Risco de sofrer infarto aumenta às segundas-feiras, aponta estudo

O risco de sofrer um infarto do miocárdio é 13% maior nas segundas-feiras, segundo pesquisa

Por Bruna Castelo Branco.

O risco de sofrer um infarto do miocárdio é 13% maior nas segundas-feiras, segundo pesquisa conduzida pelo Belfast Health and Social Care Trust e pelo Royal College of Surgeons, na Irlanda. Os dados analisaram 10.528 pacientes internados entre 2013 e 2018 na Irlanda e na Irlanda do Norte, todos diagnosticados com o tipo mais grave de ataque cardíaco: o infarto com elevação do segmento ST (STEMI), que ocorre quando uma artéria coronária é completamente bloqueada.

De acordo com os pesquisadores, houve um pico de ocorrências desse tipo de infarto no primeiro dia útil da semana. Entre as hipóteses para explicar a concentração dos casos às segundas-feiras está o aumento do estresse provocado pela retomada das atividades profissionais após o fim de semana.

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Os dados analisaram 10.528 pacientes internados entre 2013 e 2018 na Irlanda e na Irlanda do Norte. | Foto: Ilustrativa/Pexels

"O mecanismo exato para essas variações é desconhecido, mas presumimos que tenha algo a ver com a forma como o ritmo circadiano afeta os hormônios circulantes que podem influenciar ataques cardíacos e derrames", afirmou, em comunicado, o cardiologista Jack Laffan, que liderou o estudo:

"É provável que seja devido ao estresse de voltar ao trabalho. O aumento do estresse leva ao aumento dos níveis do hormônio do estresse cortisol, que está associado a um maior risco de ataque cardíaco".

A alteração do ritmo circadiano — ciclo de sono e vigília — também já foi apontada por estudos anteriores como possível fator de risco.

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No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de morte entre as doenças cardiovasculares. | Foto: Ilustrativa/Pexels

No Brasil, o infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de morte entre as doenças cardiovasculares. Estima-se que entre 300 mil e 400 mil casos ocorram anualmente. Entre 2019 e 2022, o número de internações por infarto registradas pelo SUS cresceu mais de 25%, passando de 81,5 mil (em 2016) para mais de 100 mil (em 2022).

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia, as internações por infarto aumentaram 158% entre os homens e 157% entre as mulheres entre os anos de 2008 e 2022.

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia, as internações por infarto aumentaram 158%. | Foto: Ilustrativa/Pexels

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