Lotes de Paracetamol são retirados do mercado após problema na fabricação

O recolhimento voluntário dos lotes de paracetamol foi iniciado após o fabricante detectar falha na concentração de codeína

Por Lucas Pereira.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de paracetamol combinados com fosfato de codeína, fabricados pela Geolab Indústria Farmacêutica S/A, na terça-feira (9). A ação foi iniciada de forma voluntária pela própria empresa, que identificou irregularidades na formulação do medicamento durante controles internos.

O recolhimento voluntário dos lotes de paracetamol foi iniciado após o fabricante detectar falha na concentração de codeína. Foto: Pexels

Segundo a Geolab, os lotes apresentaram variação na quantidade de codeína, registrando índices entre 1,9% e 2,66%, acima do padrão previsto nas boas práticas de fabricação. A falha, considerada crítica, motivou o recolhimento imediato para garantir a segurança dos consumidores e evitar a circulação de produtos fora das especificações.

A determinação envolve diferentes apresentações, incluindo embalagens comerciais e hospitalares, todas com fabricação a partir de 28 de janeiro de 2025.

Lotes que serão recolhidos:

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 7,5 mg — Ct Bl Al Plas Trans x 12

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 7,5 mg — Ct Bl Al Plas Trans x 24

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 7,5 mg — Cx Bl Al Plas Trans x 96 (embalagem hospitalar)

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 7,5 mg — Cx Bl Al Plas Trans x 480 (embalagem hospitalar)

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 30 mg — Ct Bl Al Plas Trans x 36

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 30 mg — Ct Bl Al Plas Trans x 24

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 30 mg — Cx Bl Al Plas Trans x 96 (embalagem hospitalar)

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 30 mg — Cx Bl Al Plas Trans x 480 (embalagem hospitalar)

Paracetamol + Fosfato de Codeína 500 mg + 30 mg — Ct Bl Al Plas Trans x 12

A Anvisa reforça que consumidores, farmácias e unidades de saúde devem verificar a numeração dos lotes e interromper o uso caso identifiquem produtos incluídos na lista.

Em setembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota de esclarecimento após diversas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que associou o uso de Tylenol (paracetamol) durante a gravidez ao desenvolvimento de autismo em crianças. A fala aconteceu durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ao Aratu On, a ginecologista e especialista em reprodução assistida, Graziele Reis, também negou a relação: "Com base nas evidências mais recentes, não há comprovação científica de que o paracetamol aumente o risco de autismo quando usado de forma adequada".

A publicação reuniu dados de nove revisões sistemáticas, que somam 40 estudos observacionais sobre o tema. Segundo os autores, a qualidade das evidências é baixa, e os resultados de pesquisas anteriores devem ser interpretados com cautela.

Lotes de Paracetamol são retirados do mercado após problema na fabricação. Foto: Reprodução/Geolab

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