farm Show, um evento importante do oeste, firmamos uma parceria com a Liva, no sentido de levantar a necessidade energ&eacute;tica da regi&atilde;o. J&aacute; temos um plano de investimentos em execu&ccedil;&atilde;o, a gente vai aumentar em quase 100%, ou seja, quase dobrar a capacidade energ&eacute;tica do estado, mas tamb&eacute;m estamos apoiando para a gente continuar captando novas fontes ali de conex&atilde;o, de linhas de transmiss&atilde;o, de subesta&ccedil;&otilde;es que s&atilde;o importantes ali para o desenvolvimento da regi&atilde;o porque precisa de uma demanda energ&eacute;tica muito grande.&rdquo;
Apesar dos investimentos anunciados, <a href="https://aratuon.com.br/politica/infraestrutura-inseguranca-e-seca-desafios-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">representantes do agroneg&oacute;cio apontam que ainda h&aacute; gargalos.</a> De acordo com Humberto Miranda, presidente da Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Estado da Bahia (Faeb), muitos produtores dependem apenas do programa Luz para Todos para ter acesso &agrave; energia. O programa, segundo ele, garante apenas o b&aacute;sico para as resid&ecirc;ncias.&nbsp;
<a href="https://aratuon.com.br/politica/assembleia-legislativa-debate-luz-para-todos-e-deputado-cobra-coelba-implantacao-de-3o-fio-ao-programa" target="_blank" rel="noopener">Na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o tema tamb&eacute;m foi alvo de debate. </a>O deputado Robinson Almeida (PT) defendeu a implanta&ccedil;&atilde;o do chamado &ldquo;3&ordm; Fio&rdquo; no programa, ressaltando que, embora o Luz para Todos tenha beneficiado quase 17 milh&otilde;es de pessoas no Brasil &mdash; sendo 716 mil apenas na Bahia desde 2004, quando foi criado no governo Lula &mdash; ainda existem mais de 70 mil resid&ecirc;ncias no estado sem acesso &agrave; energia el&eacute;trica. Segundo ele, essa defici&ecirc;ncia compromete o desenvolvimento social, humano e econ&ocirc;mico da zona rural.
<h3 data-start="2553" data-end="2585">Energia e sustentabilidade</h3>
Outro ponto destacado por Guth foi o compromisso da Coelba com iniciativas sustent&aacute;veis, por meio de parcerias institucionais e investimentos em projetos de efici&ecirc;ncia energ&eacute;tica.
&ldquo;A energia Coelba tem se aproximado muito dos diversos endes do Estado, seja a intera&ccedil;&atilde;o com a Assembleia Legislativa da Bahia, mas a gente tamb&eacute;m firmou uma parceria importante com a IBA, com essa associa&ccedil;&atilde;o de produtores ali do oeste. A gente tamb&eacute;m fez uma parceria com a FIEB para a gente desenvolver a qualidade de energia para os recursos industriais e agora estamos apoiando esse evento relacionado &agrave; sustentabilidade que faz parte do DNA da empresa", destacou.&nbsp;
"N&oacute;s investimos muito em projetos de efici&ecirc;ncia energ&eacute;tica, com tecnologias que trazem maior preserva&ccedil;&atilde;o ao meio ambiente e fazemos parte de um grande grupo que &eacute; l&iacute;der nacional em gera&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s de fontes renov&aacute;veis. Ent&atilde;o tem tudo a ver e a import&acirc;ncia &eacute; a gente. Trabalhar hoje para manter o futuro", finalizou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e799da30-1343-4d68-bd3a-6bf8cb2e04d8.jpeg?width=1170&amp;height=1594" alt="Coelba promete ampliar capacidade em meio falta energ&eacute;tica no agroneg&oacute;cio">

Est&aacute; sendo realizado, nesta quinta-feira (11), em Salvador, o 3&ordm; Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, evento que segue at&eacute; a sexta-feira (12), com foco central no&nbsp; agroneg&oacute;cio, um dos pilares da economia nacional.
<a href="https://aratuon.com.br/economia/pib-da-bahia-cresce-2-1-no-2-trimestre-impulsionado-pela-agropecuaria" target="_blank" rel="noopener">+ PIB da Bahia cresce 2,1% no 2&ordm; trimestre, impulsionado pela agropecu&aacute;ria</a>
Autoridades como o ex-presidente <a href="https://aratuon.com.br/politica/neto-de-luis-magalhaes-participa-de-almoco-com-michel-temer-e-imbassahy" target="_blank" rel="noopener">Michel Temer</a> est&aacute; presente na programa&ccedil;&atilde;o e participa do debate: "A Bahia e o Brasil na COP30: desafios e oportunidades&rdquo;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/900fdcb4-e5ee-41d6-8115-d05448395e4f.jpg?width=1280&amp;height=789" alt="Foto: Ilustra&ccedil;&atilde;o | Shutterstock">
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-na-bahia-potencia-economica-principais-produtos-e-desafios" target="_blank" rel="noopener">+ Agroneg&oacute;cio na Bahia: pot&ecirc;ncia econ&ocirc;mica, principais produtos e desafios</a>
A abertura do Congresso conta com o painel &ldquo;Os Desafios do Agroneg&oacute;cio Sustent&aacute;vel no Brasil&rdquo;, reunindo especialistas para discutir o papel estrat&eacute;gico do setor e as pr&aacute;ticas voltadas &agrave; responsabilidade socioambiental.&nbsp;
A programa&ccedil;&atilde;o completa pode ser consultada no site oficial: <a class="decorated-link" href="https://direitoesustentabilidade.com.br/" target="_new" rel="noopener" data-start="1175" data-end="1215">https://direitoesustentabilidade.com.br/</a>.&nbsp;
O jornalista Pablo Reis, da TV Aratu, estar&aacute; no local realizando a cobertura do evento, com transmiss&atilde;o do conte&uacute;do, atrav&eacute;s do Linha de Frente.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/af11d8a6-d712-46e4-b100-ae7020e27a24.jpg?width=585&amp;height=660" alt="Linha De Frente. Reprodu&ccedil;&atilde;o | Instagram">
O debate pretende ampliar a reflex&atilde;o sobre como o agroneg&oacute;cio impacta a agenda de sustentabilidade, considerando sua relev&acirc;ncia para o PIB brasileiro, o papel da inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica e a necessidade de fortalecer a imagem do setor no cen&aacute;rio internacional.
A iniciativa &eacute; promovida pelo Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade (IbradeS), em parceria com a Associa&ccedil;&atilde;o Comercial da Bahia (ACB) e o LIDE Bahia. As inscri&ccedil;&otilde;es seguem abertas.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/justica/fux-vota-para-absolver-bolsonaro-de-todos-os-crimes-da-tentativa-de-golpe" target="_blank" rel="noopener">Fux vota para absolver Bolsonaro de todos os crimes da tentativa de golpe</a>

O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia avan&ccedil;ou 2,1% no segundo trimestre de 2025, frente ao mesmo per&iacute;odo de 2024, segundo dados da Superintend&ecirc;ncia de Estudos Econ&ocirc;micos e Sociais da Bahia (SEI). Na s&eacute;rie com ajuste sazonal, que compara o segundo trimestre de 2025 ao trimestre imediatamente anterior, houve crescimento de 0,3%. No acumulado do primeiro semestre (janeiro a junho), a expans&atilde;o foi de 2,7%, enquanto na taxa anualizada (&uacute;ltimos 12 meses, ou seja, julho de 2024 a junho de 2025, em compara&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo anterior), o aumento atingiu 2,8%.
+<a href="https://aratuon.com.br/politica/jeronimo-rodrigues-sanciona-reajuste-salarial-dos-servidores-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Jer&ocirc;nimo Rodrigues sanciona reajuste salarial dos servidores na Bahia</a>
<h2>PIB em Valor Corrente</h2>
No segundo trimestre de 2025, o PIB da Bahia alcan&ccedil;ou R$ 141,7 bilh&otilde;es, dos quais R$ 129,7 bilh&otilde;es correspondem ao Valor Adicionado (VA) a pre&ccedil;os b&aacute;sicos e R$ 12,0 bilh&otilde;es aos impostos sobre produtos l&iacute;quidos de subs&iacute;dios. Entre os grandes setores, a agropecu&aacute;ria registrou VA de R$ 28,7 bilh&otilde;es, a ind&uacute;stria R$ 25,5 bilh&otilde;es e os servi&ccedil;os R$ 75,5 bilh&otilde;es.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ffc46123-3145-4228-9bb7-cd29ac8f9938.jpg?width=1023&amp;height=682" alt="Pib Agro Bahia">
No acumulado do primeiro semestre de 2025, o PIB totalizou R$ 279,4 bilh&otilde;es, sendo R$ 251,1 bilh&otilde;es referentes ao Valor Adicionado e R$ 28,3 bilh&otilde;es aos impostos. Nesse per&iacute;odo, a agropecu&aacute;ria somou VA de R$ 33,9 bilh&otilde;es, a ind&uacute;stria R$ 64,0 bilh&otilde;es e os servi&ccedil;os R$ 153,2 bilh&otilde;es.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/cbpm-e-galvani-firmam-protocolo-de-intencoes-para-investimentos-sociais" target="_blank" rel="noopener">CBPM e Galvani firmam protocolo de inten&ccedil;&otilde;es para investimentos sociais</a>
<h2>2&ordm; Trimestre 2025/2&ordm; Trimestre 2024</h2>
No segundo trimestre de 2025, o PIB da Bahia cresceu 2,1% em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo do ano anterior, sendo 2,3% relativos ao Valor Adicionado (VA) e 0,5% aos impostos. Todos os grandes setores tiveram desempenho positivo: agropecu&aacute;ria (+8,7%), ind&uacute;stria (+0,5%) e servi&ccedil;os (+0,7%).
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/icms-sobre-gasolina-diesel-e-gas-de-cozinha-sobe-a-partir-de-janeiro-de-2026" target="_blank" rel="noopener">ICMS sobre gasolina, diesel e g&aacute;s de cozinha sobe a partir de janeiro de 2026</a>
A taxa positiva em volume do setor agropecu&aacute;rio baiano no segundo trimestre foi de 8,7%, impulsionada pelo desempenho positivo de culturas como soja, milho, algod&atilde;o, mandioca e caf&eacute;. O setor industrial apresentou expans&atilde;o de 0,5% no per&iacute;odo com alta em tr&ecirc;s das quatro atividades &ndash;Ind&uacute;stria de transforma&ccedil;&atilde;o (+0,4%); Ind&uacute;stria extrativa (+9,6%); e Constru&ccedil;&atilde;o (+1,9%) &ndash; apenas Eletricidade e &aacute;gua recuou 2,0%.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/pib-da-bahia-quanto-estado-produz-e-qual-posicao-no-brasil" target="_blank" rel="noopener">PIB da Bahia: quanto estado produz e qual posi&ccedil;&atilde;o no Brasil?</a>
O setor de servi&ccedil;os da Bahia cresceu 0,7% no 2&ordm; trimestre de 2025, com destaque para Atividades imobili&aacute;rias (+2,3%) e Transportes (+1,9%). Administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica e Com&eacute;rcio ficaram est&aacute;veis, enquanto Outros servi&ccedil;os, que engloba as atividades de Servi&ccedil;os de alojamento e alimenta&ccedil;&atilde;o; Servi&ccedil;os de informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o; Atividades financeiras, de seguros e servi&ccedil;os relacionados; Atividades profissionais, cient&iacute;ficas e t&eacute;cnicas, administrativas e servi&ccedil;os complementares; Educa&ccedil;&atilde;o e sa&uacute;de mercantis; Artes, cultura, esporte e recrea&ccedil;&atilde;o e outras atividades de servi&ccedil;os; Servi&ccedil;os dom&eacute;sticos, tiveram alta de 1,2%.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/22b94a50-1c12-4f65-adc4-fbc03b4ce87e.JPG?width=2857&amp;height=2178" alt="Pib Bahia Servico">
<h2>1&ordm; Semestre 2025/1&ordm; Semestre 2024 (acumulado de janeiro a junho)</h2>
No acumulado de janeiro a junho de 2025, o PIB da Bahia apresentou crescimento de 2,7% em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo de 2024. O Valor Adicionado avan&ccedil;ou 2,8% e os impostos sobre produtos registraram acr&eacute;scimo de 1,9%.
A agropecu&aacute;ria cresceu 8,9% nos seis primeiros meses do ano, frente ao mesmo per&iacute;odo anterior, impulsionada tanto pela agricultura, com a produ&ccedil;&atilde;o de soja, milho e algod&atilde;o, quanto pelo resultado positivo da pecu&aacute;ria.
A ind&uacute;stria registrou alta em volume de 2,8%, sustentada por tr&ecirc;s das quatro atividades que comp&otilde;em o setor: Ind&uacute;stria de transforma&ccedil;&atilde;o (+3,1%), Ind&uacute;stria extrativa (+3,2%) e Constru&ccedil;&atilde;o (+4,1%). Apenas Eletricidade e &aacute;gua apresentou recuo (-0,5%).
O setor de servi&ccedil;os avan&ccedil;ou 1,4% no semestre, influenciado pelas altas das Atividades imobili&aacute;rias (+2,3%), dos Transportes (+1,7%) e de Outros Servi&ccedil;os (+3,3%). Com&eacute;rcio e Administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica permaneceram praticamente est&aacute;veis, ambos com varia&ccedil;&atilde;o de +0,1%.&nbsp;

As exporta&ccedil;&otilde;es do agroneg&oacute;cio baiano registraram uma mudan&ccedil;a significativa em julho: a Espanha ultrapassou os Estados Unidos como segundo principal destino dos produtos baianos do setor agropecu&aacute;rio. A informa&ccedil;&atilde;o consta no Relat&oacute;rio de Exporta&ccedil;&otilde;es do Agroneg&oacute;cio divulgado nesta semana pela Assessoria Econ&ocirc;mica do Sistema Faeb/Senar e ganha ainda mais relev&acirc;ncia diante do cen&aacute;rio comercial, j&aacute; que desde 6 de agosto est&atilde;o em vigor as tarifas de 50% impostas pelo governo norte-americano sobre alguns produtos brasileiros.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/quais-sao-principais-setores-da-economia-da-bahia-veja-" target="_blank" rel="noopener">Quais s&atilde;o principais setores da economia da Bahia? Veja</a>
&nbsp; O contraste fica evidente quando se observa meses anteriores. Em junho, por exemplo, os Estados Unidos haviam importado mais de US$ 55 milh&otilde;es em produtos agropecu&aacute;rios da Bahia, consolidados como o segundoprincipal destino do setor, atr&aacute;s apenas da China. J&aacute; em julho, o valor dos produtos importados pelos americanos ficou na faixa de US$ 35 milh&otilde;es, fazendo com que o pa&iacute;s perdesse a posi&ccedil;&atilde;o de segundo maior parceiro comercial do agro baiano pela primeira vez no ano, para a Espanha &ndash; que atingiu a marca de US$ 36,8 milh&otilde;es.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/dd12a087-1121-457f-b4bf-a5ef686184b7.jpg?width=1280&amp;height=731" alt="Tabela Com Principais Parceiros Do Agro Baiano Divulga&ccedil;&atilde;o">
<h2>&nbsp; Tarifa&ccedil;o provocou queda das exporta&ccedil;&otilde;es em julho para EUA?</h2>
 Vale destacar que o relat&oacute;rio divulgado n&atilde;o associadiretamente a queda das exporta&ccedil;&otilde;es baianas para os Estados Unidos ao an&uacute;ncio da tarifa de 50% do governo norte-americano. Contudo, o dado chama a aten&ccedil;&atilde;o pelo momento em que ocorre. Em julho, os EUA deixaram de ser o segundo maior destino dos embarques do agro baiano, posi&ccedil;&atilde;o que passou a ser ocupada pela Espanha no m&ecirc;s de refer&ecirc;ncia. O resultado sugere que o mercado j&aacute; vinha dando sinais de retra&ccedil;&atilde;o antes mesmo da entrada em vigor da medida, anunciada para 1&ordm; de agosto e, posteriormente, adiada para o dia 6 do mesmo m&ecirc;s. Especialistas apontam que a simples expectativa da nova barreira comercial pode terimpactado as negocia&ccedil;&otilde;es, com reflexos imediatos na compra de produtos como celulose, derivados de cacau e sucos de frutas, que tradicionalmente lideram as vendas para o mercado norte-americano.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/bc-impoe-novo-limite-para-transferencias-via-pix-confira-as-mudancas" target="_blank" rel="noopener">BC imp&otilde;e novo limite para transfer&ecirc;ncias via Pix; confira as mudan&ccedil;as</a>
<h2>Principais embarques para Espanha e EUA</h2>
Outro ponto que &eacute; preciso destacar est&aacute; relacionado aos produtos negociados com esses pa&iacute;ses. N&atilde;o h&aacute; rela&ccedil;&atilde;o entre os que deixaram de ser enviados aos EUA e os negociados com a Espanha. Ou seja, no m&ecirc;s de julho a Espanha n&atilde;o surgiu como um novo destino para as commodities atingidas pelo tarifa&ccedil;o do governo Trump.
+<a href="https://aratuon.com.br/economia/so-pix-pagamento-com-cartoes-esta-suspenso-para-servicos-dos-correios" target="_blank" rel="noopener">S&oacute; Pix! Pagamento com cart&otilde;es est&aacute; suspenso para servi&ccedil;os dos Correios</a>
Produtos mais exportados para a Espanha * Soja em gr&atilde;os &ndash; 69,5% * Caf&eacute; verde &ndash; 19,6% * Mangas frescas ou secas &ndash; 5,9% * Outros &ndash; 5% Produtos mais exportados para os Estados Unidos * Celulose &ndash; 42,4% * Manteiga, gordura e &oacute;leo de cacau &ndash; 31,8% * Sucos de frutas &ndash; 9% * Outros &ndash; 16,8% &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ffc46123-3145-4228-9bb7-cd29ac8f9938.jpg?width=1023&amp;height=682" alt="Pib Agro Bahia">
<h2>China segue como principal destino do agro baiano</h2>
Apesar da mudan&ccedil;a de posi&ccedil;&atilde;o entre Espanha e Estados Unidos no m&ecirc;s de julho, a China permanece, com larga vantagem, como o maior parceiro comercial do agro baiano. O pa&iacute;s asi&aacute;tico concentrou sozinho a maior fatia das exporta&ccedil;&otilde;es, refor&ccedil;ando sua posi&ccedil;&atilde;o como mercado estrat&eacute;gico para as commodities produzidas na Bahia, sobretudo a soja, a celulose e as fibras e produtos t&ecirc;xteis. Um levantamento da Assessoria Econ&ocirc;mica do Sistema Faeb/Senar mostra que, de janeiro a julho de 2025, os valores comercializados com a China superaram em muito os registrados com os atuais segundo e terceiro no ranking. O relat&oacute;rio mostra ainda que as exporta&ccedil;&otilde;es para o pa&iacute;s asi&aacute;tico tiveram uma recupera&ccedil;&atilde;o no m&ecirc;s de julho, ap&oacute;s tr&ecirc;s meses seguidos de redu&ccedil;&otilde;es no valor negociado. Em resumo, o &uacute;ltimo levantamento divulgado aponta para oprotagonismo chin&ecirc;s e permite observar uma redu&ccedil;&atilde;o no fluxo para o mercado norte-americano no contexto da tens&atilde;o comercial entre Brasil e Estados Unidos.

O agroneg&oacute;cio na Bahia &eacute; um dos pilares da economia baiana, respons&aacute;vel por movimentar bilh&otilde;es de reais e por garantir a presen&ccedil;a do estado no cen&aacute;rio nacional e internacional de exporta&ccedil;&otilde;es. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, o setor respondeu por 14,3% da economia estadual, confirmando sua for&ccedil;a e sua relev&acirc;ncia para o desenvolvimento regional.
A Bahia ocupa uma posi&ccedil;&atilde;o estrat&eacute;gica no agroneg&oacute;cio nacional, o setor &eacute; pe&ccedil;a-chave na economia estadual, <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/exportacoes-do-agronegocio-baiano-para-onde-vai-a-producao-do-estado" target="_blank" rel="noopener">representando uma fatia significativa do PIB e das exporta&ccedil;&otilde;es. </a>Segundo dados do Sistema Agrostat do Minist&eacute;rio da Agricultura e Pecu&aacute;ria, no ranking nacional de exporta&ccedil;&otilde;es do agroneg&oacute;cio, a Bahia aparece em 9&ordm; lugar, respons&aacute;vel por 4,08% do total exportado pelo Brasil em 2024.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/891c49e4-a85b-4456-ae3b-0c2284b74a27.jpeg?width=600&amp;height=327" alt="Agroneg&oacute;cio na Bahia: pot&ecirc;ncia econ&ocirc;mica, principais produtos e desafios">
O valor movimentado foi de US$ 6,71 bilh&otilde;es, ficando atr&aacute;s de estados como S&atilde;o Paulo, Mato Grosso, Paran&aacute; e Minas Gerais. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exporta&ccedil;&otilde;es do agroneg&oacute;cio brasileiro atingiram US$ 37,8 bilh&otilde;es, o maior valor j&aacute; registrado para o per&iacute;odo.
A Bahia teve destaque: sozinha exportou US$ 1,5 bilh&atilde;o, superando o volume total dos demais estados nordestinos, que juntos somaram US$ 1,44 bilh&atilde;o. Esse resultado refor&ccedil;a a lideran&ccedil;a baiana no setor agropecu&aacute;rio do Nordeste.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1321872c-87c7-464a-b70d-3a777fa8d871.png?width=673&amp;height=487" alt="Maiores compradores da produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola baiana">
<h3 dir="ltr">Desafios do agroneg&oacute;cio na Bahia</h3>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/infraestrutura-inseguranca-e-seca-desafios-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">O agroneg&oacute;cio baiano enfrenta desafios hist&oacute;ricos</a> que, segundo o presidente da Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Estado da Bahia (Faeb), Dr. Humberto Miranda, comprometem o crescimento sustent&aacute;vel e a competitividade da produ&ccedil;&atilde;o. Em entrevista ao Aratu On, elencou os fatores como a seca, a falta de infraestrutura e a inseguran&ccedil;a s&atilde;o pontos cr&iacute;ticos para a &aacute;rea.
<blockquote>
&ldquo;N&atilde;o h&aacute; confian&ccedil;a para investir quando o produtor faz tudo dentro da lei e ainda assim v&ecirc; sua terra questionada judicialmente anos depois&rdquo;, destacou.
</blockquote>
Um dos maiores obst&aacute;culos apontados &eacute; a inseguran&ccedil;a, seja ela p&uacute;blica ou jur&iacute;dica, nas terras do campo. Outro gargalo que trava o desenvolvimento &eacute; a infraestrutura de transporte. &nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/o-que-e-fiol-e-por-que-atraso-em-obras-esta-na-mira-da-al-ba" target="_blank" rel="noopener">A t&atilde;o esperada Ferrovia de Integra&ccedil;&atilde;o Oeste-Leste (Fiol)</a>, que poderia baratear o escoamento da produ&ccedil;&atilde;o, permanece inacabada.
No que se refere &agrave; disponibilidade de &aacute;gua, o estado acumula um atraso de duas d&eacute;cadas na constru&ccedil;&atilde;o de barragens. Os pequenos produtores tamb&eacute;m enfrentam entraves adicionais, dentre eles a falta de energia el&eacute;trica e conectividade.
&ldquo;Se eles conseguem produzir vinho e carne em regi&otilde;es &aacute;ridas, n&oacute;s tamb&eacute;m temos condi&ccedil;&otilde;es de avan&ccedil;ar. Mas &eacute; preciso sair do improviso e criar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas consistentes, voltadas para infraestrutura, seguran&ccedil;a e tecnologia. O setor privado sozinho n&atilde;o consegue sustentar essa transforma&ccedil;&atilde;o&rdquo;, conclui Miranda.
<h3 dir="ltr">Principais culturas e produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia</h3>
Apesar de n&atilde;o serem os <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quais-sao-os-principais-produtos-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">produtos do agroneg&oacute;cio</a> <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quais-sao-os-principais-produtos-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">baiano </a>mais lucrativos, na Bahia, o tomate, a batata-inglesa e a cebola lideram o top3 de rendimento por &aacute;rea plantada. Com rendimento m&eacute;dio de 56.023 kg por hectare, o tomate demonstra alto desempenho, mesmo em uma &aacute;rea relativamente pequena de 6,2 mil hectares. A produ&ccedil;&atilde;o total chegou a 343 mil toneladas, movimentando R$ 935,8 milh&otilde;es no estado.
Apenas utilizando como crit&eacute;rio valor gerado em termos de lucro, a soja &eacute; a grande protagonista do agroneg&oacute;cio na Bahia. Em 2023, o gr&atilde;o movimentou R$ 17,03 bilh&otilde;es, com uma &aacute;rea plantada superior a 1,9 milh&atilde;o de hectares e produ&ccedil;&atilde;o de 7,77 milh&otilde;es de toneladas. Outro produto que alavanca o agroneg&oacute;cio baiano &eacute; o algod&atilde;o herb&aacute;ceo. A Bahia &eacute; um dos maiores produtores nacionais, rivalizando com Mato Grosso.&nbsp;
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/oeste-da-bahia-entenda-por-que-a-regiao-e-um-polo-do-agronegocio-brasileiro" target="_blank" rel="noopener">O cultivo concentra-se no Oeste</a>, em grandes propriedades que utilizam sistemas modernos de irriga&ccedil;&atilde;o e colheita mecanizada. Inclusive n&atilde;o apenas de soja vive a regi&atilde;o, cidades como Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es, Barreiras, Correntina, S&atilde;o Desid&eacute;rio, Formosa do Rio Preto e Riach&atilde;o das Neves lideram a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola e pecu&aacute;ria da Bahia, elevando a regi&atilde;o a um papel de destaque no cen&aacute;rio nacional.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9511cf98-f79c-49f5-bc87-66c23f731553.jpeg?width=600&amp;height=171" alt="Dados compilados pela FAEB">
<h3 dir="ltr">Cacau</h3>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/importancia-do-cacau-na-bahia-tradicao-economia-e-futuro-da-producao">O cacau &eacute; um cap&iacute;tulo &agrave; parte na hist&oacute;ria, n&atilde;o s&oacute; da agricultura, mas da Bahia. </a>Desde os primeiros p&eacute;s plantados em Canavieiras, no sul do estado, a cultura mudou a hist&oacute;ria econ&ocirc;mica e social da Bahia.
Durante d&eacute;cadas, o cacau foi a base da economia local, consolidando o poder da aristocracia rural conhecida como os &ldquo;coron&eacute;is do cacau&rdquo;. Por&eacute;m, a praga vassoura-de-bruxa devastou as planta&ccedil;&otilde;es, gerando desemprego em massa e transforma&ccedil;&otilde;es sociais profundas. O renascimento do setor veio com investimentos em pesquisa cient&iacute;fica, incentivo ao cacau fino e pol&iacute;ticas de produ&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel.&nbsp;
A fruticultura tamb&eacute;m se consolida como vetor de dinamiza&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio baiano. A manga registrou produ&ccedil;&atilde;o de 704,1 mil toneladas, com valor de R$ 1,6 bilh&atilde;o e empregando 7.982 pessoas. J&aacute; a banana alcan&ccedil;ou 862,5 mil toneladas, movimentando R$ 1,53 bilh&atilde;o e garantindo mais de 2.700 empregos. <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-irrigado-inovacao-garante-safra-no-semiarido-baiano">Com o uso intensivo de sistemas de irriga&ccedil;&atilde;o</a>, regi&otilde;es como o Vale do S&atilde;o Francisco consegue produzir em todas as esta&ccedil;&otilde;es do ano, o que garante frutas frescas para o mercado interno e externo.
Inclusive, o agroneg&oacute;cio irrigado na Bahia tem se consolidado como um dos pilares mais importantes do desenvolvimento regional e nacional. Em &aacute;reas tradicionalmente marcadas pelo clima semi&aacute;rido, como o Vale do S&atilde;o Francisco, que abrange cidades como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), e o Oeste baiano, a tecnologia da irriga&ccedil;&atilde;o transformou a paisagem e possibilitou a produ&ccedil;&atilde;o em larga escala de frutas como uva, manga e melancia, al&eacute;m da diversifica&ccedil;&atilde;o para outras culturas.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/fc219119-e8b1-4bea-b8f8-80bd5c71c368.jpeg?width=1600&amp;height=900" alt="Agroneg&oacute;cio na Bahia: pot&ecirc;ncia econ&ocirc;mica, principais produtos e desafios">

O agroneg&oacute;cio &eacute; um dos pilares da economia baiana, respons&aacute;vel por movimentar bilh&otilde;es de reais e por garantir a presen&ccedil;a do estado no cen&aacute;rio nacional e internacional de exporta&ccedil;&otilde;es. Segundo o IBGE, no primeiro trimestre de 2025, o setor respondeu por&nbsp;14,3% da economia estadual, confirmando sua for&ccedil;a e sua relev&acirc;ncia para o desenvolvimento regional.
No total, o setor agropecu&aacute;rio baiano mant&eacute;m um estoque de 134.017 empregos formais, demonstrando sua relev&acirc;ncia n&atilde;o apenas econ&ocirc;mica, mas tamb&eacute;m social.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ca21b6f4-4a2b-4e12-92d4-fd69f115df6b.jpeg?width=955&amp;height=520" alt="Participa&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio no PIB baiano">
A participa&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio no PIB estadual tamb&eacute;m se destaca. Entre 2012 e 2024, a contribui&ccedil;&atilde;o do setor vem oscilando, mas segue como um dos pilares da economia baiana, ao lado da ind&uacute;stria e dos servi&ccedil;os.
A Bahia re&uacute;ne condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas e geogr&aacute;ficas diversas, o que permite a produ&ccedil;&atilde;o de uma grande variedade de culturas. Da soja cultivada em larga escala no Oeste, passando pelo cacau que transformou o sul do estado, at&eacute; a fruticultura irrigada no Vale do S&atilde;o Francisco, o territ&oacute;rio baiano se consolidou como refer&ecirc;ncia em produtividade e diversidade agr&iacute;cola.
A seguir, destacamos os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia, contextualizando sua import&acirc;ncia hist&oacute;rica, econ&ocirc;mica e social. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) e compilados, a pedido do Aratu On, <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/quem-mais-preserva-meio-ambiente-e-o-produtor-rural-diz-presidente-da-faeb" target="_blank" rel="noopener">pela Federa&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Estado da Bahia (FAEB).</a>
<h3 data-start="1068" data-end="1202">Ranking por produtividade</h3>
Apesar de n&atilde;o serem os produtos mais lucrativos, na Bahia, o tomate, a batata-inglesa e a cebola lideram o top3 de rendimento por &aacute;rea plantada no estado. Com rendimento m&eacute;dio de 56.023 kg por hectare, o tomate demonstra alto desempenho, mesmo em uma &aacute;rea relativamente pequena de 6,2 mil hectares. A produ&ccedil;&atilde;o total chegou a 343 mil toneladas, movimentando R$ 935,8 milh&otilde;es no estado.
A batata-inglesa tamb&eacute;m se mostra bastante produtiva, alcan&ccedil;ando 43.988 kg/ha em 8,8 mil hectares plantados. Foram colhidas 389 mil toneladas, com valor superior a R$ 730,5 milh&otilde;es.&nbsp;Outro destaque &eacute; a cebola, tradicional no interior baiano, que atingiu rendimento de 39.490 kg/ha. Em 7,5 mil hectares cultivados, a safra rendeu quase 299 mil toneladas, avaliadas em R$ 671,6 milh&otilde;es.
Embora n&atilde;o ocupe lugar de lideran&ccedil;a em valor de produ&ccedil;&atilde;o, a cana-de-a&ccedil;&uacute;car apresenta produtividade expressiva, com 73.139 kg/ha. Foram 5,65 milh&otilde;es de toneladas colhidas em 77,2 mil hectares, movimentando R$ 776,7 milh&otilde;es. A cultura &eacute; estrat&eacute;gica para o setor energ&eacute;tico e para a ind&uacute;stria aliment&iacute;cia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/7d27fb87-48ca-488f-8942-e34b004ccd89.jpeg?width=1002&amp;height=285" alt="Produtos do agroneg&oacute;cio, lucro e &aacute;rea plantada">
<h2 data-start="1209" data-end="1244">O protagonismo do Oeste baiano</h2>
J&aacute; em termos de <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/oeste-da-bahia-entenda-por-que-a-regiao-e-um-polo-do-agronegocio-brasileiro" target="_blank" rel="noopener">regi&otilde;es produtivas, destaca-se o Oeste da Bahia,</a> que se transformou no maior polo de produ&ccedil;&atilde;o de gr&atilde;os do estado. Munic&iacute;pios como Barreiras, Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es e Correntina concentram grandes &aacute;reas agr&iacute;colas e atraem investimentos nacionais e estrangeiros.
Segundo o IBGE (2023), a regi&atilde;o produziu:
<ul data-start="1526" data-end="1734">
<li data-start="1526" data-end="1591">
Soja: 7.749.176 toneladas, com valor de R$ 16,98 bilh&otilde;es;
</li>
<li data-start="1592" data-end="1668">
Algod&atilde;o herb&aacute;ceo: 1.429.656 toneladas, equivalente a R$ 7,2 bilh&otilde;es;
</li>
<li data-start="1669" data-end="1734">
Milho: 2.232.120 toneladas, com valor de R$ 2,07 bilh&otilde;es.
</li>
</ul>
Al&eacute;m desses, o feij&atilde;o, o fumo, o caf&eacute; ar&aacute;bica e as frutas &mdash; como banana, laranja, manga, lim&atilde;o e maracuj&aacute; &mdash; tamb&eacute;m se destacam, demonstrando a diversidade produtiva da regi&atilde;o.
O modelo de produ&ccedil;&atilde;o do Oeste combina tecnologia agr&iacute;cola, uso intensivo de maquin&aacute;rio e pesquisa cient&iacute;fica, o que transformou a &aacute;rea em uma das mais produtivas do Brasil. A regi&atilde;o &eacute; respons&aacute;vel por colocar a Bahia entre os maiores produtores de gr&atilde;os e fibras do pa&iacute;s.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b22aa019-d2fa-4b0c-9780-face243ab188.jpeg?width=838&amp;height=413" alt="Pessoas empregadas por cultivo ">
<h2 data-start="2198" data-end="2218">A for&ccedil;a da soja</h2>
Entre os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia, a soja ocupa posi&ccedil;&atilde;o de destaque. O gr&atilde;o &eacute; utilizado na alimenta&ccedil;&atilde;o animal, na produ&ccedil;&atilde;o de &oacute;leo e como mat&eacute;ria-prima para biocombust&iacute;veis, al&eacute;m de ser uma das principais commodities exportadas pelo estado.
A soja &eacute; a grande protagonista do agroneg&oacute;cio na Bahia. Em 2023, o gr&atilde;o movimentou R$ 17,03 bilh&otilde;es, com uma &aacute;rea plantada superior a 1,9 milh&atilde;o de hectares e produ&ccedil;&atilde;o de 7,77 milh&otilde;es de toneladas. O rendimento m&eacute;dio foi de 4.043 kg por hectare, consolidando a oleaginosa como principal produto agr&iacute;cola do estado. O setor emprega cerca de 13.778 trabalhadores formais, o maior contingente de m&atilde;o de obra entre todas as culturas.
O Oeste concentra praticamente toda a produ&ccedil;&atilde;o, que abastece o mercado interno e externo. A soja baiana &eacute; exportada principalmente para pa&iacute;ses da &Aacute;sia e da Europa, o que fortalece a balan&ccedil;a comercial do agroneg&oacute;cio baiano.
<h2 data-start="2722" data-end="2760">Algod&atilde;o: fibra de ouro do campo</h2>
Outro produto que alavanca o agroneg&oacute;cio baiano &eacute; o algod&atilde;o herb&aacute;ceo. A Bahia &eacute; um dos maiores produtores nacionais, rivalizando com Mato Grosso. O cultivo concentra-se no Oeste, em grandes propriedades que utilizam sistemas modernos de irriga&ccedil;&atilde;o e colheita mecanizada.
Logo atr&aacute;s da soja, o algod&atilde;o herb&aacute;ceo aparece como destaque, com valor de produ&ccedil;&atilde;o de R$ 7,31 bilh&otilde;es em uma &aacute;rea de 312,5 mil hectares, resultando em 1,45 milh&atilde;o de toneladas. O rendimento m&eacute;dio da lavoura &eacute; de 4.649 kg por hectare, e a cultura gera 4.472 empregos diretos.
Al&eacute;m da produ&ccedil;&atilde;o de pluma, destinada &agrave; ind&uacute;stria t&ecirc;xtil, o algod&atilde;o tamb&eacute;m gera subprodutos como &oacute;leo e farelo, aproveitados pela ind&uacute;stria de alimentos e de ra&ccedil;&atilde;o animal. O setor tem ainda um forte impacto na industrializa&ccedil;&atilde;o local, movimentando f&aacute;bricas de beneficiamento e fortalecendo cadeias produtivas na Bahia.
<h2 data-start="3368" data-end="3406">Cacau: s&iacute;mbolo hist&oacute;rico da Bahia</h2>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/importancia-do-cacau-na-bahia-tradicao-economia-e-futuro-da-producao" target="_blank" rel="noopener">O cacau &eacute; um cap&iacute;tulo &agrave; parte na hist&oacute;ria, n&atilde;o s&oacute; da agricultura, mas da Bahia. </a>Desde os primeiros p&eacute;s plantados em Canavieiras, no sul do estado, a cultura mudou a hist&oacute;ria econ&ocirc;mica e social da Bahia.
Durante d&eacute;cadas, o cacau foi a base da economia local, consolidando o poder da aristocracia rural conhecida como os &ldquo;coron&eacute;is do cacau&rdquo;. Por&eacute;m, a praga vassoura-de-bruxa devastou as planta&ccedil;&otilde;es, gerando desemprego em massa e transforma&ccedil;&otilde;es sociais profundas, como explicou o historiador Murilo Mello em entrevista ao Aratu On. &ldquo;As fazendas demitiram, a popula&ccedil;&atilde;o migrou, a regi&atilde;o se transformou socialmente, e o estado n&atilde;o tinha como ajudar&rdquo;, lembra.
O renascimento do setor veio com investimentos em pesquisa cient&iacute;fica, incentivo ao cacau fino e pol&iacute;ticas de produ&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel. Hoje, o sul da Bahia voltou ao mapa mundial, n&atilde;o apenas como produtor de am&ecirc;ndoas, mas tamb&eacute;m como refer&ecirc;ncia em chocolates premiados. O cacau baiano se tornou s&iacute;mbolo de tradi&ccedil;&atilde;o, resili&ecirc;ncia e inova&ccedil;&atilde;o no agroneg&oacute;cio.
O cacau, s&iacute;mbolo da agricultura baiana, apresentou valor de R$ 2,35 bilh&otilde;es em 2023. Foram 425,9 mil hectares plantados e 139 mil toneladas colhidas, com rendimento m&eacute;dio de 326 kg/ha. O cultivo gera aproximadamente 6.882 empregos formais, reafirmando a for&ccedil;a da lavoura cacaueira no sul do estado.
<h2 data-start="4428" data-end="4479">Fruticultura&nbsp;</h2>
A fruticultura tamb&eacute;m se consolida como vetor de dinamiza&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio baiano. A manga registrou produ&ccedil;&atilde;o de 704,1 mil toneladas, com valor de R$ 1,6 bilh&atilde;o e empregando 7.982 pessoas. J&aacute; a banana alcan&ccedil;ou 862,5 mil toneladas, movimentando R$ 1,53 bilh&atilde;o e garantindo mais de 2.700 empregos.
Outras frutas de relev&acirc;ncia s&atilde;o o mam&atilde;o (354,5 mil toneladas), a laranja (610 mil toneladas) e a uva (72,9 mil toneladas), que juntas diversificam e fortalecem a agricultura irrigada no Vale do S&atilde;o Francisco.
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-irrigado-inovacao-garante-safra-no-semiarido-baiano" target="_blank" rel="noopener">Com o uso intensivo de sistemas de irriga&ccedil;&atilde;o</a>, regi&otilde;es como o Vale do S&atilde;o Francisco consegue produzir em todas as esta&ccedil;&otilde;es do ano, o que garante frutas frescas para o mercado interno e externo. Grande parte da produ&ccedil;&atilde;o &eacute; exportada para&nbsp;Estados Unidos e Europa, consolidando a fruticultura como uma das atividades mais din&acirc;micas do agroneg&oacute;cio baiano.
<h2 data-start="5031" data-end="5072">Caf&eacute;, feij&atilde;o e cultivos tradicionais</h2>
Embora n&atilde;o tenham o mesmo peso econ&ocirc;mico da soja ou do algod&atilde;o, outros cultivos mant&ecirc;m relev&acirc;ncia no campo baiano:
<ul data-start="5192" data-end="5670">
<li data-start="5192" data-end="5365">
Caf&eacute; ar&aacute;bica: produzido em &aacute;reas da Chapada Diamantina e do Planalto da Conquista, tem se destacado em concursos nacionais e internacionais pela qualidade dos gr&atilde;os;
</li>
</ul>
O caf&eacute;, somando as variedades ar&aacute;bica e canephora, alcan&ccedil;ou R$ 2,38 bilh&otilde;es, cultivado em 122,5 mil hectares, com produ&ccedil;&atilde;o total de 232,5 mil toneladas. O setor emprega 7.156 pessoas, especialmente em regi&otilde;es tradicionais como o Planalto da Conquista.
<ul>
<li style="font-weight: bold;" data-start="1741" data-end="2017">Hortali&ccedil;as e outras culturas</li>
</ul>
A produ&ccedil;&atilde;o de tomate atingiu 343 mil toneladas, com valor de R$ 935 milh&otilde;es, enquanto a batata-inglesa chegou a 389 mil toneladas (R$ 730 milh&otilde;es) e a cebola a 298,9 mil toneladas (R$ 671 milh&otilde;es).
Cultivos tradicionais como mandioca (808 mil toneladas), feij&atilde;o (174,5 mil toneladas) e cana-de-a&ccedil;&uacute;car (5,65 milh&otilde;es de toneladas) tamb&eacute;m ocupam papel estrat&eacute;gico, seja para consumo interno, seja para abastecer ind&uacute;strias locais.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ed444029-35d1-4259-8bd5-6a525b05c57c.webp?width=984&amp;height=441" alt="Quais s&atilde;o os principais produtos do agroneg&oacute;cio na Bahia?">

O oeste da Bahia se tornou uma das regi&otilde;es mais din&acirc;micas do estado e um verdadeiro polo do agroneg&oacute;cio brasileiro. Gra&ccedil;as a solos f&eacute;rteis, clima favor&aacute;vel e alta mecaniza&ccedil;&atilde;o, a &aacute;rea atrai grandes investimentos, nacional e internacional, consolidando-se como fronteira agr&iacute;cola estrat&eacute;gica.
Cidades como Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es, Barreiras, Correntina, S&atilde;o Desid&eacute;rio, Formosa do Rio Preto e Riach&atilde;o das Neves lideram a produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola e pecu&aacute;ria, elevando a regi&atilde;o a um papel de destaque no cen&aacute;rio nacional.
Em entrevista ao Aratu On, o historiador Murilo Mello (@murilomellohistoria) destaca como se deu o processo de desenvolvimento da regi&atilde;o. &ldquo;O progresso agr&iacute;cola aqui &eacute; resultado de investimento pesado em tecnologia. Sem isso, seria imposs&iacute;vel alcan&ccedil;ar o volume de produ&ccedil;&atilde;o que vemos hoje. &Eacute; um modelo que combina capital privado, conhecimento t&eacute;cnico e inova&ccedil;&atilde;o, mas deve ser acompanhado de responsabilidade ambiental.&rdquo;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e2d81087-8503-4bff-ae83-5958ecdde810.jpg?width=690&amp;height=331" alt="Ag&ecirc;ncia da C&acirc;mara">
Segundo o gerente de Sustentabilidade da Associa&ccedil;&atilde;o de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), Eneas Porto, a regi&atilde;o Oeste j&aacute; &eacute; reconhecida como a <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/agronegocio-irrigado-inovacao-garante-safra-no-semiarido-baiano" target="_blank" rel="noopener">principal &aacute;rea irrigada </a>do pa&iacute;s, com cerca de 350 mil hectares em opera&ccedil;&atilde;o. <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/exportacoes-do-agronegocio-baiano-para-onde-vai-a-producao-do-estado" target="_blank" rel="noopener">Os produtos irrigados se destacam inclusive no cen&aacute;rio de exporta&ccedil;&atilde;o.</a>
<h3 data-start="1037" data-end="1075">Munic&iacute;pios que lideram a produ&ccedil;&atilde;o no Oeste da Bahia</h3>
Barreiras, Lu&iacute;s Eduardo Magalh&atilde;es e Correntina s&atilde;o os principais munic&iacute;pios do oeste baiano quando o assunto &eacute; produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola. Segundo dados do IBGE de 2023, a regi&atilde;o produziu 7.749.176 toneladas de soja, com um valor de R$ 16,98 bilh&otilde;es, seguida por algod&atilde;o herb&aacute;ceo (1.429.656 t / R$ 7,2 bilh&otilde;es) e milho (2.232.120 t / R$ 2,07 bilh&otilde;es). O feij&atilde;o, o fumo, o caf&eacute; Ar&aacute;bica e as frutas &mdash; como banana, laranja, manga, lim&atilde;o e maracuj&aacute; &mdash; tamb&eacute;m se destacam, mostrando a diversidade produtiva que caracteriza o oeste da Bahia agroneg&oacute;cio.
O historiador Mello explica:&nbsp;&ldquo;O oeste baiano sempre existiu como interior, zona rural, mas com produ&ccedil;&atilde;o pequena e tradicional. Com a chegada de fam&iacute;lias do Sul e Sudeste, houve um investimento mais industrializado: m&aacute;quinas, tecnologias e diversifica&ccedil;&atilde;o de culturas. Isso trouxe progresso, empregos, e uma eleva&ccedil;&atilde;o no PIB local, mas tamb&eacute;m transforma&ccedil;&otilde;es ambientais e sociais importantes.&rdquo;
<div class="markdown-table-wrapper">
<table style="width: 91.4234%;">
<thead>
<tr>
<th style="width: 4.7952%;">2023</th>
<th style="width: 33.5664%;">Produto</th>
<th style="width: 31.4685%;">Quantidade Produzida (ton)</th>
<th style="width: 30.2697%;">Valor da Produ&ccedil;&atilde;o (R$ mil)</th>
</tr>
</thead>
<tbody>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">1</td>
<td style="width: 33.5664%;">Soja (em gr&atilde;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">7.749.176</td>
<td style="width: 30.2697%;">16.984.991</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">2</td>
<td style="width: 33.5664%;">Algod&atilde;o herb&aacute;ceo (em caro&ccedil;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">1.429.656</td>
<td style="width: 30.2697%;">7.209.543</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">3</td>
<td style="width: 33.5664%;">Milho (em gr&atilde;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">2.232.120</td>
<td style="width: 30.2697%;">2.078.978</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">4</td>
<td style="width: 33.5664%;">Feij&atilde;o (em gr&atilde;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">92.072</td>
<td style="width: 30.2697%;">322.258</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">5</td>
<td style="width: 33.5664%;">Fumo (em folha)</td>
<td style="width: 31.4685%;">10.900</td>
<td style="width: 30.2697%;">208.951</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">6</td>
<td style="width: 33.5664%;">Caf&eacute; (em gr&atilde;o) Ar&aacute;bica</td>
<td style="width: 31.4685%;">18.027</td>
<td style="width: 30.2697%;">149.742</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">7</td>
<td style="width: 33.5664%;">Caf&eacute; (em gr&atilde;o) Total</td>
<td style="width: 31.4685%;">18.027</td>
<td style="width: 30.2697%;">149.742</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">8</td>
<td style="width: 33.5664%;">Banana</td>
<td style="width: 31.4685%;">107.048</td>
<td style="width: 30.2697%;">141.412</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">9</td>
<td style="width: 33.5664%;">Banana (cacho)</td>
<td style="width: 31.4685%;">48.501</td>
<td style="width: 30.2697%;">104.415</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">10</td>
<td style="width: 33.5664%;">Sorgo (em gr&atilde;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">130.795</td>
<td style="width: 30.2697%;">87.618</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">11</td>
<td style="width: 33.5664%;">Trigo (em gr&atilde;o)</td>
<td style="width: 31.4685%;">24.422</td>
<td style="width: 30.2697%;">30.703</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">12</td>
<td style="width: 33.5664%;">Mandioca</td>
<td style="width: 31.4685%;">26.591</td>
<td style="width: 30.2697%;">24.543</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">13</td>
<td style="width: 33.5664%;">Cana-de-a&ccedil;&uacute;car</td>
<td style="width: 31.4685%;">92.834</td>
<td style="width: 30.2697%;">19.483</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">14</td>
<td style="width: 33.5664%;">Melancia</td>
<td style="width: 31.4685%;">31.243</td>
<td style="width: 30.2697%;">18.472</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">15</td>
<td style="width: 33.5664%;">Laranja</td>
<td style="width: 31.4685%;">15.136</td>
<td style="width: 30.2697%;">12.807</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">16</td>
<td style="width: 33.5664%;">Alho</td>
<td style="width: 31.4685%;">811</td>
<td style="width: 30.2697%;">9.927</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">17</td>
<td style="width: 33.5664%;">Manga</td>
<td style="width: 31.4685%;">4.826</td>
<td style="width: 30.2697%;">9.508</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">18</td>
<td style="width: 33.5664%;">Tomate</td>
<td style="width: 31.4685%;">2.021</td>
<td style="width: 30.2697%;">3.995</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">19</td>
<td style="width: 33.5664%;">Maracuj&aacute;</td>
<td style="width: 31.4685%;">1.922</td>
<td style="width: 30.2697%;">3.392</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">20</td>
<td style="width: 33.5664%;">Cebola</td>
<td style="width: 31.4685%;">1.927</td>
<td style="width: 30.2697%;">3.390</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">21</td>
<td style="width: 33.5664%;">Lim&atilde;o</td>
<td style="width: 31.4685%;">2.206</td>
<td style="width: 30.2697%;">2.530</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">22</td>
<td style="width: 33.5664%;">Tangerina</td>
<td style="width: 31.4685%;">1.340</td>
<td style="width: 30.2697%;">2.495</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">23</td>
<td style="width: 33.5664%;">Coco-da-ba&iacute;a</td>
<td style="width: 31.4685%;">1.621</td>
<td style="width: 30.2697%;">1.329</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">24</td>
<td style="width: 33.5664%;">Goiaba</td>
<td style="width: 31.4685%;">889</td>
<td style="width: 30.2697%;">1.249</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">25</td>
<td style="width: 33.5664%;">Cacau (em am&ecirc;ndoa)</td>
<td style="width: 31.4685%;">71</td>
<td style="width: 30.2697%;">1.213</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">26</td>
<td style="width: 33.5664%;">Arroz (em casca)</td>
<td style="width: 31.4685%;">409</td>
<td style="width: 30.2697%;">800</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">27</td>
<td style="width: 33.5664%;">Uva</td>
<td style="width: 31.4685%;">119</td>
<td style="width: 30.2697%;">485</td>
</tr>
<tr>
<td style="width: 4.7952%;">28</td>
<td style="width: 33.5664%;">Mamona (baga)</td>
<td style="width: 31.4685%;">29</td>
<td style="width: 30.2697%;">101</td>
</tr>
</tbody>
</table>
</div>
Fonte: IBGE - Produ&ccedil;&atilde;o Agr&iacute;cola Municipal - 2023
<h3 class="ds-markdown-paragraph">Papel estrat&eacute;gico no agroneg&oacute;cio nacional</h3>
Al&eacute;m da agricultura, a regi&atilde;o apresenta expressivo rebanho pecu&aacute;rio. Em 2023, o oeste da Bahia contabilizou 11.070.448 galin&aacute;ceos, 2.199.321 bovinos, 121.850 su&iacute;nos, 91.802 ovinos e 30.004 caprinos. Esses n&uacute;meros consolidam o oeste da Bahia agroneg&oacute;cio tamb&eacute;m na pecu&aacute;ria, tornando a regi&atilde;o indispens&aacute;vel para o abastecimento interno e exporta&ccedil;&otilde;es.
<div class="markdown-table-wrapper">
<table>
<thead>
<tr>
<th>2023</th>
<th>Tipo de Rebanho</th>
<th>Cabe&ccedil;as</th>
</tr>
</thead>
<tbody>
<tr>
<td>1</td>
<td>Galin&aacute;ceos</td>
<td>11.070.448</td>
</tr>
<tr>
<td>2</td>
<td>Bovino</td>
<td>2.199.321</td>
</tr>
<tr>
<td>3</td>
<td>Su&iacute;no</td>
<td>121.850</td>
</tr>
<tr>
<td>4</td>
<td>Ovino</td>
<td>91.802</td>
</tr>
<tr>
<td>5</td>
<td>Equino</td>
<td>49.975</td>
</tr>
<tr>
<td>6</td>
<td>Caprino</td>
<td>30.004</td>
</tr>
<tr>
<td>7</td>
<td>Codornas</td>
<td>12.336</td>
</tr>
<tr>
<td>8</td>
<td>Bubalino</td>
<td>250</td>
</tr>
</tbody>
</table>
&nbsp;+Fonte: IBGE</div>
Mello ressalta:&nbsp;&ldquo;O oeste da Bahia virou a nova fronteira agr&iacute;cola do Brasil. Antes, a Bahia n&atilde;o era lembrada nesse contexto. Hoje, Barreiras, Lu&iacute;s Eduardo e Correntina representam uma for&ccedil;a econ&ocirc;mica que atrai grandes grupos e empresas multinacionais, com investimentos em tecnologia, irriga&ccedil;&atilde;o e mecaniza&ccedil;&atilde;o, o que aumenta produtividade e competitividade.&rdquo;
<h2 data-start="2780" data-end="2805">Presen&ccedil;a no Matopiba</h2>
O conceito de Matopiba &mdash; jun&ccedil;&atilde;o de Maranh&atilde;o, Tocantins, Piau&iacute; e Bahia &mdash; refor&ccedil;a o protagonismo da regi&atilde;o. O oeste da Bahia apresenta alta mecaniza&ccedil;&atilde;o. Colheitadeiras, plantadeiras de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o e irriga&ccedil;&atilde;o de precis&atilde;o garantem safras robustas e eficientes. Essa combina&ccedil;&atilde;o de tecnologia, clima favor&aacute;vel e manejo adequado eleva a produtividade e posiciona a regi&atilde;o como l&iacute;der nacional em v&aacute;rias culturas.
<blockquote data-start="3360" data-end="3695">
&ldquo;O desenvolvimento do oeste da Bahia &eacute; a cara do agroneg&oacute;cio moderno: emprego, crescimento econ&ocirc;mico e inova&ccedil;&atilde;o. Mas n&atilde;o podemos ignorar que h&aacute; impactos sociais e ambientais. A regi&atilde;o exige equil&iacute;brio entre produ&ccedil;&atilde;o e sustentabilidade. &Eacute; preciso pol&iacute;ticas p&uacute;blicas para preservar recursos naturais e a vida das comunidades locais.&rdquo;
</blockquote>
O investimento de multinacionais e grandes grupos agr&iacute;colas transformou o oeste da Bahia em uma regi&atilde;o estrat&eacute;gica para o Brasil. Grandes fazendas produzem em larga escala, gerando empregos diretos e indiretos, movimentando toda a economia local e aumentando a arrecada&ccedil;&atilde;o de impostos.
&ldquo;A inclus&atilde;o da Bahia no Matopiba n&atilde;o &eacute; por acaso. &Eacute; a nova fronteira agr&iacute;cola do pa&iacute;s. Investimentos industriais, mecaniza&ccedil;&atilde;o, soja e leguminosas transformaram a regi&atilde;o. Isso trouxe progresso econ&ocirc;mico, mas tamb&eacute;m desafios ambientais, como desmatamento e impacto na fauna e flora. Al&eacute;m disso, houve conflitos fundi&aacute;rios, porque grandes investidores compram fazendas antigas, mudando a ocupa&ccedil;&atilde;o local.&rdquo;
<h2 data-start="4694" data-end="4731">Desafios e disputa por terras&nbsp;</h2>
Apesar da expans&atilde;o, o oeste baiano enfrenta <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/infraestrutura-inseguranca-e-seca-desafios-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">desafios significativos, assim como todo agroneg&oacute;cio baiano.</a> Rodovias prec&aacute;rias, aus&ecirc;ncia de ferrovias, conectividade limitada e fornecimento irregular de energia ainda dificultam a log&iacute;stica. Ambientalmente, a expans&atilde;o agr&iacute;cola impacta o bioma do Cerrado, exigindo pol&iacute;ticas de manejo sustent&aacute;vel e prote&ccedil;&atilde;o da biodiversidade.
Mello observa: &ldquo;O crescimento tem &ocirc;nus e b&ocirc;nus. Ele aquece a economia e gera empregos, mas transforma o meio ambiente. A &aacute;gua, o solo, a flora e fauna sofrem altera&ccedil;&otilde;es. H&aacute; tamb&eacute;m tens&otilde;es fundi&aacute;rias e sociais, que precisam ser administradas com planejamento e pol&iacute;ticas p&uacute;blicas.&rdquo;
O valor elevado das terras intensifica tamb&eacute;m as disputas por ela, grilagem e judicializa&ccedil;&atilde;o de conflitos, colocando comunidades tradicionais, pequenos produtores e agricultores familiares em posi&ccedil;&atilde;o vulner&aacute;vel.
Segundo dados da Comiss&atilde;o Pastoral da Terra (CPT), em 2020 a Bahia registrou 127 conflitos por terra, afetando 9.585 fam&iacute;lias, sendo que 1.850 sofreram a&ccedil;&otilde;es de grileiros e 925 tiveram casas ou ro&ccedil;as destru&iacute;das. Os conflitos resultaram em 32 assassinatos e 159 amea&ccedil;as de morte, envolvendo fazendeiros, empres&aacute;rios, governo federal e grileiros como principais respons&aacute;veis, enquanto ind&iacute;genas, quilombolas, posseiros e sem-terra foram as principais v&iacute;timas.
<h2 data-start="5360" data-end="5401">Perspectivas futuras no Oeste baiano</h2>
Mesmo com desafios, o oeste da Bahia agroneg&oacute;cio mant&eacute;m grande potencial de crescimento sustent&aacute;vel. A diversifica&ccedil;&atilde;o de culturas, o aumento da mecaniza&ccedil;&atilde;o e a presen&ccedil;a de grandes investidores consolidam a regi&atilde;o como modelo de fronteira agr&iacute;cola brasileira, capaz de equilibrar desenvolvimento econ&ocirc;mico e responsabilidade ambiental.
O historiador finaliza:&nbsp;&ldquo;O futuro do oeste da Bahia depende da capacidade de produzir mais, mas com menor impacto ambiental. Se houver equil&iacute;brio entre inova&ccedil;&atilde;o, produtividade e preserva&ccedil;&atilde;o, a regi&atilde;o continuar&aacute; sendo uma refer&ecirc;ncia nacional no agroneg&oacute;cio, mostrando que crescimento econ&ocirc;mico e sustentabilidade podem andar lado a lado.&rdquo;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/41e55cee-e29e-4f69-879a-484748b0f990.jpg?width=768&amp;height=441" alt="Algod&atilde;o &eacute; uma das principais produ&ccedil;&otilde;es da regi&atilde;o; Foto: Divuga&ccedil;&atilde;o/ Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assist&ecirc;ncia e Extens&atilde;o Rural">

O agroneg&oacute;cio irrigado na Bahia tem se consolidado como um dos pilares mais importantes do desenvolvimento regional e nacional. Em &aacute;reas tradicionalmente marcadas pelo clima semi&aacute;rido, como o Vale do S&atilde;o Francisco, que abrange cidades como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), e o Oeste baiano, a tecnologia da irriga&ccedil;&atilde;o transformou a paisagem e possibilitou a produ&ccedil;&atilde;o em larga escala de frutas como uva, manga e melancia, al&eacute;m da diversifica&ccedil;&atilde;o para outras culturas.
Segundo o gerente de Sustentabilidade da Associa&ccedil;&atilde;o de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA), Eneas Porto, a regi&atilde;o Oeste j&aacute; &eacute; reconhecida como a principal &aacute;rea irrigada do pa&iacute;s, com cerca de 350 mil hectares em opera&ccedil;&atilde;o.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/interior/policia-acha-39-mil-pes-de-maconha-que-eram-irrigados-com-aguas-do-sao-francisco-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">Pol&iacute;cia acha 39 mil p&eacute;s de maconha que eram irrigados com &aacute;guas do S&atilde;o Francisco na Bahia</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/6f1e8183-bfc0-466e-9cff-30a52b67ba81.webp?width=1170&amp;height=700" alt="Prefeitura de Campo Grande/Divulga&ccedil;&atilde;o">
Esse avan&ccedil;o se deve a dois fatores centrais: a disponibilidade h&iacute;drica, garantida por rios e aqu&iacute;feros, e o aumento no acesso &agrave; energia el&eacute;trica, fundamental para viabilizar os sistemas de irriga&ccedil;&atilde;o.
<blockquote data-start="1331" data-end="1581">
&ldquo;A irriga&ccedil;&atilde;o &eacute; muito mais do que molhar a terra. Irrigar significa aplicar a quantidade exata de &aacute;gua, de forma eficiente e controlada. Isso potencializa a produtividade em at&eacute; 30% em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s &aacute;reas que dependem apenas da chuva&rdquo;, explica Porto.
</blockquote>
Al&eacute;m da fruticultura, o uso da irriga&ccedil;&atilde;o tem possibilitado o cultivo de gr&atilde;os, fibras, cacau e at&eacute; culturas pouco tradicionais, como t&acirc;maras, que come&ccedil;am a ser estudadas como nova aposta agr&iacute;cola.&nbsp;
&ldquo;A irriga&ccedil;&atilde;o &eacute; um fator de desenvolvimento econ&ocirc;mico, social e ambiental. &Eacute; a partir dela que conseguimos produzir mais alimentos, a pre&ccedil;os mais acess&iacute;veis, e transformar o semi&aacute;rido em uma regi&atilde;o pr&oacute;spera e estrat&eacute;gica para o Brasil e para o mundo.&rdquo;
Um dos principais centro de produ&ccedil;&atilde;o a partir da irriga&ccedil;&atilde;o &eacute; o Vale do S&atilde;o Francisco, que se tornou refer&ecirc;ncia internacional na fruticultura irrigada, especialmente na produ&ccedil;&atilde;o de uvas e vinhos, mesmo sendo um local extremamente seco. <a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/exportacoes-do-agronegocio-baiano-para-onde-vai-a-producao-do-estado" target="_blank" rel="noopener">Os produtos irrigados se destacam inclusive no cen&aacute;rio de exporta&ccedil;&atilde;o.</a>
<h3 data-start="1647" data-end="2069">Panorama</h3>
Para o professor titular da UFRB e engenheiro agr&ocirc;nomo Francisco Adriano de Carvalho Pereira, a irriga&ccedil;&atilde;o cumpre um papel essencial de estabiliza&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o agr&iacute;cola.
<blockquote data-start="2514" data-end="2784">
&ldquo;Ela visa atender &agrave; necessidade h&iacute;drica em regi&otilde;es onde a precipita&ccedil;&atilde;o &eacute; insuficiente ou irregular. Temos &aacute;reas que chegam a registrar 2 mil mil&iacute;metros de chuva ao ano, mas em per&iacute;odos muito curtos, o que inviabiliza o equil&iacute;brio da produ&ccedil;&atilde;o sem irriga&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica.
</blockquote>
Ele aponta que, em termos gerais, o M&eacute;dio S&atilde;o Francisco concentra a irriga&ccedil;&atilde;o de fruteiras como uva, manga e mel&atilde;o, em Juazeiro e Petrolina. J&aacute; no Subm&eacute;dio S&atilde;o Francisco, o mercado de vinhos &eacute; consolidado e em expans&atilde;o.
No Oeste da Bahia, a irriga&ccedil;&atilde;o est&aacute; voltada principalmente para gr&atilde;os como soja, milho, algod&atilde;o e feij&atilde;o, com mais de 220 mil hectares irrigados.
Outras regi&otilde;es do estado tamb&eacute;m se destacam:
<ul data-start="3229" data-end="3671">
<li data-start="3229" data-end="3426">
Baixio de Irec&ecirc;: polo em expans&atilde;o a partir do Rio S&atilde;o Francisco, em projeto concebido pela Codevasf e posteriormente leiloado para a iniciativa privada, que administra a infraestrutura.
</li>
<li data-start="3427" data-end="3512">
Chapada Diamantina: com produ&ccedil;&atilde;o diversificada de frutas, gr&atilde;os e hortali&ccedil;as.
</li>
<li data-start="3599" data-end="3671">
Extremo Sul: polo de fruteiras como mam&atilde;o e frutas c&iacute;tricas.
</li>
</ul>
De acordo com Francisco Adriano, a Bahia j&aacute; possui entre 550 mil e 600 mil hectares irrigados, mas o estado tem potencial para ultrapassar 1,6 milh&atilde;o de hectares. Al&eacute;m das &aacute;reas tradicionais, a irriga&ccedil;&atilde;o cresce tamb&eacute;m em cintur&otilde;es verdes no entorno de grandes centros urbanos, voltados ao hortifr&uacute;ti granjeiro, e em sistemas de pastagens e silagem.
Um movimento inovador &eacute; o avan&ccedil;o da produ&ccedil;&atilde;o de cacau irrigado no semi&aacute;rido, aproveitando a menor incid&ecirc;ncia de doen&ccedil;as como a vassoura-de-bruxa.
<blockquote data-start="4193" data-end="4383">
&ldquo;O cacau &eacute; hoje a coqueluche do momento. J&aacute; estamos entre os maiores produtores do mundo, e a irriga&ccedil;&atilde;o abre novas fronteiras de cultivo em &aacute;reas antes impens&aacute;veis como o semi&aacute;rido, que n&atilde;o apresenta o riscos de pragas como a produ&ccedil;&atilde;o j&aacute; foi afetada em outros momentos&rdquo;, observa o professor.
</blockquote>
<h2 data-start="2465" data-end="2511">Desafios</h2>
<a href="https://aratuon.com.br/agronegocio/infraestrutura-inseguranca-e-seca-desafios-do-agronegocio-na-bahia" target="_blank" rel="noopener">O agroneg&oacute;cio apresenta in&uacute;meros desafios</a>, mas a irriga&ccedil;&atilde;o alguns problemas adicionais. Segundo Porto, todo o processo &eacute; regulamentado: &ldquo;Ningu&eacute;m pode simplesmente captar &aacute;gua sem autoriza&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso licenciamento e outorga do INEMA, al&eacute;m de acompanhamento da Ag&ecirc;ncia Nacional de &Aacute;guas (ANA) e da FEMA. A tentativa &eacute; de garantir seguran&ccedil;a h&iacute;drica, tanto para a agricultura quanto para os consumidores urbanos&rdquo;.
Apesar da cautela necess&aacute;ria, o especialista destaca que o excesso de burocracia no licenciamento h&iacute;drico &eacute; tamb&eacute;m um desafio. Outro gargalo &eacute; o parque el&eacute;trico, j&aacute; que a irriga&ccedil;&atilde;o demanda grande volume de energia. A expans&atilde;o das fontes renov&aacute;veis, sobretudo a solar e a e&oacute;lica, tem ajudado a reverter esse cen&aacute;rio.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/bahia-recebera-recursos-para-abastecimento-em-perimetros-irrigados" target="_blank" rel="noopener">Bahia receber&aacute; recursos para abastecimento em per&iacute;metros irrigados</a>
<a href="https://aratuon.com.br/geral/bahia-recebera-recursos-para-abastecimento-em-perimetros-irrigados" target="_blank" rel="noopener">
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/0ba1a5b6-da58-4572-aa6a-3b9f491ceaf4.webp?width=800&amp;height=451" alt="Pixabay">
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Agronegócio

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