O que é Project Pan? Tendência propõe consumo mais consciente

Após uma onda de diversos produtos virais que se tornaram “essenciais” no dia a dia dos internautas nas redes sociais, principalmente no TikTok , um novo estilo de vida vem chamando a atenção dos usuários: o project pan, uma prática que busca evitar o consumismo excessivo.

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O Project Pan, uma tendência que surgiu nas redes, incentiva o consumo mais consciente ao propor que as pessoas usem os produtos que já possuem até o fim, antes de adquirir novos. A ideia é reduzir o desperdício e o consumo excessivo, valorizando e aproveitando ao máximo o que já se tem.

A proposta é simples: usar os produtos que já adquiridos até o fim. Pra quê ter milhões de esmaltes, por exemplo, se você pode usar apenas um até acabar? Várias maquiagens? Nada disso! A ideia é ter apenas um produto para cada função, afinal, você só tem um rosto.

Em entrevista ao Aratu On, a economista Natália Maria, especialista em finanças, explicou que o chamado “consumo reverso” dialoga com o conceito de economia circular, que abandona a lógica de extrair–produzir–consumir–descartar e busca manter produtos, materiais e recursos em uso pelo maior tempo possível, transformando-se em uma economia baseada no reaproveitamento.

“É importante destacar que, para uma grande parte da população, o consumo reverso não é uma opção. Para pessoas que vivem na pobreza, reciclar, reaproveitar e recondicionar é necessário para sobreviver”, afirmou.

Vantagem ou exagero?

Mas, afinal, essa nova forma de consumo mais consciente seria uma vantagem para quem busca uma vida mais econômica ou apenas mais um exagero extremo? A especialista reforça:

“A economia que se faz consumindo menos por impulso e/ou reaproveitando recursos pode ser direcionada para o pagamento de dívidas, para investimentos, para construir uma reserva de emergência e até para viver experiências, como viajar ou fazer cursos interessantes.”

Project pan é apenas trend?

No entanto, a economista comenta que essa tendência pode crescer apenas por um instante nas redes sociais, já que ali tudo acontece de forma muito rápida, assim como, anteriormente, a onda era consumir os produtos que estavam em alta.

“Acredito que, a partir do momento em que as pessoas — especialmente os jovens — percebam que essa prática pode ser vantajosa, sim, ela pode se tornar um movimento com sustentabilidade a longo prazo, representando uma mudança de pensamento. Mas, se for encarada apenas como ‘um movimento’, ‘uma onda’, é possível também que logo seja substituída por uma nova tendência, assim que as circunstâncias econômicas mudarem novamente”, explicou.

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