Caiado reafirma sua candidatura mesmo se não tiver apoio do União Brasil

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que o seu partido demonstrou confiança de que sua candidatura será mantida como prioridade dentro da legenda. Apesar disso, Caiado reafirma sua candidatura mesmo se não tiver apoio do União Brasil.

A fala foi feita em entrevista ao Painel, da Folha de S.Paulo, após reunião com ACM Neto e o presidente da legenda, Antonio Rueda. "Estamos caminhando bem", disse Caiado após o encontro com os dois.

Caiado reafirma sua candidatura mesmo se não tiver apoio do União Brasil

O governador de Goiás lançou sua pré-candidatura em Salvador e com apoio do líder da oposição na Bahia, ACM Neto. Mesmo assim, Caiado não nega a possibilidade de buscar outra sigla se o União Brasil não autorizar sua candidatura à Presidência da República no próximo ano.

"Eu tenho um projeto de ser candidato a presidente. As pessoas sabem disso. Claro que se isso me for negado, eu procurarei outras alternativas", declarou durante jantar promovido pela Conib (Confederação Israelita Brasileira), no sábado (8), em São Paulo.

O União Brasil estabeleceu que Caiado precisa atingir pelo menos 10% de intenções de voto nas pesquisas até o início de 2026. Caso não alcance esse patamar, o partido deve optar por apoiar outro nome, com preferência por uma aliança em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Se for necessário migrar para outra legenda, as alternativas mais prováveis para Caiado são o Solidariedade e o Podemos, partidos que já demonstraram interesse em recebê-lo.

Caiado defende pulverização da direita

Questionado pelo Aratu On sobre a fala de Michel Temer no mesmo congresso, em Salvador, Caiado rejeitou a ideia de unificação da direita. O ex-presidente tinha indicado ter predileção pelo nome do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, enquanto Caiado defende a pulverização de nomes em 2026.

“Primeiro, essa é a intenção do PT. Nós não vamos fazer o jogo do PT, né? Nós vamos fazer o nosso jogo. Ou seja, nós teremos vários pré-candidatos. Pelo menos dificulta o PT utilizar toda a máquina para destruir um candidato só. O PT não tem escrúpulo. Eles não possuem nenhuma prática, no mínimo republicana, não tem menor constrangimento para usar a máquina para destruir um candidato”, opinou.

Segundo ele, nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e o próprio Caiado estarão no páreo.

Caiado critica baianos no governo Lula

Caiado acusou o presidente de governar sob influência de marqueteiros, em especial de Sidônio Palmeira. Ministro de Estado da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o baiano assumiu o cargo em janeiro deste ano.

“É a desordem do ponto de vista de organização de eficiência da marca do estado, que ao invés do presidente Lula ouvir os seus ministros de estado, ele escuta uma marketeiro aqui da Bahia. Esse é o grande pensador do governo Lula. É um, como é que chama? Sidônio.”

O governador prosseguiu ironizando a centralidade do marqueteiro nas decisões políticas. “É um governo que é comandado por maqueteiro. Você quer o que de um governo desse?”

Caiado tem segurança pública como bandeira

Ronaldo Caiado (União), rebateu as críticas feitas pelo governo federal à megaoperação no Rio de Janeiro e indicou semelhanças entre as políticas de segurança pública da Bahia e do Rio.

Em entrevista à GloboNews, Caiado afirmou que “a maior barbárie” do país está na Bahia. “Eles vêm com essa frase de ‘menos sangue e mais inteligência’. Quer dizer que o sangue do cidadão baiano é menos importante do que o sangue de quem morreu na operação do Rio?”, afirmou.

Para o governador de Goiás, na prática, a Bahia não aplica políticas de menor letalidade da polícia. “Por que eles não tomam iniciativa e mostram ao Brasil o que conseguiram fazer lá?”, questionou Caiado, ao criticar o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador Jerônimo Rodrigues (PT), e o presidente Lula (PT).