Justiça absolve médico que dopou paciente durante cirurgia para fazer sexo

O anestesista Suhail Anjum foi acusado de abandonar um paciente sob anestesia para fazer sexo com uma enfermeira

Por Bruna Castelo Branco.

O anestesista Suhail Anjum, de 44 anos, foi acusado de abandonar um paciente sob anestesia durante uma cirurgia em um hospital de Greater Manchester, no Reino Unido, para manter relações sexuais com uma enfermeira. O caso, ocorrido em setembro de 2023, foi julgado em tribunal britânico e gerou repercussão no sistema de saúde do país.

Segundo o processo, outro médico entrou na sala e flagrou os dois em uma cena íntima. O paciente permaneceu sob os cuidados de outro profissional por cerca de oito minutos, período em que Anjum afirmou ter feito uma pausa rápida.

O anestesista Suhail Anjum foi acusado de abandonar um paciente sob anestesia  para fazer sexo com uma enfermeira. | Foto: Google Street View

Casado e pai de três filhos, o anestesista admitiu o episódio, classificando-o como um “erro único” em um momento de forte estresse pessoal. Ele relatou que o nascimento prematuro da filha afetou sua vida familiar e sua saúde mental.

Apesar de reconhecer a gravidade da conduta, o tribunal entendeu que não houve prejuízo ao paciente e considerou baixo o risco de reincidência. A decisão foi não aplicar sanções, embora uma advertência oficial ainda esteja em avaliação.

Em sua declaração, Anjum disse sentir “vergonha e culpa”, reconheceu ter falhado com o paciente, os colegas e sua própria ética profissional. Ele pediu desculpas públicas e afirmou desejar retomar a carreira sem repetir atitudes semelhantes.

Segundo o processo, outro médico entrou na sala e flagrou os dois em uma cena íntima. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Médico bebe vodka em pronto-socorro

Um médico foi afastado de suas funções após ser acusado de ingerir bebida alcoólica momentos antes de iniciar o plantão no Pronto-Socorro Central de Praia Grande, no litoral de São Paulo. A denúncia foi feita por um paciente que aguardava atendimento no local em abril deste ano. O caso foi registrado pela Polícia Militar e está sendo apurado administrativamente.

Um vídeo mostra o mecânico Felipe Gomes Hatzopoulos dando detalhes sobre o comportamento do profissional. Segundo ele, o médico foi visto consumindo vodka em um comércio próximo à unidade de saúde minutos antes de atender os pacientes.

Felipe contou que parou em uma loja próxima ao pronto-socorro para comer um salgado enquanto aguardava a troca de plantão. Foi nesse momento que notou um homem — sem uniforme — pedindo duas doses de vodka ao atendente do comércio. “Eu estava aguardando para pagar. Ele [o médico] pediu para pagar também, já estava todo se tremendo, acho que querendo beber a vodka”, relembrou.

Um médico foi afastado de suas funções após ser acusado de ingerir bebida alcoólica momentos antes de iniciar o plantão. | Foto: Redes Sociais

O mecânico disse que não percebeu para onde o homem foi após sair do estabelecimento, mas se surpreendeu ao vê-lo, pouco depois, no corredor do PS Central, saindo de um dos consultórios. A partir daí, decidiu checar a situação.

De acordo com o relato, Felipe pediu a um paciente que verificasse se havia um copo dentro da sala. Com a confirmação, ele entrou no consultório, gravou um vídeo e examinou o conteúdo do copo. “Mas o copo escapou da minha mão. Não caiu, mas deu uma escapada e tombou. Nisso, caiu vodka”, relatou. O líquido teria respingado em outro paciente, o que intensificou a desconfiança de quem aguardava por atendimento devido ao forte cheiro de álcool no local.

Felipe afirmou ainda que o médico tentou se desfazer da bebida ao perceber a movimentação. “Ele voltou, entrou na sala, fechou a porta e jogou tudo na pia”, completou. A Polícia Militar foi acionada para atender à ocorrência, registrada na Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade.

Outro caso envolvendo médicos

Três médicos foram indiciados pela morte de Marcos Túlio, de 5 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itapuã, bairro mais populoso de Salvador. A criança faleceu em 28 de março deste ano e a novidade no caso foi divulgada nesta quarta-feira (17), com exclusividade, à TV Aratu.

Segundo o advogado da família de Marcos Túlio, André Costa, as duas pediatras que atenderam o menino foram indiciadas por homicídio culposo, "por inobservância de regra profissional". Uma delas, a segunda a atender a criança, também foi indiciada por falsidade ideológica, "por entender que uma informação contida no prontuário não representava a realidade dos fatos". Por fim, o diretor médico da UPA também foi indiciado por falsidade ideológica.

A criança deu entrada na UPA em 27 de março, com vômito e febre, mas foi liberada no mesmo dia. No dia seguinte (28), retornou à unidade de saúde com o quadro de saúde agravado e não resistiu.

Em entrevista exclusiva ao programa Aratu Agora, da TV Aratu, nesta quarta-feira (17), a mãe de Marcos Túlio, Priscila, relembrou a dor da perda e reforçou o pedido por justiça. "Meu menino faria 6 anos agora, sábado passado [13 de setembro], e tudo o que ele mais queria era a festa do Batman, que não aconteceu", lamentou.

O advogado André Costa informou que o inquérito foi remetido à Justiça e que o Ministério Público (MP-BA) foi notificado para se manifestar.

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.