Lula discute reação à derrota sobre IOF com equipe, diz Jaques Wagner
Em entrevista, Jaques Wagner ainda minimizou impacto e criticou condução da votação
Por Da Redação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se reunir com sua equipe nesta quinta-feira (26) para discutir os próximos passos do governo diante da revogação do decreto que alterava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Segundo o senador, ainda não há definição se o Executivo federal pretende judicializar a decisão do Congresso, que derrubou a medida. Wagner, no entanto, procurou minimizar o impacto da derrota. “Conversei com o presidente pouco antes da votação, no Palácio do Planalto. Ele está sereno, é uma liderança experiente. Vitórias e derrotas fazem parte do processo político. Não há motivo para tensão”, afirmou o parlamentar após a sessão.
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Wagner ainda observou que a maioria da população desconhece o IOF. “A proposta buscava justiça tributária. A verdade é que 90% dos brasileiros nem sabem o que é esse imposto. Quem conhece são os que investem em aplicações financeiras, os grandes investidores”, pontuou.
Apesar do revés, Wagner acredita que a decisão do Congresso não compromete a tramitação de outras propostas do Executivo, como o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. “Não vejo grande dificuldade para o avanço dessa pauta”, declarou.
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Ausência baiana
Chamou atenção a ausência dos deputados federais baianos Otto Alencar Filho e Diego Coronel, ambos do PSD, na votação. Ambos são filhos dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel, que integram a base governista no Senado. A abstenção dos parlamentares levantou questionamentos nos bastidores sobre a coesão da bancada aliada na Câmara.
Enquanto isso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou que a Casa pode apreciar ainda nesta quarta-feira (25) o mesmo projeto, caso o texto aprovado pela Câmara seja entregue a tempo. Se aprovado também no Senado, o projeto dispensa sanção presidencial e entra em vigor automaticamente, tornando sem efeito os decretos editados por Lula.
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