STF manda PF ouvir advogados ligados a Bolsonaro por obstrução de investigação

Ordem do STF foi dada em inquérito para investigar a atuação do advogado Luiz Eduardo Kuntz

Por Da Redação.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (25) que a Polícia Federal (PF) ouça Fábio Wajngarten e Paulo Costa Bueno para investigar a suspeita de que eles tentaram obstruir investigações penais ao buscar acesso às informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid.

Wajngarten foi secretário de Comunicação Social da Presidência e atuou na defesa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, e Costa Bueno é um dos atuais advogados de Bolsonaro.

Foto: Carlos Moura | Divulgação

A ordem foi dada em inquérito aberto no STF para investigar a atuação do ex-assessor da Presidência da República Marcelo Câmara e do advogado Luiz Eduardo Kuntz na tentativa de acessar informações da delação de Cid. Réu por envolvimento na tentativa de golpe de Estado, Câmara foi preso na semana passada. 

Em seguida, a defesa de Cid incluiu no processo declarações que implicam Wajngarten e Bueno no mesmo crime. Segundo a defesa de Cid, os dois teriam pressionado a mãe, a esposa e a filha do ex-ajudante de ordens em busca de detalhes sobre o conteúdo de sua delação.

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Alexandre de Moraes. Foto: Isaac Nóbrega | PR

Também teriam tentado influenciar os familiares para que ele destituísse sua defesa já constituída. Para o ministro Alexandre, as condutas narradas indicam a suposta prática do crime de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

Os advogados de Cid entregaram voluntariamente à Polícia Federal o celular da filha adolescente do colaborador, por meio do qual, segundo eles, teriam ocorrido as abordagens dos advogados em mensagens de WhatsApp. Agora, a PF tem cinco dias para ouvir os suspeitos e dez para anexar ao inquérito o laudo de extração e análise dos dados do aparelho.

*Com informações da Ascom/STF

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