Ataques aéreos de Israel matam 45 pessoas em Gaza
Ataques aéreos de Israel matam 45 pessoas em Gaza
Por Da Redação.
Ataques aéreos de Israel mataram ao menos 45 pessoas na Faixa de Gaza no sábado (7), segundo autoridades de saúde palestinas. As ofensivas ocorreram enquanto o Exército israelense anunciou a recuperação do corpo de um refém tailandês sequestrado pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023.
De acordo com fontes médicas locais, 15 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas em bombardeios no distrito de Sabra, na cidade de Gaza. Várias residências foram atingidas após a explosão de múltiplos mísseis na área. Testemunhas afirmaram que o alvo parecia ser um prédio residencial de vários andares.
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O Exército israelense ainda não comentou os ataques, mas emitiu um alerta para que os moradores deixem o distrito vizinho de Jabalia, informando que militantes haviam lançado foguetes a partir da região e que novas ofensivas ocorreriam.
Corpo de refém tailandês é encontrado em Rafah
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o corpo de Nattapong Pinta, trabalhador agrícola tailandês, foi recuperado em Rafah, no sul de Gaza. Segundo Katz, ele foi mantido pelas Brigadas Mujahedeen, grupo palestino armado, desde o ataque ao kibutz Nir Oz, onde foi sequestrado. A comunidade israelense, próxima à fronteira de Gaza, perdeu cerca de 25% de sua população entre mortos e reféns naquele ataque.
Militares israelenses informaram que Pinta foi capturado com vida e posteriormente morto pelos sequestradores. Os corpos de dois outros reféns, com cidadania israelense e americana, também foram recuperados nesta semana.
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As Brigadas Mujahedeen não se pronunciaram imediatamente. Anteriormente, o grupo havia negado ter matado prisioneiros. As autoridades israelenses acreditam que o grupo ainda mantém o corpo de outro cidadão estrangeiro. Apenas 20 dos 55 reféns que permanecem sob controle de grupos armados seriam considerados vivos.
Crise humanitária se agrava em Gaza
Segundo autoridades palestinas, os hospitais da Faixa de Gaza operam com combustível suficiente para apenas mais três dias. Alega-se que agências internacionais de ajuda não conseguem acesso aos depósitos devido a restrições impostas por Israel. Nem o Exército israelense nem a agência Cogat - responsável por coordenar questões civis e humanitárias - comentaram as alegações.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que a maioria dos 2,3 milhões de habitantes do enclave corre risco de fome, após um bloqueio de 11 semanas. A taxa de crianças com desnutrição aguda quase triplicou, de acordo com o órgão.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), organização apoiada por Estados Unidos e Israel, informou que suspendeu as operações na sexta-feira devido à superlotação e à insegurança. No sábado, disse ter recebido "ameaças diretas" do Hamas, o que impediu qualquer distribuição de ajuda.
O Hamas negou envolvimento. "Não temos conhecimento dessas supostas ameaças", disse uma autoridade do grupo à Reuters.
A guerra em Gaza se intensificou desde o colapso do cessar-fogo de dois meses, encerrado em março após o fracasso de negociações mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar para estender o acordo.
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