Amizade e vida adulta: especialista explica a importância de cultivar amigos
A dinâmica da vida adulta, no contexto de uma sociedade capitalista, não permite tempo satisfatório de convivência com a família, muito menos para desenvolver e manter laços de amizade.
Créditos da foto: ilustrativa/Pexels
Hoje, 20 de julho, é celebrado o Dia do Amigo e Internacional da Amizade. Comemorado em vários países do mundo, a data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, que escolheu o dia da chegada do homem à Lua para mostrar como juntas, as pessoas eram capazes de superar desafios.
Em tempos modernos, quem nunca sentiu dificuldade de encontrar tempo para sair com os amigos? A dinâmica da vida adulta, no contexto de uma sociedade capitalista, não permite tempo satisfatório de convivência com a família, muito menos para desenvolver e manter laços de amizade.
Hoje em dia é comum que as pessoas desenvolvam múltiplas tarefas, tenham uma carga horária de atividades extenuante, muitas vezes com mais de um trabalho, dedicando o pouco tempo restante às tarefas domésticas, aos filhos. É comum que não sobre tempo para criar, desenvolver e manter amizades.
“Não devemos desconsiderar que o problema não se restringe ao individual; é uma questão coletiva, resultante da dinâmica da nossa sociedade. Considerar isso é muito importante para não nos percebermos tão solitários diante desse problema”, enfatiza a psicoterapeuta Elétice Rangel.
Cultivar amizades é essencial para o ser humano, uma vez que somos seres que temos desde a tenra idade a necessidade do estabelecimento de vínculos. Por isso, a especialista salienta que deve haver uma verdadeira disciplina para zelar pela relação com os amigos. “Além das longas horas dedicadas ao trabalho, é preciso estabelecer prioridade e saber organizar o próprio tempo, definindo datas para encontros e momentos de nutrição do vínculo com os amigos”.
Na infância, além do tempo mais livre para socializar, sem as obrigações que os adultos passam a ter para se manter numa sociedade, há também mais abertura e entrega para novas relações e menos julgamentos.
“Questões de personalidade, como timidez, baixa autoestima, traumas que as pessoas carregam fruto de experiências negativas ao longo da vida e inseguranças dificultam o processo de desenvolvimento e manutenção da amizade. A falta de percepção de si mesmo pode dificultar as relações de amizade, o que torna essencial a busca pelo autoconhecimento”, acrescenta Elétice Rangel.
E não se enganem: contato com amigos no ambiente virtual não substitui a presença. “A ampliação do número de amigos por meio das redes sociais pode ser dimensionada de maneira equivocada, uma vez que nem todos os contatos estabelecidos virtualmente refletem vínculos verdadeiros de amizade”, alerta a psicoterapeuta lembrando que a quantidade não corresponde à qualidade das relações, nem proporciona sempre a manutenção de vínculos mais estreitos.
Para preservar laços de amizade, é importante promover uma conexão emocional dedicando atenção aos amigos, ao que o outro expressa, suas necessidades, buscando ser autêntico e leal para promover relações verdadeiras, buscando estar disponível para se aproximar das pessoas.
“Os vínculos reais têm especial importância nos momentos de dificuldade e embate”, destaca a especialista lembrando o valor dos amigos em momentos de luto ou no término de um relacionamento amoroso, por exemplo. “Mesmo não substituindo a pessoa que partiu, um amigo representa um elemento de apoio que estará disponível de forma sincera, desinteressada, estimuladora do bem estar emocional”, conclui.
Dicas para manter os amigos mais perto:
- Planejamento: tente definir datas ou periodicidade para os encontros previamente
- Praticidade: promover rodízio de reuniões em casa funciona bem
- Redes Sociais: manter contato virtual aproxima, mas não substitui a presença física
- Cultive laços: busque ter atenção às necessidades dos seus amigos
- Na alegria e na dificuldade: procure estar disponível especialmente nos momentos difíceis dos seus amigos.
LEIA MAIS: ‘Discurso político afiado’: veja as impressões da colunista do Aratu On sobre ‘Barbie’
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Em tempos modernos, quem nunca sentiu dificuldade de encontrar tempo para sair com os amigos? A dinâmica da vida adulta, no contexto de uma sociedade capitalista, não permite tempo satisfatório de convivência com a família, muito menos para desenvolver e manter laços de amizade.
Hoje em dia é comum que as pessoas desenvolvam múltiplas tarefas, tenham uma carga horária de atividades extenuante, muitas vezes com mais de um trabalho, dedicando o pouco tempo restante às tarefas domésticas, aos filhos. É comum que não sobre tempo para criar, desenvolver e manter amizades.
“Não devemos desconsiderar que o problema não se restringe ao individual; é uma questão coletiva, resultante da dinâmica da nossa sociedade. Considerar isso é muito importante para não nos percebermos tão solitários diante desse problema”, enfatiza a psicoterapeuta Elétice Rangel.
Cultivar amizades é essencial para o ser humano, uma vez que somos seres que temos desde a tenra idade a necessidade do estabelecimento de vínculos. Por isso, a especialista salienta que deve haver uma verdadeira disciplina para zelar pela relação com os amigos. “Além das longas horas dedicadas ao trabalho, é preciso estabelecer prioridade e saber organizar o próprio tempo, definindo datas para encontros e momentos de nutrição do vínculo com os amigos”.
Na infância, além do tempo mais livre para socializar, sem as obrigações que os adultos passam a ter para se manter numa sociedade, há também mais abertura e entrega para novas relações e menos julgamentos.
“Questões de personalidade, como timidez, baixa autoestima, traumas que as pessoas carregam fruto de experiências negativas ao longo da vida e inseguranças dificultam o processo de desenvolvimento e manutenção da amizade. A falta de percepção de si mesmo pode dificultar as relações de amizade, o que torna essencial a busca pelo autoconhecimento”, acrescenta Elétice Rangel.
E não se enganem: contato com amigos no ambiente virtual não substitui a presença. “A ampliação do número de amigos por meio das redes sociais pode ser dimensionada de maneira equivocada, uma vez que nem todos os contatos estabelecidos virtualmente refletem vínculos verdadeiros de amizade”, alerta a psicoterapeuta lembrando que a quantidade não corresponde à qualidade das relações, nem proporciona sempre a manutenção de vínculos mais estreitos.
Para preservar laços de amizade, é importante promover uma conexão emocional dedicando atenção aos amigos, ao que o outro expressa, suas necessidades, buscando ser autêntico e leal para promover relações verdadeiras, buscando estar disponível para se aproximar das pessoas.
“Os vínculos reais têm especial importância nos momentos de dificuldade e embate”, destaca a especialista lembrando o valor dos amigos em momentos de luto ou no término de um relacionamento amoroso, por exemplo. “Mesmo não substituindo a pessoa que partiu, um amigo representa um elemento de apoio que estará disponível de forma sincera, desinteressada, estimuladora do bem estar emocional”, conclui.
Dicas para manter os amigos mais perto:
- Planejamento: tente definir datas ou periodicidade para os encontros previamente
- Praticidade: promover rodízio de reuniões em casa funciona bem
- Redes Sociais: manter contato virtual aproxima, mas não substitui a presença física
- Cultive laços: busque ter atenção às necessidades dos seus amigos
- Na alegria e na dificuldade: procure estar disponível especialmente nos momentos difíceis dos seus amigos.
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