Polícia Federal indicia Jair e Carlos Bolsonaro por Abin paralela

Carlos e Jair Bolsonaro são acusados de montar esquema de investigação clandestina no caso da Abin Paralela

Por Da Redação.

A Polícia Federal concluiu o inquérito que investigou a utilização indevida da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais de monitoramento. O relatório, que já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), revela a existência de uma rede paralela dentro do órgão, operando à margem da legalidade.

Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — então diretor da Abin durante — e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Segundo as investigações, Ramagem seria o principal articulador do esquema.

+ Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF por suposta utilização da Abin para espionagem ilegal

Ramagem - Foto:  Valter Campanato/Agência Brasil

A PF afirma que Jair Bolsonaro tinha conhecimento da existência e funcionamento dessa estrutura informal, teria se beneficiado diretamente das ações ilegais e optou por não interrompê-las. Já Carlos Bolsonaro é acusado de liderar o chamado “gabinete do ódio”, apontado como responsável por utilizar dados obtidos pela rede clandestina para promover ataques virtuais contra opositores nas redes sociais.

A apuração também atinge membros da atual gestão da Abin, incluindo o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa. Eles são suspeitos de tentar dificultar o avanço das investigações. Em uma das operações de busca e apreensão, servidores da agência teriam escondido equipamentos — como computadores — posteriormente encontrados e apreendidos pela PF.

Ao todo, mais de 30 pessoas foram indiciadas por envolvimento na chamada “Abin Paralela”, estrutura montada com o objetivo de vigiar ilegalmente autoridades, inclusive ministros do Supremo.

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 PF indicia mais 30 autoridades, dentre elas Jair e Carlos Bolsonaro; Valter Campanato/Agência Brasil

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