Você é 'legal'? Estudo mostra o que torna alguém 'gente boa'

Uma pesquisa internacional aponta que as qualidades que definem uma pessoa como “legal”

Por Bruna Castelo Branco.

Uma pesquisa internacional liderada pelo professor Caleb Warren, da Eller College of Management da Universidade do Arizona, aponta que as qualidades que definem uma pessoa como “legal” ou “descolada” são amplamente compartilhadas em todo o mundo — independentemente da cultura.

O estudo entrevistou mais de 5 mil pessoas em 12 países, incluindo Austrália, Chile, China, Alemanha, Índia, Nigéria, Coreia do Sul e Estados Unidos. A expectativa dos pesquisadores era de que houvesse variações significativas entre os países. No entanto, segundo Warren, os resultados mostraram uma surpreendente consistência global.

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O estudo entrevistou mais de 5 mil pessoas em 12 países, incluindo Austrália, Chile, China, Alemanha, Índia, Nigéria, Coreia do Sul e Estados Unidos. | Foto: Ilustrativa/Pexels

As seis características mais associadas à ideia de ser “legal” foram:

  • Extroversão

  • Hedonismo (valorização do prazer)

  • Poder

  • Espírito aventureiro

  • Abertura a novas experiências

  • Autonomia

“Esperávamos ver algumas diferenças culturais. Houve algumas pequenas variações, mas, no geral, pessoas em todo o mundo associaram a descolada às mesmas características”, afirmou Warren.

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os traços associados à bondade são mais ligados à estabilidade emocional e empatia. | Foto: Ilustrativa/Pexels

“Legal” não significa “bom”

O estudo também destacou que ser considerado “legal” não é o mesmo que ser uma “boa pessoa”. Embora haja alguma sobreposição entre os dois perfis, os traços associados à bondade são mais ligados à estabilidade emocional e empatia, como:

  • Conformismo

  • Tradição

  • Segurança

  • Acolhimento

  • Universalismo

  • Consciência

  • Calma

Apenas um traço, capacidade, apareceu associado tanto a pessoas legais quanto a pessoas boas. “Sua avó pode ser uma pessoa muito boa, mas isso não a torna necessariamente legal. Essa distinção importa porque ajuda a explicar por que admiramos pessoas diferentes por motivos diferentes”, explicou o pesquisador.

O estudo também destacou que ser considerado legal não é o mesmo que ser uma boa pessoa. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Aplicações práticas

Segundo Warren, a pesquisa tem aplicações diretas no marketing, branding e nas relações públicas. Marcas que tentam parecer “cool” costumam se associar a pessoas ou comportamentos com os traços listados — especialmente autenticidade e autonomia — em vez de forçar uma imagem descolada.

“Se as pessoas acham que você está tentando ser descolado, você perde credibilidade. Isso porque ser descolado tem a ver com autonomia, originalidade e despreocupação em se encaixar”, destacou o professor.

O estudo também contribui para reflexões mais amplas sobre como o carisma influencia a política e de que forma comportamentos considerados “legais” podem moldar normas sociais e culturais contemporâneas.

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