O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já depõe, nesta terça-feira (4/5), na CPI da Covid no Senado Federal. O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), foi o primeiro a fazer perguntas.
Entre as respostas dadas até o momento, o ex-ministro chegou a dizer que viu uma minuta de documento da Presidência da República para que a cloroquina tivesse na bula a indicação para Covid-19 e que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parecia ouvir "outras fontes" que não o Ministério da Saúde.
Segundo Mandetta, o próprio diretor-geral da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discordou dessa medida. De acordo com ex-chefe do Ministério da Saúde, o ministro "Jorge Ramos" minimizou a questão, dizendo que era apenas uma sugestão. Na época, o Planalto não tinha um ministro com esse nome, mas um chamado Jorge Oliveira, na Secretaria-Geral, e outro Luiz Eduardo Ramos, na Secretaria de Governo. "Mas é uma sugestão de alguém. Alguém se deu ao trabalho de colocar aquilo em formato de decreto", disse.
Ele também criticou o vereador Carlos Bolsonaro, fllho do presidente, presente em algumas reuniões. "Vi várias reuniões de ministros em que o filho do presidente, que é verador, sentava atrás tomando notas da reunião".
Mandetta foi enfático quando perguntado se, enquanto estava no cargo, alguma empresa ou entidade apresentou perspectivas de vacinas. O médico disse que não, mas que se houvesse vacinas à época iria atrás delas como um prato de comida.
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Fonte: Da redação