Governo britânico manda filhos de brasileiros deixarem o país

Governo britânico envia recado para filhos de brasileiros e estabele critérios para permanência no país

Por Da Redação.

Após o divórcio dos pais, que vivem no Reino Unido há seis anos e possuem autorização legal para morar e trabalhar no país, dois filhos de brasileiros correm risco de ser deportados.

Filhos de brasileiros nasceram nos Estados Unidos e não sabem falar português. Foto: Acervo pessoal

O irmão mais velho, Guilherme Serrano, de 11 anos, recebeu, no dia 4 de junho, um informe do Ministério do Interior britânico com a declaração de que ele não poderia mais permanecer no país. O mesmo documento recomenda que o caçula, Luca Serrano, de 8 anos, também deixe o país, ainda que as autoridades ainda estejam avaliando sua situação.  

O documento alerta que, caso a criança de 11 anos permaneça ilegalmente no país, poderá ser detida e processada, impedida de trabalhar, de alugar imóvel e poderá ter a carteira de motorista cassada. O caso veio a público por meio do jornal inglês The Guardian.

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Filhos de brasileiros conseguiriam direito à residência em 2026

O pai das crianças é o professor sênior de ciência da computação na Universidade de Exeter, Hugo Barbosa. A mãe, Ana Luiza Cabral Gouveia, atua como enfermeira. A família se mudou para o Reino Unido em 2019, quando os pais ainda eram casados. Ana Gouveia e os filhos vieram assegurados pelo visto de trabalho de Hugo Barbosa, que venceu em 2024. 

Ana conseguiu seu próprio visto de trabalho em 2022, mas o direito à residência permanente no Reino Unido só pode ser adquirido após 5 anos de trabalho. Em 2024, o pai completou o período de serviço necessário e fez o pedido para si e para os filhos. 

Visto para Inglaterra. Foto: Reprodução / Mundo dos Vistos

Contudo, o pedido para as crianças não foi aceito, já que a mãe ainda não tinha tempo suficiente de trabalho no país. Pela lei britânica, filhos de imigrantes só têm direito à residência automática se os dois pais tiverem direito à residência fixa.

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Hugo Barbosa argumentou, junto a um especialista em imigração, que as crianças vivem a maior parte da vida no Reino Unido e não falam português. Desse modo, a mudança para o Brasil prejudicaria seu desenvolvimento educacional, social e mental. Estas seriam “razões sérias ou convincentes” para justificar o pedido de residência nas crianças, mas não foram aceitas pelo Ministério do Interior do Reino Unido.

O pai ressaltou, ao jornal O GLOBO, que os filhos nunca moraram no Brasil e nasceram nos Estados Unidos, país em que o casal morava até 2019.

Se continuarem no Reino Unido, os irmãos Guilherme e Luca vão completar sete anos no país em janeiro de 2026. A partir dessa data, passarão a ter direito à residência permanente, sem depender dos vistos dos pais, conforme a lei britânica.

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