Linha de Frente: Fabiano Borré destaca identidade baiana nos vinhos da UVVA
Em entrevista ao Linha de Frente, Fabiano Borré destaca identidade baiana nos vinhos da UVVA: 'sensação de pertencimento'
Por João Tramm.
O Linha de Frente, da TV Aratu, esteve presente no SUMMIT de Negócios Made In Bahia. Em entrevista ao jornalista Pablo Reis, Fabiano Borré destaca identidade baiana nos vinhos da UVVA. Segundo o sócio-fundador da vinícola, o sucesso da iniciativa se deve ao sentimento de identidade que os baianos têm com o projeto instalado na Chapada Diamantina, no município de Mucugê.
“O baiano tem uma sensação de pertencimento com a vinícola UVVA. A gente sente isso nas visitas, nas feiras e nas conversas com o público. É um projeto que nasceu para representar o território da Chapada e trazer essa identidade local”, afirmou Borré.

Fabiano Borré destaca identidade baiana nos vinhos da UVVA
A UVVA chegou oficialmente ao mercado há apenas três anos, mas, segundo o empresário, o trabalho começou muito antes.
“Nós chegamos ao mercado apenas três anos atrás, mas nossas pesquisas começaram dez anos antes. Foram dez anos de trabalho muito intenso de pesquisa até que a gente chegasse ao mercado”, contou.
Desde então, os vinhos produzidos na Chapada Diamantina têm conquistado o reconhecimento nacional e internacional.
“Estamos muito felizes com a receptividade. Nossos vinhos já receberam diversas chancelas de concursos, mas o mais importante é que representem o território da Chapada. O consumidor tem entendido isso e se mostrado muito adepto”, completou.
Identidade “Diamantina”
A vinícola trabalha com cepas de origem francesa, como Chardonnay, Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, todas cultivadas no terroir singular da Chapada. Borré explica que, embora as variedades sejam conhecidas mundialmente, a produção na região ganha uma assinatura própria.
“Cepas no mundo do vinho podem ser de qualquer origem. Agora, ‘diamantinas’ só as da Chapada Diamantina”, brincou o empresário, ressaltando que a combinação de altitude superior a 1.150 metros, clima ameno e estações bem definidas cria condições ideais para a produção de vinhos de alta qualidade.
Além das características naturais, a UVVA emprega tecnologia de ponta, como o sistema de dupla poda, que permite colher as uvas no inverno — período em que há maior amplitude térmica, essencial para a complexidade dos vinhos.
Instalada em Mucugê, a UVVA é a única vinícola da região. O empreendimento, segundo Borré, vem contribuindo para o desenvolvimento local, atraindo turismo, gerando empregos e fortalecendo a marca “Bahia” no mapa vitivinícola do Brasil.
Pelo impacto do projeto, Fabiano Borré foi homenageado com o título de cidadão baiano pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), por iniciativa do deputado estadual Tiago Correia (PSDB).
Os vinhos na Chapada, seja em Mucugê, seja em Morro do Chapéu tem tido destaque na produção nacional. Apesar disso, convivem com questões logísticas em sua produção. Durante a entrevista, o empresário comentou sobre os desafios do agronegócio baiano.
“Sempre existe como melhorar nossa infraestrutura básica. Toda produção precisa sair por estrada. Ter mais rodovias duplicadas traria grandes avanços. Hoje só temos a BR-324 como caminho principal. Equipamentos como a Ponte Salvador-Itaparica serão um grande avanço, pois trarão mais alternativas logísticas”, avaliou.

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