Deputado bolsonarista admite possibilidade de Bolsonaro ser preso

Em entrevista ao Aratu On, Leandro de Jesus afirmou que STF faz "perseguição política" ao ex-presidente

Por João Tramm.

O deputado estadual bolsonarista, Leandro de Jesus (PL), reconheceu que existe a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser preso no âmbito da Ação Penal 2688, que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Apesar disso, em entrevista ao Aratu On, Leandro de Jesus classificou o interrogatório realizado no Supremo Tribunal Federal (STF) “perseguição política”.

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“É possível que, diante do cenário que estamos, a tirania coloque Bolsonaro na cadeia. Mas será que é justo? Será que tem motivo? Ou se trata apenas de uma questão de perseguição política?”, questionou em declaração ao Aratu On.

Apesar de admitir o risco jurídico enfrentado por Bolsonaro, Leandro afirmou que sua postura será sempre em defesa da liberdade de expressão, mesmo diante de falas controversas ou impopulares.

“Ditadura é ditadura, tirania é tirania. Ainda que as falas sejam injustas, absurdas, eu serei sempre defensor da liberdade. Do contrário, daremos espaço para a censura”, declarou.

Malucos

Durante seu depoimento no STF, Bolsonaro buscou se desvincular dos apoiadores que pregavam medidas contrárias à ordem democrática. Na fala, o ex-presidente chamou de "malucos" seus apoiadores que defenderam golpe e enquadrou como "golpe" os atos do 8 de janeiro. Ao Aratu On, Leandro negou que tenha se sentido atingido pela fala e argumentou que o ex-presidente se referia especificamente àqueles que defenderam medidas inconstitucionais.

“Essa fala não foi com intuito de atingir todas as pessoas que se manifestaram. Foi muito mais restrita aos que defenderam AI-5 ou golpe. A maluquice, na verdade, é a arbitrariedade no Supremo e no governo que está aí”, criticou.

Leandro de Jesus também criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, por não ter permitido que Bolsonaro exibisse vídeos durante o interrogatório da ação penal. Segundo o parlamentar, os vídeos comprovariam que o ex-presidente tentou conter atos golpistas, como ao pedir a desmobilização de caminhoneiros insatisfeitos com o resultado eleitoral.

O ministro Alexandre de Moraes justificou que o interrogatório é um momento reservado à autodefesa e que a exibição de materiais deve ocorrer em fases processuais apropriadas, como nos debates de provas, não durante os depoimentos.

Fonte:  Valter Campanato/Agência Brasil

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