Festa da Boa Morte: tradição, cultura e fé tomam conta de Cachoeira

A Festa da Boa Morte manifesta o culto a Nossa Senhora e conta com celebrações que homenageiam as irmãs falecidas

Por Da Redação.

Começaram, nesta quarta-feira (13), em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, as celebrações que homenageiam as irmãs falecidas, simbolizando a tradicional Festa da Boa Morte.

+ Irmandade da Boa Morte faz festa em Cachoeira: Evento reúne cultura e religião

Festa da Boa Morte. Foto: Divulgação | IPAC

+ Começa festa da Boa Morte: tradição pelas ruas de Cachoeira até sábado

A manifestação de fé contou, no seu primeiro dia, com a participação das mulheres vestidas de branco, que saem em uma procissão emocionante até a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.

Nesta quinta-feira (14), a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte é levada em uma procissão noturna iluminada por velas, com cânticos que tocam o coração e fazem referência à dormição de Nossa Senhora.

Na sexta-feira (15), é a vez de celebrar Nossa Senhora da Glória, com uma procissão matinal cheia de flores, música das filarmônicas locais e uma missa especial na Igreja Matriz.

A festa se estende até o domingo (17) com muito samba de roda e uma ceia farta que reúne a comunidade em cinco dias de celebrações e homenagens.

Festa da Boa Morte. Foto: Divulgação | IPAC

+ Festa da Boa Morte: rituais que homenageiam ascensão da mulher negra chegam ao ápice hoje em Cachoeira

Festa da Boa Morte

O culto a Nossa Senhora foi difundido por todo o mundo ocidental, desde o século IX, através da expansão católica. De forte tradição portuguesa, as festividades dedicadas à santa remontam às realizadas em louvor à Nossa Senhora D'Agosto.

Nos trópicos sofreu influência do catolicismo afro-brasileiro. Em Salvador, a devoção à Nossa Senhora da Boa Morte é registrada desde o séc. XIX, com a criação de uma Irmandade exclusivamente feminina, na Igreja da Barroquinha.

Uma devoção de mulheres negras. A oralidade tende a afirmar que a transferência dessa Irmandade para a cidade de Cachoeira se deu por volta de 1820.

Lá, se instalou numa casa de nº 41, chamada de Casa Estrela, local ainda hoje reverenciado pelas irmãs durante o trajeto da procissão.  As irmãs revelam que a devoção surgiu vinculada a um pedido pelo fim da escravidão feito pelas africanas à Nossa Senhora da Boa Morte.

LEIA MAIS: Milagres de Santa Dulce: os casos que levaram à canonização do 'Anjo Bom da Bahia'

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.