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Paraíso Perdido: novo laudo que pode livrar Maqueila e Shirley de homicídio aparece e delegado é obrigado a retomar caso

Segundo o delegado, a devolução do inquérito ocorreu após o aparecimento de um novo laudo cadavérico realizado no corpo da vítima, que apontou para causa da morte como inconclusiva.

Por Da Redação

Paraíso Perdido: novo laudo que pode livrar Maqueila e Shirley de homicídio aparece e delegado é obrigado a retomar caso arquivo/Aratu On

O caso da morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, na cidade de Jaguaribe, a 106 km de Salvador, ganhou outro episódio após a soltura de Maqueila Bastos, na última sexta-feira (22/4). O inquérito enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) foi devolvido à Polícia Civil para “prestar diligências”, conforme confirmou o delegado responsável pelo caso Rafael Magalhães, em entrevista ao programa Cidade Aratu.


Segundo o delegado, a devolução do inquérito ocorreu após o aparecimento de um novo laudo cadavérico realizado no corpo da vítima, que apontou para causa da morte como inconclusiva. Na prática, a causa da morte pode ter sido o suicídio. Como o inquérito encaminhado pelo delegado apontava como homicídio, o MP-BA pediu que, no prazo de 30 dias, o documento fosse atualizado e reavaliado.


“No laudo cadavérico, o médico legista, que fez o laudo que é inconclusivo, diz que foi suicídio. Só que ele é médico legista, ele não é delegado de polícia que se debruçou durante dois meses nesse inquérito e ouviu mais de 20 pessoas e trabalhou em cima dos laudos. O laudo de pólvora robusta dá negativo [para pólvora] na mão dele [Leandro] e na mão dela [nome não detalhado], mas eu tenho um depoimento que diz que ela lavou as mãos, tomou banho e depois foi feito o exame”, disse o delegado.


Durante a entrevista, o titular da Delegacia Territorial de Jaguaripe apresentou o primeiro laudo realizado pelo legista Marcelo Seabra, utilizado como base para a confecção do inquérito. Nele, é apontada a causa da morte do empresário como homicídio, causada por disparo de arma de fogo. O registro ainda aponta que, pela posição de entrada e saída da bala, a configuração do ato é “distinto do habitualmente visto em caso de suicídio”. 



O delegado ainda apresenta suas conclusões baseadas nas investigações feitas. “Eu concluí o inquérito. Indiciei a Shirley por homicídio e a Maqueila como partícipe do homicídio de Leandro”, afirmou.


Shirley Silva Figueiredo era esposa de Leandro e a principal suspeita pela morte do empresário. A polícia acredita que ela tinha um caso com Maqueila Bastos, algo que desagradava o dono da pousada. Shirley segue foragida, mas, segundo seu advogado, está esperando o final do inquérito para poder apresentá-la às autoridades judiciárias.


LEIA MAIS: Empresário morto não aceitava relação entre esposa e estelionatária "famosa na Bahia"; "existia animosidade"


Maqueila foi presa no dia 24 de março, em Aracaju (Sergipe) por estar com um carro alugado - o qual não devolveu - que tinha GPS. No dia 5 de abril, ela foi transferida para Salvador.


RELEMBRE O CASO


Leandro Troesch foi encontrado morto no último dia 27 de fevereiro, dentro da pousada. Ele já havia sido condenado por um sequestro praticado em 2001 contra uma pesquisadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), junto com a esposa, Shirley da Silva Figueiredo.


Shirley estava em prisão domiciliar, mas, após descumprir, se tornou procurada pela morte de Leandro.


Maqueila Bastos entra na história como um relacionamento extraconjugal de Shirley. Velha conhecida pela polícia por diversos crimes de estelionato (sendo tema de uma matéria especial do Aratu On que abordou os diversos golpes aplicados por ela), Maqueila conheceu a esposa de Leandro após ficarem presas no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.


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