Lula sai em defesa de Haddad sobre IOF: 'Não dá para ceder toda hora'
Durante participação no podcast Mano a Mano, Lula sai em defesa de Haddad ante as críticas do Congresso no caso IOF
Por Da Redação.
Durante entrevista ao podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o aumento do IOF e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alvo de críticas de setores do Congresso e do mercado financeiro.
Segundo Lula, o reajuste é necessário para corrigir distorções e buscar justiça tributária. “O IOF do Haddad não tem nada demais”, afirmou, ao explicar que a intenção é taxar mais empresas como fintechs e plataformas de apostas.
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Aumento do IOF
O governo busca elevar a arrecadação sem cortar gastos, e a mudança no IOF — anunciada em maio e depois parcialmente revertida — faz parte desse esforço. Haddad propôs, além do IOF, medidas como o fim da isenção de IR para LCA e LCI, e aumento de tributos sobre bets, fintechs e os Juros sobre Capital Próprio (JCP). Apesar disso, a proposta enfrenta resistência: a Câmara dos Deputados aprovou com ampla maioria a tramitação acelerada de um projeto que revoga as mudanças no IOF.
Lula, no entanto, mantém a defesa das medidas: “Estamos pegando os setores que ganham muito dinheiro e que pagam muito pouco. As bets pagam 12%, nós queremos que paguem 18%. Eles ganham bilhões, bilhões, bilhões e bilhões. Não querem pagar. As fintechs hoje são quase que uns bancos. Não querem pagar. Então essas brigas nós temos que fazer. Não dá para ceder toda hora”.
O presidente também falou sobre a necessidade de justiça fiscal. “A gente quer fazer justiça tributária, que as pessoas que ganhem mais paguem mais, e quem ganha menos pague menos”, afirmou.
Lula voltou a criticar o legado do governo anterior, comparando a situação do país ao cenário de guerra. “De vez em quando eu olho para a destruição na Faixa de Gaza e fico imaginando o Brasil que nós encontramos. Não tínhamos mais ministério do Trabalho, de Igualdade Racial, de Direitos Humanos, de Cultura. Foi uma destruição proposital”, declarou.
Ele também reconheceu as dificuldades políticas: seu grupo é minoritário no Congresso, o que dificulta a aprovação de medidas econômicas e sociais.
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