Calor, poluição e químicos cotidianos podem prejudicar fertilidade; entenda

Especialistas afirmam que regiões com altos níveis de poluição e maior efeito de ilhas de calor urbanas tendem a registrar esses impactos

Por Bruna Castelo Branco.

Fatores ambientais como calor extremo, poluição do ar e contato com substâncias químicas do dia a dia estão se tornando “vilões silenciosos” da fertilidade humana, segundo estudos recentes. Pesquisas apontam que esses elementos podem afetar tanto homens quanto mulheres, desde alterações na qualidade do sêmen até irregularidades nos ciclos menstruais.

De acordo com os estudos, a poluição do ar — especialmente partículas finas (PM2.5), dióxido de nitrogênio (NO₂) e ozônio — pode provocar mudanças no sêmen, como redução da concentração e da motilidade dos espermatozoides, além de fragmentação do DNA.

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Pesquisas apontam que esses elementos podem afetar tanto homens quanto mulheres. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Ondas de calor, cada vez mais frequentes, aumentam a temperatura escrotal, comprometendo a produção de espermatozoides por semanas. Substâncias conhecidas como disruptores endócrinos, presentes em plásticos, embalagens e cosméticos, estão associadas a ciclos menstruais irregulares, alterações hormonais, menor reserva ovariana e até menopausa precoce.

Especialistas afirmam que regiões com altos níveis de poluição e maior efeito de ilhas de calor urbanas tendem a registrar esses impactos de forma mais precoce e intensa. “Globalmente, há um declínio consistente na contagem de espermatozoides nas últimas décadas”, destacam.

Políticas públicas e prevenção

Segundo os especialistas, medidas coletivas podem ajudar a reduzir os efeitos ambientais sobre a fertilidade. Entre elas estão o controle da poluição, investimentos em transporte sustentável, criação de áreas verdes e fiscalização do uso de substâncias químicas nocivas. Para os profissionais, é papel dos governos propor políticas ambientais baseadas em evidências, integrando saúde reprodutiva, ambiental e pública.

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Ondas de calor, cada vez mais frequentes, aumentam a temperatura escrotal. | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

“A fertilidade é considerada um indicador da saúde ambiental. As mesmas iniciativas que melhoram a qualidade do ar e reduzem riscos cardiovasculares também favorecem a concepção e aumentam as chances de sucesso em tratamentos de reprodução assistida”, afirmam os especialistas.

Cuidados individuais

Médicos recomendam algumas práticas para reduzir os riscos à fertilidade:

  • Evitar exercícios intensos ao ar livre em dias de má qualidade do ar.

  • Reduzir a exposição a altas temperaturas, como saunas ou calor direto na região genital.

  • Optar por recipientes de vidro ou inox em vez de plástico para alimentos quentes.

  • Dar preferência a cosméticos sem ftalatos ou parabenos.

  • Procurar avaliação médica se a gravidez não ocorrer após 6 a 12 meses de tentativas.

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