SMS intensifica ações para evitar intoxicação por metanol em Salvador

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) intensificou a fiscalização em bares, restaurantes e pontos de venda de bebidas alcoólicas na capital baiana, com o intuito de prevenir casos de intoxicação por metanol em Salvador. 

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A ação tem como objetivo fiscalizar o uso de metanol, uma substância tóxica presente em bebidas adulteradas. Embora não haja registros na capital baiana até o momento, a medida atende às orientações do Ministério da Saúde, após ocorrências confirmadas em outras cidades do país.

Diante dos riscos, a SMS orienta a população a evitar o consumo de bebidas sem rótulo, selo fiscal ou informações claras de procedência. A secretaria também recomenda que pessoas que apresentem sintomas após a ingestão de bebida alcoólica procurem atendimento médico imediato e, se possível, levem a embalagem do produto para análise. 

Casos de intoxicação por metanol na Bahia

Nesta quinta-feira (2), a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que, até o momento, não foram registrados casos de intoxicação por metanol no estado. 

Como precaução, a Sesab orientou as unidades de saúde da rede privada e os serviços de urgência e emergência da rede pública a manterem atenção a sintomas clínicos compatíveis com a intoxicação por metanol, e a notificar imediatamente qualquer caso suspeito.

Na Bahia, o histórico de intoxicações aponta dois surtos graves foram registrados nos anos 1990, deixando vítimas fatais e centenas de pessoas hospitalizadas.

Em resposta ao Aratu On, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou, nesta terça-feira (30), que, segundo dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), ocorreram dois episódios de grande impacto:

1990 – Santo Amaro: 60 pessoas intoxicadas, com 16 óbitos confirmados.

1999 – Nova Canaã e outros municípios: 300 pessoas intoxicadas, com 36 óbitos.

O que é metanol?

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico da família dos álcoois. Líquido, incolor e inflamável, tem cheiro e sabor semelhantes ao do etanol, álcool presente nas bebidas alcoólicas, o que o torna quase indetectável quando misturado a elas.

Diferente do etanol, o metanol é usado principalmente como insumo na indústria química, na fabricação de solventes, adesivos, pisos e revestimentos. Apesar de sua importância industrial, é altamente tóxico para o consumo humano e pode ser letal mesmo em pequenas quantidades.

Tem como saber se a bebida está contaminada?

Antes, as ocorrências estavam, majoritariamente, associadas a pessoas em extrema vulnerabilidade ou população em situação de rua, ambos a partir de ingestão de álcool em postos de gasolina adulterados com a substância.

No entanto, a partir do início do mês de setembro, em um curto intervalo de tempo, os pacientes intoxicados apresentaram histórico de ingestão recente de bebidas alcoólicas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico de padrões inéditos, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka, entre outros.

No entanto, até o momento, não existe nenhum teste caseiro confiável que possa ser feito antes do consumo de bebidas alcoólicas. A única forma de identificar o envenenamento é a partir dos sintomas, que costumam surgir entre seis e 12 horas após a ingestão da substância.

Entre os sintomas estão: desconforto abdominal, visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura e rebaixamento do nível de consciência.

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