PANTERONA DO AMOR: Inês Brasil leva o público à loucura com show extremamente liberal em Salvador

“Alô, alô, vocês sabem quem sou eu? Alô, alô, graças a Deus”, com essa simples frase que abre um vídeo de inscrição para um famoso reality show brasileiro, a animadora e ‘rainha da internet’ Inês Brasil ganhou o país.

Mais famosa e ganhando mais dinheiro que muitos dos ex-participantes do reality, a carioca Inês Tânia Lima da Silva desembarcou em Salvador na tarde deste sábado (30/4) para agitar uma festa que aconteceu na boate San Sebastian, no Rio Vermelho.

Pudor é uma palavra que não existe no vocabulário da ?Panterona do Amor?, como foi carinhosamente apelidada pelos seus seguidores. Sempre dotada de lições de moral na ponta da língua, durante todo o show Inês conversa com os seguidores e trata de forma engraçada todas as adversidades que já passou na vida.

Relatos de prostituição, uso de drogas e sexo casual com fãs são mencionados naturalmente pela cantora, que é dona do hit ?Make Love?, que já conta com mais de 2.6 milhões de visualizações no Youtube.

Em um dos pontos do show, Inês para e começa a bater o microfone nas partes íntimas fazendo caras e bocas para o público. É com esse jeito extrovertido e exagerado que ela conduz, com maestria, o espetáculo. Apesar de ficar menos de 1h no palco, a cantora satisfez as centenas de fãs que foram à sua apresentação. Veja o vídeo:

APOLOGIA

Mas engana-se quem pensa que, pela forma que se veste e age, Inês faz apologia ao que menciona. Por todo o show, a cantora conta como foi difícil a jornada dela pelo submundo da prostituição e agradece, por vezes de forma ostensiva, aos fãs que tiraram ela desta vida.

?Estudem, em nome de Jesus. Eu só não estudei porque tive que ajudar minha mãe e meu pai, para não ver eles cairem na pior?, disse, emocionada, enquanto era fortemente ovacionada pela platéia enlouquecida pela sua presença.

?Não pode chorar, só pode chorar na cama?, brincou, entre lágrimas. ?Então eu peço pra vocês, estudem. Não seguem (sic) o caminho do roubo e da prostituição, porque é um caminho muito duro. É um querendo matar o outro, tem muita inveja?.

IGUALDADE

Inês trás, ainda, em seu discurso, um ideal de igualdade muito forte. Aversa a qualquer forma de preconceito, a cantora se tornou uma espécie de símbolo da luta LGBT entre os adolescentes da geração Z (que compreende os nascidos entre o fim de 1992 a 2010).

?Olha gente, se chamar você de branco azedo, gostoso, foi Deus quem fez. Se chamar vocês também de negro macaco, também problema, foi Deus quem fez. Eu estou numa que quando viram para mim e dizem que eu pareço uma travesti eu só digo, ?dá licença, se não sair de perto de mim vou chamar a polícia? (sic)?, conta ela em seu espetáculo.

INTERNET

Dona de tiradas únicas, Inês talvez seja a ?celebridade? mais utilizada como meme (termo usado para descrever um conceito de imagem, vídeo e/ou relacionados ao humor, que se espalha via Internet). Suas frases, muitas vezes sem nexo algum, se encaixam em várias conversas no meio eletrônico.

A relação de Inês com a Bahia não é nova, a cantora já lançou uma música de axé, quando não ainda era cohecida e já fez outros shows na capital baiana. Durante o show, ela falou que quando pensa em Bahia lembra de ?acarajé, cocada branca, preta e Daniela Mercury, a rainha do Oldum (sic)?.

Ainda segundo Inês, os mulatos baianos são todos ?gostosos? e lembram muito os cariocas.