EUA passam a negar vistos a obesos e a pais de pessoas com deficiência
Os Estados Unidos emitiram uma diretriz que amplia os critérios usados para negar vistos, incluindo casos de obesidade grave e até pais de pessoas com deficiência
Por Bruna Castelo Branco.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma nova diretriz que amplia os critérios de saúde usados para negar vistos de imigrantes, incluindo casos de obesidade grave e até pais de pessoas com deficiência.
Segundo integrantes do governo Donald Trump, citado recentemente em e-mails sobre os casos de abusos sexuais cometidos pelo financista Jeffrey Epstein, a orientação vale apenas para solicitantes de residência permanente e tem o objetivo de barrar a entrada de pessoas que possam representar um “fardo” financeiro para os contribuintes.
A diretriz, encaminhada a embaixadas e consulados, foi confirmada ao KFF Health News pelo porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Tommy Pigott, que afirmou que o governo está priorizando políticas para proteger o sistema migratório de custos ao erário público.

As autoridades ressaltam que as novas regras não se aplicam a vistos B-2, como os de turismo ou tratamento médico, destinados a viajantes capazes de arcar com suas despesas. O governo destaca ainda que, há mais de um século, a legislação americana permite negar vistos a solicitantes com risco de se tornarem “carga pública”.
O comunicado obtido pelo KFF aponta que diversas condições médicas — entre elas doenças cardíacas, respiratórias, câncer, diabetes e problemas metabólicos ou neurológicos — podem gerar custos de centenas de milhares de dólares, o que justificaria a triagem mais rigorosa.
A medida se soma a outras mudanças recentes, como a exigência de tornar perfis de redes sociais públicos para obtenção de vistos de estudante e intercâmbio, o aumento da taxa de emissão de US$ 185 para US$ 250 e a manutenção da entrevista presencial obrigatória.

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