Planserv e hospitais credenciados vivem desafios para atendimento oncológico
Planserv tem histórico de atendimento a diversas necessidades médicas por meio de uma rede credenciada
Por Da Redação.
O Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais (Planserv), que atende funcionários públicos da Bahia, enfrenta situação financeira que tem impactado o atendimento oncológico em importantes hospitais da rede credenciada na capital baiana.
O Planserv tem histórico de atendimento a diversas necessidades médicas por meio de uma rede credenciada, que inclui hospitais como o Português e o Santa Izabel. Contudo, nos últimos meses, médicos relatam dificuldade para garantir a assistência para pacientes que recebem o diagnóstico de câncer.
Em condição de anonimato, uma médica oncologista que trabalha em uma das principais unidades de saúde de Salvador conversou com o Aratu On sobre o caso. Ela conta que o Planserv teria deixado de repassar os valores mensais devidos aos hospitais conveniados, gerando valores que ainda precisam ser pagos. Diante do cenário, algumas unidades de referência em oncologia, a exemplo da AMO e do Santa Izabel, deixaram de atender pacientes do plano.
"Médicos relataram que o plano também tem deixado de autorizar certos tratamentos oncológicos que estão previstos no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), impedindo o início ou a continuidade de terapias essenciais. Em muitos casos, pacientes com câncer em estágio avançado, como o de pâncreas, estão recorrendo a consultas particulares e seguem sem acesso à quimioterapia", conta a médica.
Ela explica que o Planserv abriu estruturas como clínica e hospital próprio, no entanto, as iniciativas não estariam operando da forma ideal, diante da demanda. O resultado é a demora no atendimento e a falta de exames para os paciente oncológicos.
Com a situação, a médica conta que instituições foram obrigadas a suspender novas consultas oncológicas em Salvador. "Hoje, não conseguimos atender novos pacientes. Temos colegas com câncer sem conseguir iniciar tratamento, médicos sem saber como proceder e pacientes desesperados por não conseguirem marcar exames", acrescentou a oncologista.
Em nota, a assessoria de imprensa do Planserv informou que a responsabilidade seria das unidades de saúde, que já estariam com ocupação máxima para o plano de saúde. Leia o posicionamento na íntegra:
"A respeito da denúncia, o Planserv informa que as instituições de saúde trabalham com sua capacidade instalada, assim como para qualquer plano de saúde. O Planserv disponibiliza outras opções de atendimento para tratamento oncológico, a exemplo da Fundação Bahiana de Cardiologia, Hoppe Clin, Oncovida e Vita Diagnoeco. Mais informações podem ser obtidas na Central de Relacionamento: 0800 056 6066".
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