Rui Costa diz que governo não vai incentivar prescrição de medicamentos contra a Covid-19; "ciência não comprovou"

O governador Rui Costa (PT) criticou a indicação de medicamentos contra a Covid-19, que vêm sendo distribuídos por autoridades políticas. O gestor apontou que remédios como hidroxicloroquina e a ivermectina, que têm tido a indicação de uso incentivada por gestores e lideranças políticas como forma de prevenção e combate à doença, não tem eficácia comprovada. O posicionamento de Rui foi divulgado nesta terça-feira (14/7), pela Secretaria de Comunicação Social do governo.

Segundo o governador, o uso dos medicamentos está sendo "politizado". "Esse é mais um erro que o Brasil cometeu e está cometendo ao politizar e transformar em algo ideológico o uso de medicamentos. É um escândalo. Medicamento deve ser definido pela ciência, pela medicina. Algo que infelizmente está na boca dos políticos quando deveria estar apenas nas mãos dos médicos. Quem não estudou sobre esses assuntos, não é cientista, não deveria estar dando palpite", afirmou o petista.

Rui Costa também ressaltou que o governo do Estado não irá adotar, oficialmente, nenhum protocolo de indicação, distribuição ou incentivo na prescrição de medicamentos contra o novo coronavírus, por falta de evidências científicas. Ele reforçou, ainda, que a indicação de remédios não é atribuição de governadores e prefeitos, por exemplo.

"Como a ciência não comprovou ainda que exista um medicamento 100% eficaz, os médicos estão fazendo suas opções. O que cabe ao governador ou prefeito é deixar disponível para os médicos os remédios que eles entendem que devem ser aplicados. Não acredito que isso deve ser estabelecido através de portaria ou protocolo municipal", explicou o gestor.

Na semana passada, a prefeitura do município baiano de Itagi, a 415 km de Salvador, informou que iria distribuir um "Kit-Covid" para moradores da cidade. Por meio de rede social, o órgão municipal anunciou que o material seria entregue em domicílio, e que a distribuição serviria para reforçar o "combate à disseminação acelerada do novo coronavírus".

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