Juscelino Filho pede para deixar ministério após denúncia da PGR
Segundo a denúncia, Juscelino Filho, supostamente, teria um envolvimento em desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal pelo Maranhão, em 2022
Por Lucas Pereira.
O deputado federal Juscelino Filho (União) pediu para deixar o cargo de ministro das Comunicações após ser alvo de uma denúncia movida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta terça-feira (8). para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a denúncia, o político, supostamente, teria um envolvimento em desvio de emendas parlamentares quando era deputado federal pelo Maranhão, em 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá se o ministro será formalmente processado.
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Segundo informações do Metropoles, a demissão começou a ser negociada durante um almoço entre lideranças do União Brasil e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), também nesta terça. O próprio Juscelino participou do encontro.
A reunião entre as lideranças do partido e Gleisi deve decidir qual será o nome, vinculado ao União Brasil, indicado para ocupar a vaga no Ministério. Até a publicação desta matéria, o então ministro Juscelino Filho não havia se manifestado ou anunciado a saída da pasta.
A denúncia contra Juscelino Filho
De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), que embasou a denúncia, Juscelino teria recebido propina de recursos desviados pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Ele é investigado por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Antes de assumir o ministério, em janeiro de 2023, Juscelino teria destinado emendas parlamentares para obras no município de Vitorino Freire (MA), governado por sua irmã, Luana Rezende. A defesa de Juscelino divulgou uma nota à imprensa, afirmando:
"A defesa de Juscelino Filho esclarece que até o momento não foi notificada sobre a denúncia do Ministério Público. Tal andamento sequer consta na consulta processual. Aliás, em se confirmando, temos um engano perigoso de estarmos voltando à época punitivista do Brasil, quando o MP conversava primeiro com a imprensa antes de falar nos autos".
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