Bahia descarta dois casos de intoxicação por metanol e não há casos suspeitos

Reunião de monitoramento da Sesab confirmou que a Bahia descarta dois casos de intoxicação por metanol e não há casos suspeitos

Por João Tramm.

Bahia descarta dois casos de intoxicação por metanol e não há casos suspeitos. A informação foi divulgado pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) após investigação laboratorial. As ocorrências — registradas em Feira de Santana e Salvador — foram oficialmente encerradas após a conclusão das análises conduzidas pelos órgãos competentes.

Já o Brasil tem 14 casos confirmados e 181 suspeitos, segundo dados divulgados neste sábado (4) pelo Ministério da Saúde que realiza atualização diária dos casos no país.

Bahia descarta dois casos de intoxicação por metanol e não há casos suspeitos; Foto: Foto: Reprodução / Redes Sociais

Na última sexta-feira (3), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), fez um apelo para que a população “confie no sistema público de saúde” e não gere “alarde”.

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) também intensificou a fiscalização em bares, restaurantes e pontos de venda de bebidas alcoólicas na capital baiana, com o intuito de prevenir casos de intoxicação por metanol em Salvador. 

Bahia descarta dois casos de intoxicação por metanol e não há casos suspeitos

Segundo a Sesab, os laudos técnicos e exames laboratoriais demonstraram ausência de metanol nas amostras das bebidas ingeridas pelos pacientes, afastando de forma definitiva a possibilidade de contaminação ou adulteração.

A confirmação foi anunciada durante uma reunião de monitoramento do caso, na qual a secretaria destacou que todo o protocolo de vigilância ativa e o fluxo de investigação interinstitucional — que envolve equipes de saúde, laboratórios e órgãos fiscalizadores — foram rigorosamente seguidos.

A Sesab reforçou ainda que o estado mantém um sistema contínuo de monitoramento e ações integradas de prevenção, com foco em garantir a segurança da população e evitar novos episódios relacionados à substância.

O estado ainda recebeu doses de antídoto contra a intoxicação por metanol, neste sábado (4). De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foram recebidas 90 ampolas de etanol farmacêutico para serem ministrados em casos suspeitos.

O que é metanol?

O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico da família dos álcoois. Líquido, incolor e inflamável, tem cheiro e sabor semelhantes ao do etanol, álcool presente nas bebidas alcoólicas, o que o torna quase indetectável quando misturado a elas.

Diferente do etanol, o metanol é usado principalmente como insumo na indústria química, na fabricação de solventes, adesivos, pisos e revestimentos. Apesar de sua importância industrial, é altamente tóxico para o consumo humano e pode ser letal mesmo em pequenas quantidades.

Antes, as ocorrências estavam, majoritariamente, associadas a pessoas em extrema vulnerabilidade ou população em situação de rua, ambos a partir de ingestão de álcool em postos de gasolina adulterados com a substância.

No entanto, a partir do início do mês de setembro, em um curto intervalo de tempo, os pacientes intoxicados apresentaram histórico de ingestão recente de bebidas alcoólicas destiladas em cenas sociais de consumo alcoólico de padrões inéditos, incluindo bares, e com diferentes tipos de bebida, como gin, whisky e vodka, entre outros.

Até o momento, não existe nenhum teste caseiro confiável que possa ser feito antes do consumo de bebidas alcoólicas. A única forma de identificar o envenenamento é a partir dos sintomas, que costumam surgir entre seis e 12 horas após a ingestão da substância.

Entre os sintomas estão: desconforto abdominal, visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura e rebaixamento do nível de consciência.

Intoxicação por metanol: Brasil tem 14 casos confirmados e 181 suspeitos; Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

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