Políticos baianos reagem ao pedido de condenação de Bolsonaro; veja
Veja repercussão na política baiana do pedido de condenação de Bolsonaro e saiba os próximos passos no processo
Por João Tramm.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) entregou ao Supremo Tribunal Federal suas alegações finais na Ação Penal 2.668, que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro. Entre os oito réus, está o ex-presidente Jair Bolsonaro, para quem a PGR pediu condenação por cinco crimes graves. Apesar disso, na política baiana, há quem conteste o trabalho realizado por Paulo Gonet (PGR).
Como já era esperado, a mais forte reação vem da base bolsonarista que, em entrevista ao Aratu On, alega falta de provas para que a condenação seja pedida. Dentre eles, o deputado federal Capitão Alden (PL) vê exagero e motivação política. “As supostas provas se baseiam em discursos, entrevistas e conjecturas sobre intenções”, afirma.
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“Querem condenar Bolsonaro sem armas, sem mortos, sem militares. Só com civis, batons, estilingues e bolas de gude. Isso nunca aconteceu no mundo”, ironiza. Para ele, o caso revela um “contorcionismo jurídico para encaixar provas em uma narrativa conspiratória já pré-definida. Tudo isso é para tirar da disputa o único nome capaz de derrotar Lula e o sistema”
Também bolsonarista, o deputado estadual Diego Castro (PL), criticou o avanço do processo. “Enquanto perseguem Bolsonaro com processos políticos, reafirmo meu apoio ao maior líder conservador do Brasil”, declarou.
“Soberano é o povo! O que está em jogo não é só Bolsonaro, é a liberdade, a fé e a vontade de milhões de brasileiros.”
“Réu confesso pede anistia”
No outro espectro da política, o líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Marcelino Galo, entendeu que a justiça está sendo feita.
“O processo seguiu todo o rito legal e democrático, garantindo o direito à defesa. Agora é preciso rigor no cumprimento da lei. Quem atentou contra o Estado de Direito e contra um governo eleito precisa ser condenado. Esse foi um crime contra o Brasil, contra a democracia e a liberdade do povo. É hora de justiça!", declarou ao Aratu On.
O deputado federal Jorge Solla (PT), também defendeu o devido processo legal, mas destacou que o pedido de anistia funciona como autoincriminação.
“Bolsonaro, seus filhos e aliados já são réus confessos quando pedem anistia por crimes que dizem não ter cometido. Querem perdão por algo que negam? Houve tentativa de golpe, destruição da Praça dos Três Poderes, ameaça à vida de Lula, Alckmin e Moraes. E agora, eles cometem traição à pátria ao apoiar um tarifaço estrangeiro contra o Brasil. Queremos justiça. E ela virá.”, finalizou.
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