Pior capital do Nordeste? Deputado critica posição de Salvador em ranking
Robinson Almeida diz que capital baiana virou símbolo da desigualdade e cobra investimentos em políticas públicas estruturantes
Por Da Redação.
A posição de Salvador no ranking do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2025 gerou críticas do deputado estadual Robinson Almeida (PT). A capital baiana ficou na 7ª colocação entre os municípios do estado, com nota 0,6442, atrás de cidades como Luís Eduardo Magalhães, Irecê, Brumado, Barreiras, Mata de São João e Mucuri.
Para o parlamentar, o desempenho reflete uma gestão “excludente e ineficaz”, comandada pelo ex-prefeito ACM Neto e pelo atual prefeito, Bruno Reis, ambos do União Brasil.
“Mais um vexame da dupla ACM Neto e Bruno Reis: Salvador estagnou o seu desenvolvimento nas gestões do União Brasil, fruto de um modelo excludente, que não combate às desigualdades nem fortalece o desenvolvimento social e econômico da cidade”, afirmou Robinson Almeida.
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O IFDM, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), avalia os municípios brasileiros com base em três áreas: saúde, educação e emprego & renda. A nota de Salvador (0,6442) ficou abaixo da cidade líder do estado, Luís Eduardo Magalhães, que atingiu 0,6865.
Além do desempenho no ranking, o deputado destacou outros indicadores que colocam a capital em situação crítica. Segundo ele, Salvador lidera a taxa de desemprego entre as capitais do Nordeste, é a segunda menos arborizada do país e aparece na liderança nacional de moradores em ruas sem calçadas. O parlamentar também apontou baixa cobertura da atenção básica em saúde e aumento da população em situação de rua.
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“Essa política do asfalto e da maquiagem esconde a dura realidade da maioria dos soteropolitanos. É preciso governar para o povo, não para a propaganda e para os amigos”, disse.
Robinson citou ainda o índice de desnutrição infantil como um dos mais preocupantes. Segundo ele, em 2021, 4,03% das crianças de até cinco anos estavam desnutridas em Salvador, o pior resultado entre as capitais brasileiras. Ele também criticou a falta de creches e de escolas em tempo integral nos bairros populares, o que, segundo ele, aprofunda a desigualdade.
“Salvador deveria ser locomotiva, mas virou símbolo de desigualdade. Essa gestão do União Brasil serve aos poucos e exclui muitos”, declarou o parlamentar.
Por fim, Robinson Almeida avaliou que Salvador deixou de ser exemplo de desenvolvimento e passou a representar a “falência de um projeto político”.
“O resultado está aí: uma capital que acumula títulos vergonhosos e deixa seu povo à margem, sem oportunidades, sem ônibus, educação e saúde nos bairros, sem qualidade de vida”, concluiu.
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