Governo autoriza Codeba iniciar estudos para exploração do São Francisco
Com expectativa de movimentar 5 milhões de toneladas por ano, Governo autoriza Codeba a iniciar estudos para exploração do São Francisco
Por João Tramm.
O governo federal autorizou a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) a realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a exploração da Hidrovia do São Francisco. A decisão consta da Portaria nº 498/2025, publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (26).
A medida abre caminho para que a hidrovia, com 1.371 quilômetros navegáveis, possa ser operada pela iniciativa privada no futuro. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, os estudos servirão de base tanto para a operação direta da Codeba quanto para eventual concessão da infraestrutura, mas não obrigam o governo a realizar licitação nem garantem ressarcimento dos custos.
Transporte de carga
A hidrovia é considerada estratégica para a logística do Nordeste e deve permitir o transporte de até 5 milhões de toneladas de cargas já no primeiro ano de operação. O projeto será implementado em três fases: na primeira, cargas de Juazeiro, Sobradinho e Ibotirama (BA) seguirão por rodovia até o Porto de Aratu-Candeias; na segunda, haverá integração ferroviária até os portos de Aratu-Candeias e Ilhéus; e a terceira fase prevê expansão até Pirapora (MG).
A iniciativa também reforça a conexão direta com os portos baianos e busca tornar o transporte mais sustentável, competitivo e eficiente. A Codeba participou do lançamento oficial da hidrovia em Petrolina (PE) no último dia 13, evento que marcou o início de um novo ciclo para a infraestrutura logística do país.
O presidente da Codeba, Antonio Gobbo, afirmou que os estudos técnicos parceria com a Infra S.A, e serão fundamentais para definir os próximos passos da operação da HN500.
Segundo informações do Ministério dos Transportes, no percurso, o Velho Chico passa pelo Distrito Federal, por Goiás, pela Bahia, por Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Ao todo, são 505 municípios e mais de 11,4 milhões de pessoas que, de alguma forma
Estrutura portuária
Em entrevista ao programa Linha de Frente, da TV Aratu, o presidente da Codeba ressaltou a importância de uma estrutura portuária forte.
"A gente tem a missão de prover infraestrutura e desenvolvimento. Nós temos que ter uma estrutura portuária compatível com os países que o Brasil negocia por rota marítima. Então, nós precisamos ter essa estrutura compatível, para que não percamos competitividade de mercado".
Em um dos trechos, Gobbo falou sobre o que um país ganha com uma boa estrutura portuária e citou o exemplo a relação Bahia/China. "Se ganha muito, é uma economia muito grande em dias de deslocamento. E isso se traduz em competitividade, no escoamento de produtos na Bahia", contou.
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