Médico aponta importância do diagnóstico precoce da doença de Parkinson

Diagnóstico precoce da doença de Parkinson melhora qualidade de vida, aponta especialista

Por Lucas Pereira.

O mês de abril é reconhecido mundialmente como o período de conscientização sobre a doença de Parkinson. Nesse contexto, médicos reforçam a necessidade de ampliar o debate, divulgar informações sobre os tratamentos disponíveis, a relevância da prática de exercícios físicos e da alimentação adequada, além de destacar a importância da identificação precoce dos sinais da doença.

Especialista explica como o diagnóstico precoce do Parkinson impacta a evolução da doença. Foto: Ilustrativa/Freepik

Segundo o neurologista Dr. Gabriel Xavier, especialista em distúrbios de movimento e na doença de Parkinson, detectar a condição nos estágios iniciais é essencial para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes. “Quanto antes for determinado o diagnóstico, mais rapidamente as estratégias terapêuticas poderão ser instituídas. Apesar de o tratamento atual não reduzir a perda de neurônios, já foi comprovado que os pacientes que são tratados precocemente evoluem melhor e conseguem manter a funcionalidade por mais tempo”, explica.

O médico destaca que, além do tratamento medicamentoso e das intervenções clínicas, o acolhimento emocional, o apoio familiar e o suporte social são fundamentais no enfrentamento do Parkinson. “É essencial desmistificar o Parkinson. Com acompanhamento especializado e um plano de tratamento eficaz, é possível ter uma vida normal e com qualidade. Não há mais espaço para se pensar que, ao receber o diagnóstico, a pessoa está condenada a limitações severas. Pelo contrário, devemos estimular a funcionalidade e a socialização do paciente, respeitando eventuais limitações que possam surgir”, acrescenta.

O tratamento da doença de Parkinson é, segundo o Dr. Gabriel, multiprofissional e envolve diversas áreas da saúde. A atuação conjunta de educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas é considerada essencial. 
“Todos esses profissionais são peças-chave no tratamento. Cada um complementa o trabalho do outro. Enquanto a cura não chega, nos apoiamos no que a ciência já comprovou. Essa abordagem integrada promove não apenas o controle dos sintomas, mas também a manutenção da autonomia, da autoestima e da qualidade de vida do paciente ao longo da jornada com a doença”, ressalta.

Dados sobre a doença de Parkinson

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Parkinson afeta mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a segunda condição neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Alzheimer. No Brasil, estima-se que entre 200 mil e 250 mil pessoas convivam com a doença, predominantemente em indivíduos acima dos 60 anos, conforme dados do Ministério da Saúde.    

Foto: Arquivo/Agência Brasil

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