Vereador propõe lei contra 'cristofobia' após 'caso Claudia Leitte'

Proposta de Cezar Leite (PL) busca instituir medidas de respeito às manifestações cristãs

07/02/2025 14h10Atualizado em: 07/02/2025 14h44

O vereador Cezar Leite (PL) protocolou, nesta terça-feira (4), um projeto de lei na Câmara Municipal de Salvador com o objetivo de combater o que ele classifica como "cristofobia" na cidade. A iniciativa surge em meio à polêmica envolvendo a Claudia Leitte e as religiões de matriz africana.

A controvérsia começou quando a artista baiana alterou a letra da música "Caranguejo", substituindo a referência ao orixá Iemanjá pelo termo Yeshuá, nome hebraico utilizado por religiões evangélicas para se referir a Jesus Cristo.

Claudia Leitte vive polêmica que culminou em rompimento com Ivete Sangalo | Foto: Instagram/@claudialeitte

Ao justificar a proposta, o vereador defendeu a necessidade de respeito às manifestações cristãs. "Salvador é uma cidade conhecida por sua diversidade cultural e religiosa. Não podemos aceitar ataques ou preconceitos contra nenhuma tradição. A fé cristã também precisa de proteção e respeito", afirmou.

O projeto de lei foi apresentado uma semana após a audiência promovida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) para apurar a acusação de racismo religioso contra Claudia Leitte. A reunião contou com a presença da yalorixá Jaciara Ribeiro, autora da ação.

A polêmica culminou num rompimento entre Claudia e Ivete Sangalo, que não se seguem mais nas redes sociais. Ela ainda compartilhou um post com críticas a Ivete, Daniela Mercury e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O vereador, que participou do encontro, afirmou ter sido silenciado pelos demais presentes ao tentar se manifestar. Ele também relatou que uma "colega irmã" foi vaiada ao defender o cristianismo.

O projeto prevê a adoção de medidas para proteger e promover o respeito às manifestações cristãs, incluindo campanhas educativas e ações de conscientização sobre a importância da liberdade religiosa. Além disso, propõe a criação de canais de denúncia para casos de discriminação contra cristãos e a aplicação de penalidades administrativas para atos comprovados de "cristofobia".

Agora, a proposta seguirá para tramitação nas comissões da Câmara antes de ser submetida à votação em plenário.